quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mulher pinta o cabelo em salão e acaba com o rosto deformado

A mulher teve muito ardor no couro cabeludo, queda de cabelo e o rosto deformado e inchado após o procedimento com a tintura no salão de beleza


Outdoors de protesto em Jaraguá do Sul - SC

O exemplo de Jaraguá é ótimo... Vale também para senadores e deputados...

O exemplo da cidade de Jaraguá do Sul (SC) é ótimo e também é válido para Senadores e Deputados. Um protesto na rua Olívio Domingos Brugnago, no bairro Vila Nova, demonstra a indignação sobre a proposta de aumento do número de vereadores na Câmara Municipal da cidade.


Na Ilha da Figueira, bairro de Jaraguá do Sul, foi colocado o outdoor abaixo:


E finalmente...


Imagens e Texto: Marcelo Noll Prudente

terça-feira, 28 de junho de 2011

Barata pousa em jornalista da Globo durante apresentação ao vivo

Uma barata aterrissou no ombro da apresentadora de um telejornal da Paraíba. Apesar da transmissão ao vivo, não houve pânico. Confira:

REVOLUÇÃO DE 1964 - A Verdade Sufocada

Agricultores terão mais recursos para financiar a próxima safra

"Em termos de alimentos, o Brasil se orgulha de ser uma grande potência"

A safra 2011/2012 vai contar com R$107 bilhões para financiar a compra de sementes, insumos e a comercialização da produção. Os agricultores e pecuaristas também vão contar com novas linhas de crédito à juros baixos e recursos para investir em técnicas que combinem produção e preservação do meio ambiente.
Ouça o progrma Café com a Presidenta clicando aqui

Médicos investigam causa de lágrimas de sangue em adolescente

 G1
Foto: Diana Viana de Oliveira / ReproduçãoMédicos investigam causa de lágrimas de sangue em adolescente
O caso da adolescente cearense que afirma sangrar pelos olhos quando fica nervosa, triste ou ansiosa está sendo investigado por médicos paulistas. Em Meridiano, no interior de São Paulo, onde a estudante mora há dois meses, ela é conhecida pela população como ‘a garota que chora sangue’. A jovem também relata que sangra em outras partes do corpo. O Hemocentro do Hospital de Base de São José do Rio Preto apura se esses sangramentos são decorrentes de uma coagulopatia (distúrbios da coagulação sanguínea) ou problemas emocionais. Um tipo de tumor é a hipótese mais remota. Só após o resultado dos testes a que ela será submetida será possível definir um tratamento.

Um médico de Meridiano, município de quase 5 mil habitantes, e o prefeito da cidade afirmam ao G1 terem visto o sangramento em Débora Oliveira dos Santos, de 17 anos. A mãe da estudante, que deixou o Ceará com a família em busca de um tratamento para a filha no estado de São Paulo, confirma a história. A prima encaminhou fotos que mostram os olhos da jovem sangrando. Um vídeo também foi postado na internet e exibe uma das crises da garota.


“Eu me controlo para não chorar. Não posso me exaltar bastante porque vou sangrar. Eu ainda não me acostumei. É muito chato eu não poder me expressar. Vou fazer prova, fico nervosa, choro e sai sangue. Alguns meninos e meninas ficam assustados e sentem nojo. Ficam longe de mim. Então eu fico meio que isolada dos demais. A minha sorte é que os professores são a melhor coisa da escola”, diz Débora.


Em entrevista ao G1, Débora conta que eventualmente falta às aulas quando ocorrem os sangramentos. “Há algumas semanas minha camiseta começou a ficar manchada na altura dos mamilos. Quando vi, estava sangrando. É horrível. Quando vou às aulas agora, uso algodão e sutiãs bem alcochoados”, diz a aluna da Escola Estadual Donato Marcelo Balbo.


Envergonhada, a garota conta que seu passatempo é ler livros ou jogar vôlei com os irmãos. “Adoro ler a saga do Crepúsculo. Também sou fã do jogador Giba, da seleção de vôlei. Acompanho todos os jogos do Brasil pela TV. Gostaria de conhecê-lo um dia, mas tenho vergonha porque tenho esse problema de sangramento e não gostaria de sangrar na frente dele. Mas soube que ele também teve um problema no sangue na infância [leucemia] e se curou”, afirma a jovem, que quer ser professora de história.


Parentes contam que Débora começou a sangrar com 14 anos, quando trabalhava como babá e foi agredida por sua patroa no Ceará. Os sangramentos eram somente nos ouvidos e nariz.


