sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Resumo de Notícias Agrícolas - 30/01/2009

Esta página é um oferecimento de:
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Agromelo em sua sede própria

Edição: Meider Leister
AGUA BOA NEWS
Fonte: Jornais de Notícias Agrícolas


Agricultores vão plantar 200 milhões de árvores
30/01 - 14:18

Plantar 200 milhões de árvores em todo o Pará nos próximos quatro anos é o desafio de trabalhadores da agricultura familiar, homens e mulheres, filiados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). Nesta quinta-feira, 29, a Federação lançou a campanha, com plantio simbólico de mudas de diversas espécies da região, como mogno, ipê, cedro, jatobá, freijó, entre outros, em uma cerimônia que contou com a participação do secretário estadual de Meio Ambiente, Valmir Ortega.

O secretário disse que o compromisso dos trabalhadores, assumido ainda no Grito da Terra, é bem-vindo e deve servir como exemplo a ser seguido por toda a sociedade. A ação da Fetagri é a participação dos agricultores na campanha lançada pelo governo do Estado que prevê o plantio de um milhão de árvores em todo o território paraense em quatro anos, e pretende recuperar um milhão de hectares de terras com plantio de floresta.

O secretário criticou atividades como o plantio de soja e cana-de-açúcar e a pecuária, que "provocam desmatamento, empobrecendo o solo e assoreando nossos igarapés". Segundo Ortega, meio milhão de hectares de florestas foram derrubados no ano passado só no Pará, para permitir essas atividades. Em toda a Amazônia foram derrubados um milhão de hectares, informou o secretário. "Nossa proposta com o programa é gerar desenvolvimento sustentável, atividade econômica com reflorestamento, com manejo florestal comunitário", defendeu o titular do meio ambiente.

O presidente da Fetagri, Carlos Augusto Santos Silva, disse que a ideia da Federação colaborar com a campanha do governo estadual é viável já que a Fetagri reúne 900 mil trabalhadores, distribuídos em 142 sindicatos rurais. "Nós, da Fetagri, sabemos que essa é uma tarefa difícil, mas para a Fetagri não tem tarefa difícil para defender a Amazônia". A mobilização dos filiados para o plantio das árvores é uma forma da Federação mostrar que "os devastadores da floresta não são os homens e mulheres trabalhadoras rurais e extrativistas". Ele acrescentou que os trabalhadores tem clareza que não basta apenas debater a questão ambiental, mas que é fundamental realizar ações concretas como estas para contribuir para salvar o planeta.

A cerimônia de lançamento da campanha foi realizada na tenda da Fetagri, instalada na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), com a presença de representantes da Secretaria de Agricultura (Sagri), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). No espaço da Ufra foram disponibilizadas sementes para a obtenção de 100 mil mudas.

Governo do Estado do Pará - Belém
Autor: Marta Brasil



Fórum Econômico Mundial recomenda investimento em etanol
30/01
Pelo menos US$ 515 bilhões devem ser investidos anualmente em infra-estrutura para geração de energia limpa até 2030. Caso contrário, as emissões de carbono atingirão níveis insustentáveis e a temperatura global subirá dois graus. O alerta consta em relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Fórum Econômico Mundial, que reúne 2.500 lideranças empresariais e políticas de diversos países na cidade suíça de Davos.
O etanol de cana-de-açúcar – produzido pelo Brasil – aparece entre os oito itens identificados pelo documento como potenciais para investimentos. Outros segmentos que podem contribuir para a mudança da matriz energética do planeta são as energias solar, eólica e geotermal, o lixo sólido reciclado e os biocombustíveis de celulose e de biomassa.
O relatório, chamado Investimento Verde: Rumo a uma Infra-Estrutura de Energia Limpa, também traça um mapa dos investimentos no setor nos últimos anos. O diagnóstico é positivo. O total aplicado em fontes alternativas de energia passou de US$ 30 bilhões em 2004 para mais de US$ 140 bilhões em 2008.
Outra constatação interessante é que os países em desenvolvimento passaram a atrair mais investimentos. Em 2004, haviam sido aplicados US$ 1,8 bilhão em programas de energia limpa nesses países, o equivalente a 13% do total investido no planeta. Em 2007, essa fatia subiu para 23%, com US$ 26 bilhões.
“O desafio de curto prazo para os formuladores de políticas públicas é manter, nesses tempos difíceis, o extraordinário momento da indústria de energia limpa. Para isso, devem usar todas as ferramentas à sua disposição”, ressalta o relatório.
O documento defende ainda a inclusão de metas de longo prazo, como um sistema de energia sustentável, nos pacotes de enfrentamento à crise financeira internacional. “O desenvolvimento de tecnologia de energias renováveis, o adequado isolamento térmico de lares e escritórios e a educação de uma nova geração de engenheiros, técnicos e cientistas devem fazer parte de qualquer programa de estímulo fiscal”, recomenda o relatório.

