sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

As dez mais nacionais de 30 de janeiro

Publicado por Meiser Leister
AGUA BOA NEWS



Boa tarde,
Este é, um roteiro do que há de mais relevante nos principais jornais do país hoje.

Boa leitura.


As dez mais de 30 de janeiro

1. Os fóruns (Econômico e Social) podem mudar o mundo?
Enquanto a cúpula econômica discute o futuro do mundo em Davos e lideranças sociais buscam um caminho alternativo em Belém, nem sempre é feita a pergunta sobre o poder de contribuição dessas reuniões. Fernando Gabeira escreveu um interessante (e um tanto cético) artigo sobre o tema na Folha (para assinantes) desta sexta-feira. Para ele, é muito dfícil que de Davos ou Belém saia alguma grande diretriz para um mundo novo. “Se houver outro mundo, ou, mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses?”, pergunta Gabeira, concordando com o caráter religioso por trás da visão revolucionária e “sua certeza em determinar o sentido do homem”. “Nesse momento de crise, em vez de outro mundo, peço um mundo melhor”, diz o articulista. Se Davos ou Belém conseguir avançar nesse sentido, realmente já será uma conquista.


Economia
2. Ata do Banco Central sinaliza nova queda dos juros
Depois de cortar a taxa básica de juros em 1 ponto porcentual, o Banco Central deve fazer uma nova redução na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, em 10 de março. A avaliação é do Estadão, com base no conteúdo da ata do último encontro. Para o jornal, o BC reconheceu, “pela primeira vez desde o início da crise financeira, que a demanda deixou de ser um problema para a inflação e começou exercer um efeito ‘contracionista’ sobre a atividade econômica”. Economistas projetam que a taxa caia para até 11% nas próximas três reuniões (hoje, é de 12,75%).


3. BNDES pode fazer socorro direto a montadoras
A indústria automobilística deve receber nova ajuda do governo para se levantar da crise. Uma reportagem do jornal O Globo (íntegra para assinantes) diz que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, se reúne hoje com representantes do setor para fechar um pacote de estímulo. Se o socorro público vier, será o segundo desde o início da turbulência financeira: em novembro, o governo injetou, via Banco do Brasil, R$ 4 bilhões nos bancos das montadoras. As empresas pedem ao BNDES que financie integralmente a fabricação de ônibus e caminhões – hoje, há 80% de financiamento.


4. Governo quer comprar e revender casa popular
Está na manchete da Folha (para assinantes): por meio de licitação, o governo federal pretende adquirir, diretamente das construtoras, moradias para famílias de baixa renda e refinanciá-las pela Caixa Econômica Federal. O plano, que faz parte de um pacote de habitação a ser fechado na semana que vem, tem como meta financiar a construção de 1 milhão de moradias populares até o fim de 2010. Com isso, o governo pretende aquecer um setor importante da economia em tempos de crise e, é claro, colher capital político. “Na faixa da população de baixa renda, Lula colhe alto índice de popularidade”, lembra a Folha.


Política
5. Educação e saúde perdem verbas para o Bolsa Família
A decisão do governo de “turbinar” o Bolsa Família, ao elevar de R$ 120 para R$ 137 a renda per capita máxima para inclusão no programa, não poupou nem ministérios sensíveis da área social. Segundo o Estadão, a pasta da Educação vai perder R$ 866 milhões do orçamento previsto para 2009; no caso da Saúde, a tesoura foi mais fundo: R$ 2 bilhões a menos. É possível que o governo recomponha essas previsões orçamentárias ao cancelar, por decreto, boa parte das emendas parlamentares incluídas no Orçamento, mas fica claro que concorrer com o Bolsa Família não é fácil.