Em novembro, a menina passou a sangrar também pelos olhos, couro cabeludo e mamilos, segundo a dona de casa Maria Gorete Oliveira dos Santos, de 43 anos, mãe da garota. E piorou quando o marido dela morreu afogado em maio, no Ceará, tentando salvar um dos filhos. “Foi a vez que Débora mais chorou e sangrou. Precisou ser internada porque já estava entrando num quadro de hemorragia”, conta Maria Gorete.


De acordo com a família da adolescente, em Fortaleza os médicos suspeitaram de púrpura trombocitopenica idiopática (PTI), doença relacionada à coagulação do sangue, caracterizada pela diminuição do número de plaquetas. A PTI, que também pode ser chamada de púrpura trombocitopenica imunológica, quando estiver relacionada ao aparecimento de anticorpos que destroem as plaquetas, provoca sangramentos.


Os médicos cearenses prescreveram Transamin e Dexametasona para Débora tomar, segundo os parentes. Os medicamentos continuam sendo ministrados para controlar a coagulação sanguínea. Apesar disso, os remédios não acabaram com os sangramentos, segundo Maria Gorete.


“Como no Ceará os médicos não souberam dizer o que minha filha tem direito, e os remédios não trouxeram a cura, saí de lá e vim para São Paulo. Foram os próprios médicos cearenses que me disseram para vir a São Paulo tentar buscar alguma resposta para saber o que minha filha tem. Também falaram que pode ser algo emocional porque a menina apanhou da ex-patroa. Estou confusa. Tenho parentes aqui que me disseram que os médicos paulistas poderiam ajudar no caso da menina e vim em busca de uma resposta e um tratamento para ela”, diz Maria Gorete, que está morando numa casa em Meridiano com mais cinco filhos. O aluguel é pago por seus parentes.


O G1 não conseguiu localizar a ex-patroa de Débora e os médicos que a atenderam no Ceará para comentar o assunto.


Meridiano

Em Meridiano, um clínico-geral diz ter ficado "abismado" ao ver a jovem entrar no seu consultório. “Fiquei abismado quando vi o sangue escorrer pelos olhos dela porque ela aparentemente não tinha causa externa de arranhadura. Me indagava de onde vinha aquele sangramento”, afirma o médico Orlando Cândido Rosa Filho.

O prefeito de Meridiano, José Torrente (PTB), diz que a sua administração fará o que for possível por Débora. Ele conta que também ficou assustado ao saber do caso.


“Eu nunca vi igual, saía sangue do olho, cabelo, para todo lado. É um trem que nunca vi. É um trem esquisito. Ela se enervou e foi no banco da pracinha e chorou. Mas em vez de sair água saiu sangue. Se assustaram e ligaram para minha esposa, que socorreu. Isso aconteceu mesmo. Achei que fosse menstruação, mas que ao invés de sair por baixo saía pelos olhos. É incrível. Todo mundo se assustou”, diz o prefeito, que está oferecendo o medicamento para a garota.


A prima de Débora, Diana Viana de Oliveira, de 25 anos, técnica em enfermagem no Posto de Saúde de Meridiano, afirma que seus parentes que vieram do Ceará não têm muitos recursos. “Minha tia e meus primos ainda procuram emprego aqui. Alugamos uma casinha para eles, mas eles não possuem móveis, roupas”, diz Diana.


De acordo com Diana, enquanto algumas pessoas se sensibilizaram com o caso de Débora e a ajudam com mantimentos, outras, no entanto, acham que os sangramentos são decorrentes de falta de espiritualidade. “Já chegaram a mandar minha prima rezar muito. Mas ela é evangélica e ora todos os dias. Só não tem ido muito à igreja por causa do preconceito de alguns”, diz.


Hematologista

Procurado para comentar o caso de Débora, o hematologista Paulo Antonio Zola, patologista clínico e hematologista do Hemocentro do Hospital de Base de São José do Rio Preto, afirma que a adolescente será submetida a um mielograma, exame para investigar se a medula óssea tem algum problema na fabricação das células sanguíneas.

Segundo Zola, que não viu a jovem sangrar, quando as plaquestas deixam de coagular o sangue, há sangramentos por várias partes do corpo. “Sai por todo lugar, pelo nariz, gengiva, boca, urina. Não é que ela chora sangue, a lágrima vem com sangue. A saliva sai com sangue. Sai sangue da gengiva, ouvido, sai sangue do olho, intestino etc. Porque todo nosso corpo tem coagulação. Onde tem coagulação sai sangue. É incorreto afirmar que a paciente chora sangue. Ele chora lágrimas com sangue. Lágrimas maculadas com glóbulos vermelhos."