Agência Brasil
Cosmo On line



Empresa vai gerar 500 novas vagas em Mato Grosso
30/01
Na contra-mão da crise econômica mundial, Mato Grosso confirmou nesta quinta-feira, 29, a instalação de um novo projeto frigorífico que irá gerar 500 empregos diretos. O empreendimento será erguido no município de Sorriso (420 Km ao Norte da capital) com capacidade inicial de abate estimada em mil suínos. O anúncio foi feito durante a audiência com o governador Blairo Maggi por empresários, o prefeito de Sorriso, Clomir Bein, e deputados.

A estrutura do frigorífico, que deve estar concluída em 18 meses, deve ter capacidade total de abate diário em três mil suínos, detalhou um dos proprietários do investimento, Paulo Lucion, da Nutribrás. A expectativa é que o novo investimento contribua para o desenvolvimento da região e ajude na qualidade de vida da população.

Diário de Cuiabá



Nortão: projeto quer mapear cadeias produtivas para mercado exterior/MT
30/01
Só Notícias
29/01/2009 10:00

Um projeto focado na estruturação de diferentes cadeias produtivas, por meio de arranjos produtivos que visem o mercado internacional, deve ser desenvolvido a partir deste ano em municípios da região Norte. Por meio de um mapeamento, entidades econômicas, poder público e demais parceiros identificarão a viabilidade para novas APL"s, nos mesmos moldes das já existentes em Mato Grosso.

Segundo explica o diretor de comércio exterior da Associação Comercial Empresarial de Sinop e representante do Centro de Excelência em Comércio Exterior (Cecomex) no município, Amadeu Rampazzo Júnior, as necessidades serão averiguadas.

Conforme Rampazzo, cadeias do couro, indústria do alimento, fruticultura, têxtil na região poderiam ser implementadas, com foco na valorização do produto e matéria-prima. Por meio de parcerias o intuito é verificar condições para fomentar criação de indústrias que possam transformar a matéria-prima bruta em agregada. Também é estimular a competitividade de produtos da região por meio da entrada no comércio internacional.

Ele estima não ser possível cumprir todas as etapas do projeto a curto prazo porque o trabalho envolverá parcerias com municípios, Estado, União.

Ano passado, as exportações de grãos, carne, madeira, entre outros produtos, de municípios da região Norte apresentaram crescimento para o mercado asiático. Sorriso teve a maior elevação nos negócios com o continente, sendo de 128% o que representa US$ 123, 9 milhões ante US$ 54 milhões de 2007. As indústrias de Lucas do Rio Verde aumentaram 95% as vendas totalizando US$ 132 milhões com aumento de 95%.

Sinop teve o terceiro maior crescimento com 82%, totalizando US$ 25,3 milhões

Circuito Mato Grosso.



Veranico prejudica o desenvolvimento da precoce em algumas localidades de MT
30/01
No primeiro dia de rodada pelas lavouras de soja precoce a equipe da consultoria Agroconsult, o gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, e o supervisor de campo, Emerson Fecker, coletaram 10 amostras entre soja precoce e semi-precoce nos municípios de Campos de Júlio e Sapezal, localizados na região Oeste de Mato Grosso.

Foi registrado pelos produtores a alta incidência de pragas, os exemplos mais citados foram a vaquinha e a lagarta da soja e isto, segundo o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, também pode estar relacionado à seca (veranico) que atingiu algumas localidades de Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio e Sapezal. Mas, das dez amostras analisadas não foram encontradas pragas relevantes devido à coleta da maioria delas ter ocorrido no final do ciclo. A maioria estava em estádio final da maturação.