Caso Battisti
6. Em protesto, Berlusconi cancela visita ao Brasil
Também no Estadão está a informação de que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou sua visita ao Brasil, prevista para o fim de fevereiro, como um sinal de protesto por conta da decisão brasileira de dar asilo político ao ex-terrorista italiano Cesare Battisti. Segundo fontes da diplomacia italiana, não há clima para Berlusconi vir ao país diante do desgaste das relações bilaterais. E a Folha (para assinantes) diz que pelo menos dez testemunhas foram ouvidas pelas autoridades italianas ao longo do julgamento de Battisti, a quem teria sido dado amplo direito de defesa. São informações que se chocam com os argumentos do ministro Tarso Genro para dar refúgio ao italiano.


Meio ambiente
7. Amazônia perde 17% de sua área por desmatamento, diz ONU
A ação de desmatadores devastou 17% da área da Floresta Amazônia entre 2000 e 2005, segundo um relatório a ser divulgado em breve pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Nesse período, foram destruídos 857 mil km² de mata nativa, quase o tamanho da Venezuela. Segundo o Le Monde, que antecipou o conteúdo do relatório, a maior parcela da área desmatada se encontra no Brasil. A reportagem cobra dos países desenvolvidos um maior envolvimento com a questão amazônica e aponta como possível solução o Fundo Amazônia, pelo qual nações ricas podem injetar dinheiro para financiar programas de preservação florestal.


Mundo
8. Fidel critica Obama por Guantánamo e apoio a Israel
Depois de um longo silêncio quebrado recentemente, Fidel Castro parece ter voltado à velha forma – ou seja, criticando os Estados Unidos. Em mais uma de suas “reflexões”, divulgada ontem à noite no site Cuba Debate, ele afirma que não vai aceitar nenhuma condição eventualmente imposta pelo presidente americano Barack Obama para devolver a base de Guantánamo, como mudar o sistema político cubano. “Manter uma base militar em Cuba contra a vontade do nosso povo viola os mais elementares princípios do direito internacional. É uma faculdade do presidente dos Estados Unidos acatar essa norma sem condição alguma”. Sobre o apoio americano a Israel, Fidel acusa Obama de “compartilhar com o genocídio contra os palestinos”. O curioso é que, uma semana antes, o ex-líder cubano havia elogiado a “sinceridade” de Obama. Não é fácil agradar a El Comandante...


9. Encurralado, governador do Illinois sofre impeachment
“Eu não fiz absolutamente nada de errado”, afirmou ontem o agora ex-governador de Illinois (EUA) Rod Blagojevich, em seu julgamento no Senado estadual. Diante de tantas evidências de que ele tentou negociar a vaga no Senado deixada pelo hoje presidente Barack Obama, essa declaração foi vista até como uma afronta pelos senadores que o julgaram, segundo o Chicago Tribune. Por unanimidade (59 a 0), eles declararam o impeachment de Blagojevich, que decidiu não renunciar mesmo após agonizantes semanas no cargo. Sua saída de cena deixou feliz não só o agora governador, Patrick Quinn, mas certamente também Obama, de quem Blagojevich era um antigo aliado. Livrar-se de alguém enrolado em tantas suspeitas de corrupção é um alívio para o presidente.


10. Caráter protecionista do pacotão de Obama pode ser reforçado
O Senado americano começou ontem a discutir possíveis alterações no projeto de estímulo econômico do presidente Barack Obama, já aprovado na Câmara. O montante do pacotão deve ser elevado de US$ 819 bilhões para US$ 887 bilhões, mas os senadores querem ter garantias de que os empregos a serem criados pelas medidas sejam destinados apenas a trabalhadores americanos, e não a empresas estrangeiras ou imigrantes ilegais, relata o The Wall Street Journal. “Essa proposta aumenta a preocupação de que outros países possam fazer retaliações contra produtos americanos com novas sanções comerciais”, diz o jornal. O viés protecionista já havia dado as caras no texto aprovado pelos deputados, em que consta a exigência de uso de ferro e aço produzidos nos EUA para os projetos de construção civil.

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