Em reuniões com produtores de Campo Novo do Parecis (26.01), realizada no Sindicato Rural do município, e produtores de Sapezal (27.01), ocorrida na Câmara dos Vereadores, pontuou-se que na região Oeste, até o momento, houve baixa incidência de ferrugem asiática devido ao clima quente e seco, portanto, desfavorável ao desenvolvimento da doença.

No primeiro dia de levantamento da Agroconsult, das dez amostras coletadas constatou-se que a doença está controlada. “A maioria dos produtores de Sapezal e Campos de Júlio se mostraram conscientes ao revelar que estão fazendo a média de aplicações necessárias para evitar o avanço da ferrugem”, informa o supervisor de campo da Aprosoja/MT, Emerson Fecker.

Segundo a analista de mercado da Agroconsult, Rafaela Bottini, em pelo menos cinco amostras a variedade predominante de soja foi a tucunaré, uma das mais plantadas no estado. Na região foi identificada em apenas uma amostra a presença de soja transgênica. Segundo produtores de Sapezal, na safra 07/08 o plantio do grão modificado representou de 0,5% a 1% das lavouras, já nesta safra atingiu de 8% a 10%.

Expresso MT

Diário News..



Cuidados e dicas para uma boa colheita de maracujá/MS
30/01
Na sexta-feira passada (23), os produtores rurais do Projeto de Assentamento Recanto do Rio Miranda, a 30 km de Jardim, atualizaram seus conhecimentos sobre o cultivo de umas das frutas tropicais mais procuradas nos supermercados, o maracujá. Usado em sucos e doces, a fruta de sabor acentuadamente azedo é conhecida pelas suas propriedades calmantes. O “Seminário sobre a Cultura do Maracujazeiro”, ministrado pelo técnico agrícola e especialista em fruticultura Antônio Minari, integra a programação do “Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma”. As dicas e informações fornecidas durante o seminário são indispensáveis para os pequenos produtores atendidos pelo projeto que apostam na fruta para incrementar a renda familiar.

“Escolha bem a área de plantio, pois você trabalhará nela por anos”, começa Minari. A terra não pode encharcar facilmente, nem ser rasa. A irrigação deve ser contínua para assegurar a colheita de duas a três vezes na semana. Outra dica importante é evitar áreas que recebam ventos do sul. “O vento frio é prejudicial às plantas de clima tropical”, explica o técnico, que também coordena o projeto. Para atenuar o efeito dos ventos, a opção é utilizar barreiras como árvores, desde que a sombra não atrapalhe o desenvolvimento da planta, bastante dependente do sol.

O primeiro passo, a escolha das sementes, é importante. Procure empresas responsáveis que comercializem sementes selecionadas. Nessa etapa inicial já é preciso pensar na comercialização. Escolha os tipos de maracujá consumidos na sua região. Com as sementes em mãos, plante-as em sacos plásticos próprios para a produção de mudas, que tenham altura de no mínimo 25 cm, e permitem um bom desenvolvimento das raízes. É importante que cada recipiente tenha três sementes. A que melhor se desenvolver permanece, as outras são descartadas ou transferidas para outros sacos.

As mudas devem ser preparadas para serem plantadas a campo, no inicio das chuvas, que é a melhor época para o plantio definitivo. As covas, que deverão ser preparadas com antecedência de pelo menos 15 a 20 dias, deverão ter medidas de 30 cm de boca e igual profundidade. O cuidado com as formigas nessa fase deve ser redobrado.

Irrigação e condução
“Irrigar não é apenas molhar. Irrigar é dar água para a planta na hora, na quantidade e no local que a planta precisa. No pé onde a planta se levanta do solo, não se deve molhar, pois estará apenas jogando água, sem aproveitamento para as raízes”, adverte Minari. A irrigação deve ser feita nas extremidades da saia da planta, que é onde estão as raízes de absorção de água e nutrientes.

A condução da planta requer cuidados especiais, pois uma planta bem formada garante uniformidade de produção. Cada planta na parreira tem 5 metros para explorar, o que significa 2,5 m para cada lado. Devem ser eliminados todos os brotos laterais, conduzindo a haste principal, ficando apenas com dois ou quatro ramos, que formarão a copa da planta. Dois brotos se a espaldeira (cerca) for com um fio de arame ou quatro brotos se for com dois fios de arame.

“Uma poda necessária de se fazer é a que controla o crescimento lateral, pois se deixar por conta da planta, os ramos vão crescer vinte, trinta metros do pé da planta e nessas extremidades, os frutos que produzir, serão miúdos e sem valor comercial”, ensina o técnico Agrícola aos produtores.

Na área de plantio do maracujazeiro, os trabalhos devem ser iniciados após nove horas da manhã, pois o sereno da noite estará seco. Entrar no pomar com umidade sobre as folhas pode ser prejudicial. Se houver algum foco de doença, poderá haver disseminação e o pequeno foco pode se tornar em um grande problema.

Cuidados com pragas e doenças
As pragas e doenças chegam pela ação do vento, por animais, ou seja, por causas naturais. A entrada de pessoas estranhas, podem também trazer problemas de saúde ao berçário das mudas. As doenças comprometem os frutos, como a verrugose que dá um aspecto estranho e deprecia o fruto para o mercado. A antracnose provoca podridão e mumificação dos frutos. Viroses e bacteriose comprometem a vida útil do pomar, podendo inviabilizar economicamente a atividade.

Para o produtor que não desenvolve a agricultura orgânica, produtos químicos podem ser usados em pulverizações regulares e criteriosas, com recomendação de um técnico. O operador deve usar Equipamento de Proteção Individual (EPI), com luvas, máscara, manga comprida, calça, e óculos. Para os produtores que praticam a agricultura orgânica, são utilizados produtos alternativos e específicos, também aplicados com critérios.

Agora MS - Dourados..



Plano da Petrobras prevê nova fábrica de fertilizante e mais GNL
30/01
Reuters - A Petrobras informou que incluiu no plano de negócios 2009-2013 a construção de uma terceira fábrica de fertilizantes no país e mais um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), ambos sem localização ou estimativa de custo.

Segundo o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que havia anunciado no ano passado a intenção de fazer mais uma unidade de fertilizantes para reduzir as importações brasileiras do setor, a fábrica vai produzir 1 milhão de toneladas do produto.

"Ainda está em fase de estudos, mas está no plano da companhia fazer a terceira fábrica de fertilizantes", disse o executivo a jornalistas durante detalhamento do plano de negócios 2009-2013.

Atualmente a empresa tem duas plantas de uréia e de amônia para produção de fertilizantes na Bahia e em Sergipe.

Costa informou que na terça-feira a Petrobras vai divulgar a balança comercial de petróleo da companhia.

Segundo uma fonte da empresa, o saldo ficou próximo do "zero a zero".

No mesmo evento, a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, anunciou que foi incluído no plano mais um terminal de GNL.

A empresa possui um terminal no Ceará, já em teste, e no Rio de Janeiro. "Teremos participação crescente na energia elétrica", disse Graça, referindo-se à utilização de GNL nas usinas térmicas.
Os dois projetos fazem parte do orçamento de 47,9 bilhões de dólares para novos projetos, sendo 5,7 bilhões de dólares para a área de Gás e Energia e 3,1 bilhões de dólares para áreas de petroquímica, distribuição e corporativa.

A maior parte ficou com a área de exploração e produção, que receberá 36,6 bilhões de dólares, ou 76,4 por cento do total destinado a novos projetos.

Reuters


Rússia estuda suspender tarifas de exportação sobre fertilizantes
30/01
O Ministério da Indústria e Comércio da Rússia sugeriu que o executivo suspenda as tarifas de exportação sobre fertilizantes e matérias-primas usadas em sua produção, a partir de abril. A notícia foi revelada na segunda-feira (26) pelo vice-ministro da pasta, Denis Manturov. No ano passado, a exportação desses produtos foi sobretaxada em 5% a 8,5%.

Em reunião presidida pelo primeiro-ministro, Vladimir Putin, com a indústria de fertilizantes, Manturov também propôs a criação de holdings verticalmente integradas a fim de evitar conflitos entre fornecedores de matérias-primas e produtores de fertilizantes. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado


Seca e China melhoram cenário para soja
30/01
O produtor brasileiro de soja começa a driblar a atual crise financeira, uma das mais graves desde 1929. Os produtores, que iniciaram o plantio em um dos momentos mais críticos da crise, não viam nenhuma perspectiva de rendimento.

Sem crédito e com os custos elevados, o plantio indicava um vôo cego para os produtores, que não conseguiam realizar vendas antecipadas devido à saída das tradings do mercado.

Preços e comercialização eram as principais incógnitas para a colheita. Com as máquinas no campo e já efetuando a colheita, os sojicultores vêem as tradings com apetite nas compras e os preços subindo.

Travada até o final do ano passado, a comercialização desta safra já atinge 38% no Centro-Oeste e a soja é negociada a US$ 20 por saca em algumas cidades da região. Além disso, a produtividade surpreende e fica entre 52 e 57 sacas por hectare para a soja precoce. A tardia pode superar as 60 sacas.

Alta de preços e boa produtividade são garantias de rendimento para os produtores. Na avaliação de Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba, os produtores de Rio Verde, em Goiás, devem ter renda líquida de R$ 770 por hectare. Já em Sorriso (MT), a renda deve ficar em R$ 350 por hectare.

Entre os motivos responsáveis por essa mudança de cenário, está a própria crise, que provocou alta do dólar em relação ao real. Tendo como base o dólar, a soja passou a gerar mais reais para os produtores.
Já a seca, que atingiu o Sul do Brasil, a Argentina e o Paraguai -e deve provocar quebra de 12 milhões de toneladas na região-, eleva os preços da soja.

A recuperação dos preços vem, ainda, do apetite da China, que elevou as compras.

Os EUA, que sempre exportam mais milho do que soja, estão com situação inversa nesta safra. A dúvida é se a China vai manter esse apetite ou apenas faz estoques, diz Muraro.

A mudança de cenário vem em boa hora, diz José Eduardo de Macedo Soares, produtor de Lucas do Rio Verde (MT). "A estiagem, que prejudicou os produtores do Sul, nos salvou." Há 40 dias, quando o preço da soja estava perto de US$ 11 por saca, a renda não cobria os custos. Atualmente, com a saca a US$ 18 e a desvalorização do real em relação ao dólar, dá para respirar, acrescenta.

André Schwening, produtor de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, também diz que o produtor vai ter rentabilidade boa, se houver uma confirmação da safra -que está em andamento- e dos preços -que podem mudar até abril, no final da colheita. Mas Schwening adverte: "É preciso muito critério para dizer que o produtor está ganhando". Segundo ele, muitos produtores fizeram dívidas em dólar na compra de insumos e a alta da moeda norte-americana trouxe novos custos.

Soares e Schwening concordam que o clima é favorável para a produção de soja no Centro-Oeste neste ano, embora tenha havido pequenos períodos de estresse. Esse clima permitiu até um bom manejo das doenças, que tradicionalmente elevam os custos e geram perda de produtividade.

Já no Sul, a situação é bem diversa. Um produtor do norte do Paraná diz que colherá apenas 40 sacas por alqueire na soja precoce. Já a que foi plantada depois deverá render 120 sacas.

Pior ainda a situação dos paraguaios, onde a safra pode render apenas 20 sacas por alqueire. José Rubio, do norte do Paraguai, diz que em metade de sua área colherá a média de 30 sacas por alqueire. Não paga nem o arrendamento das terras, que é de 38 sacas.

Em outra área, a apenas 40 quilômetros da primeira, não faltou chuva e Rubio poderá obter 150 sacas. A alta de preços das últimas semanas ajuda, mas não repõe os estragos trazidos pela seca, diz ele.
Situação pior vivem os argentinos. Queda de área e seca podem reduzir a produção para 42 milhões de toneladas, ante 46 milhões em 2007/8.

A seca faz a soja "brilhar como estrela solitária", mas Muraro crê que o milho também será beneficiado. A quebra na América do Sul deverá ser de 20 milhões de toneladas, o que levará mais produtores a optar pelo grão na safrinha com a melhora no cenário de custo e preço.

Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres, concorda com Muraro: a safrinha deve cair menos do que o previsto.

Estudo feito pela Céleres, levando em consideração os efeitos das crises econômicas mundiais sobre o consumo de alimentos nos últimos 48 anos, mostrou que os impactos são pequenos. Em alguns casos, há crescimento na demanda de alimentos, afirma Sologuren.

Folha de Londrina


Crise derruba preço da terra destinada à agricultura em Mato Grosso
30/01
Análise do comportamento de preços indica que na região de Rondonópolis, a desvalorização foi superior a 4%

Marcondes Maciel

Depois de atingir níveis recordes nos últimos anos, o preço da terra destinada à agricultura, em Mato Grosso, encerrou 2008 em queda, revela levantamento da AgraFNP.

A pressão decorre da saída generalizada de compradores do mercado e reflete sobretudo nos imóveis rurais voltados à produção de agroenergia. “Houve pouquíssimos negócios nos últimos quatro meses, o que significa que uma crise de liquidez já se instalou também neste mercado”, afirma Jacqueline Bierhals, analista do Mercado de Terras e gerente de Agroenergia da AgraFNP.

A estagnação dos preços - e do mercado - neste momento mostra também a apreensão do investidor (mesmo os mais capitalizados) em realizar aquisições de terras, investimento de baixa liquidez.

A análise do comportamento de preços indica que na região de Rondonópolis, que concentra as terras mais caras do Estado, a desvalorização foi de 4,65%, com os preços do hectare recuando de R$ 11 mil, em dezembro de 2007, para R$ 10,5 mil, no final do ano passado. As lavouras de cana-de-açúcar e de grãos são as principais responsáveis pelos preços mais elevados da terra na região de Rondonópolis.

O relatório da AgraFNP aponta que as terras mais baratas de Mato Grosso encontram-se na região de Aripuanã (1.002 Km a Noroeste de Cuiabá), onde um hectare de mata de difícil acesso vale cerca de R$ 150. As áreas que mais se valorizaram nos últimos 12 meses foram as áreas de cerrado em Comodoro (644 Km a Oeste de Cuiabá), na região de Pontes e Lacerda (273,5%) e as que mais se desvalorizaram foram as áreas de mata em Feliz Natal/Tapurah, região de Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), com queda de 32,5%.

BRASIL – Enquanto em Mato Grosso o hectare de terra agricultável atingiu o preço máximo de R$ 10,5 mil na região de Rondonópolis (210 Km ao Sul de Cuiabá), o preço médio no Brasil - bimestre novembro-dezembro/08 - foi de R$ 4,33 mil, ante R$ 4,34 mil apurado em setembro-outubro/08.

Comparando-se a média atual com o valor de 12 meses atrás (janeiro-fevereiro/08), houve valorização nominal de 8,3%. Mas, descontando-se a inflação no período, nota-se perda real de patrimônio de 0,8%. Em relação aos valores praticados há 36 meses (R$ 3,07 mil/hectare), verifica-se valorização nominal de 40,7% e real de 5,7%, em média.

A região Centro-Oeste continua sendo a que mais valorizou nos últimos 36 meses, com 46% de alta. A maior valorização no Centro-Oeste decorre principalmente dos investimentos em cana-de-açúcar na região. De acordo com os analistas, a mecanização e modernização das propriedades rurais têm favorecido a região e o conseqüente aumento no preço da terra.

Na seqüência vêm as regiões Nordeste e Sul, com valorização de 43,9% e 43,3%, respectivamente. O preço na região Norte aumentou em média 38,4% e, na região Sudeste, houve a menor valorização: 36%.

Em 2008, dados da AgraFNP mostram que os preços das terras agrícolas brasileiras foram recordes em termos nominais. Descontando-se a inflação, os valores só ficaram abaixo dos praticados no início de 2004, época em que a soja atingiu cotação recorde na Bolsa de Chicago.

A expectativa para 2009 ainda não é clara e está bastante atrelada ao cenário econômico. “Parece inevitável que os preços das terras comecem a recuar, mas, por paradoxal que possa parecer, se a situação piorar ainda mais, pode ocorrer uma corrida para os chamados ativos reais. Neste caso, ao contrário de se desvalorizar, as terras poderiam então ter reação de preços”, afirma José Vicente Ferraz, diretor técnico da AgraFNP.

Diário de Cuiabá


Senar-RS busca profissionais para ministrar cursos
30/01
A entidade busca técnicos e profissionais nas áreas de informática, fruticultura, suinocultura, licenciamento ambiental, associativismo, administração de empresas, além de profissionais específicos ligados a áreas como saúde, cultura, esporte e lazer, que tenham disponibilidade para deslocamento em qualquer cidade do Estado.

Os interessados devem acessar o site do Senar-RS www.senar-rs.com.br e preencher a ficha cadastral disponível.

Conforme o chefe da divisão técnica do Senar-RS, Taylor Guedes, os novos prestadores de serviço vão atender não só a cursos existentes, como também as novas oportunidades que a entidade está criando para 2009. “Buscamos pela primeira vez, profissionais da área de cultura e esporte, para atender as demandas que serão solicitadas pelo público rural.” comenta.
Para participar do processo seletivo é necessário ser pessoa jurídica com empresa constituída ou estar ligado à cooperativa de trabalho. Serão cinco eliminatórias, como avaliação de documentações, entrevista e treinamento metodológico proporcionado pelo próprio Senar. Os selecionados poderão ministrar cursos em qualquer comunidade rural do Estado a partir da solicitação de produtores rurais via sindicatos rurais e alguns sindicatos de trabalhadores rurais. As informações são da assessoria de imprensa do Senar-RS.

Agrolink


Milho e trigo devem ter bons preços
30/01
Ao contrário do cenário registrado no final do ano passado, a tendência agora é de melhora nos preços do milho, do trigo e do feijão. A elevação deve ocorrer, principalmente, devido às perdas na produção ocasionadas pela estiagem. Segundo o operador de mercado Carlos Boszczovski, da Target Invest (empresa de Londrina distribuidora de derivativos) o mercado indica preços bons para o milho plantado durante a safrinha.

Ele pondera que os estoques estão altos, mas lembra que houve perdas de cerca de 30% nas lavouras do Paraná e do Rio Grande do Sul. Além disso, também houve quebra de 5 milhões de toneladas na Argentina. ""A incidência do "La NiÀa" a partir de março pode provocar secas e geadas entre junho e julho e, por isso, poderá haver quebra na safrinha"", diz o operador de mercado. Segundo ele, os preços já começaram a reagir e estão acima da média história, que ficou em R$ 20,50 nos últimos quatro anos.

Os preços do trigo já apresentaram boa recuperação neste mês. As cotações que, no ano passado, atingiram mínimo de R$ 470 a tonelada, atualmente estão na casa dos R$ 550 a tonelada. ""A última safra foi boa, mas houve perda da qualidade"", diz Élcio Bento, analista de mercado da agência gaúcha Safras e Mercados. Na última safra o País colheu cerca de 3,9 milhões de toneladas do grão, contra 5,58 milhões de toneladas em 2007. Ele acrescenta que há demanda interna, uma vez que o Brasil consome anualmente 10,1 milhões de toneladas.

Parte da demanda nacional é suprida pelo trigo argentino mas o problema é que o País colheu 8,5 milhões de toneladas a menos devido à estiagem. Desta forma, explica Bento, aquele país terá disponível apenas 3 milhões de toneladas do grão para comercializar no mercado externo. ""O Brasil não é o único mercado para o trigo argentino"", diz o analista de mercado. Uma outra opção é importar o grão de outros países do Mercosul: Paraguai e Uruguai ou da América do Norte: Estados Unidos e Canadá. Para Bento a tendência é de recuperação do preço do trigo, mas nada ""muito exagerado"".

Feijão

A frustação da primeira safra de feijão - conhecido como feijão das águas - elevou os preços da cultura mantendo níveis compensatórios de rendimento. Na avaliação de Taurino Alexandrino Loiola, consultor autônomo com atuação na região de Wenceslau Braz (117 km ao sul de Jacarezinho), os produtores que colherem feijão até novembro devem conseguir bons preços. "Acreditamos que as lavouras podem alcançar rentabilidade de 30% sobre os custos de produção", diz. Na região, o custo de produção está estimado em R$ 5 mil por alqueire com produtividade estimada entre 80 a 100 sacas, sem prejuízos climáticos.

Ele lembra que o ano passado foi o melhor ano para o feijão, quando a saca foi negociada por mais de R$ 200. Como os altos preços estimularam o plantio, a cotação caiu. No entanto, as perdas - provocadas pela soma entre estiagem e altas temperaturas - contribuíram para elevar a cotação da leguminosa. (F.M.)

Folha de Londrina



Previsão do tempo: chuva e trovoadas em oito estados
30/01 - 13:33

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para esta sexta-feira (30), chuva moderada a forte, com rajadas de vento ocasionais e trovoadas, em áreas isoladas do centro, sul e leste do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, sul de Minas Gerais, Acre, sul e oeste do Amazonas e norte do Amapá.

Para o sábado (31), essas mesmas condições persistem para Rondônia, sul e oeste do Amazonas, Acre e norte do Amapá. No domingo (1), em Rondônia e no Amazonas chuva com rajadas de ventos ocasionais.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Lis Weingärtner

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