De acordo com o médico, há registros de outros casos parecidos com os sintomas dos de Débora no Brasil e no mundo. Por esse motivo, é necessário analisar os exames que ela já realizou. “Os médicos cearenses fizeram um ótimo trabalho. O mais provável é que Débora tenha coagulopatia como causa do sangramento, mas também tem de ser investigado esse histórico dela de um possível problema emocional. Se nenhuma dessas hipóteses for comprovada, ela terá de ser submetida a uma tomografia para saber se tem câncer em alguma parte do corpo."


Parentes afirmam que Débora já havia feito tomografia e nada tinha sido detectado.


Caso fique comprovado que ela tenha uma PTI, por exemplo, Zola sugere tratá-la até com quimioterapia. "A quimio não é usada só para tratamentos de câncer. Em último caso, existe a possibilidade de esplenectomia, que é a retirada do baço. Ele é o filtro das células e destrói as plaquetas do sangue quando as células estão alteradas.”


Débora fará o exame no dia 4 de julho. Até lá, a jovem continuará passando por tratamento psicológico e tomando remédios para controlar a ansiedade e nervosismo. “Chorar? Não quero. Não posso chorar nem de alegria. Senão é sangue para todo o lado”, diz.

Pedófilo preso conta abuso cometido com vítima de nove anos

Em Contagem (MG), o criminoso contou tudo o que fazia com a menina de nove anos ao ser preso.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Família pede que governo autorize a morte de siamesas de quinze anos

BBC
Foto: Foto: © 2011Indiatodayimages.comFamília pede que governo autorize a morte de siamesas de quinze anos
A família das gêmeas siamesas indianas Saba e Farah Shakeel pediu que o governo da Índia desse autorização para que elas fossem mortas, para evitar que continuem sentindo dor.

As gêmeas, de 15 anos, nasceram unidas pela cabeça, e se tornaram conhecidas em 2005, quando o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan, decidiu pagar as despesas de sua cirurgia de separação.


Na época, a família das gêmeas optou por não realizar a operação. Mas nos últimos quatro meses os pais de Saba e Farah decidiram pedir ajuda ao governo indiano para acabar com seu sofrimento.


As irmãs sofrem de fortes dores de cabeça e dores agudas em todas as articulações do corpo.


O irmão mais velho de Saba e Farah, Tamanna Ahmad, disse ao jornal indiano 'India Today' que as duas estão presas na cama.


'Até a fala delas se tornou mais confusa. Seus dedos e tornozelos estão retorcidos', afirmou.


Segundo Ahmad, a família não conta com ajuda financeira que permita pagar por um tratamento médico e prefere que as gêmeas morram para que seu sofrimento seja aliviado.


'Minha mãe quer a permissão do presidente ou dos tribunais para que elas possam morrer.'


Separação delicada

Em 2005, o xeque Mohammed al-Nahyan pagou pelas consultas das gêmeas com alguns dos maiores especialistas em separação de siameses no mundo, incluindo a equipe do neurocirurgião americano Benjamin Carson, do Hospital Pediátrico Johns Hopkins, em Baltimore.

O príncipe dos Emirados Árabes Unidos entrou em contato com Mohammed Shakeel Ahmad, o pai das meninas, através da embaixada do país na Índia, depois de ler uma reportagem sobre o caso.


Os médicos descobriram que as duas meninas compartilhavam uma artéria, que leva o sangue do corpo para o coração, e uma importante veia no cérebro. Além disso, elas possuem somente dois rins, ambos no corpo de Farah.


Segundo os especialistas, a separação completa só seria feita após uma série de operações, mas havia grande possibilidade de que uma das gêmeas morresse.


A família optou por não realizar as cirurgias por medo de perder uma das filhas, mas a condição das gêmeas se deteriorou com o passar dos anos. Médicos disseram à família que a dependência das gêmeas dos rins de Farah poderia causar pressão alta, perda de peso e fraqueza.


O pai de Saba e Farah sustenta a família de oito pessoas com o dinheiro obtido com uma casa de chá em Patna, no leste da Índia, mas disse ao jornal britânico 'Daily Telegraph' que não ganha o suficiente para os medicamentos que as duas filhas precisam.


'As meninas querem viver e aproveitar a vida como outras pessoas, mas quando estão sentindo dores, elas choram e pedem ajuda', disse Shakeel.


A mãe das gêmeas, Rabia Khatoon, disse ao India Today que, se o governo não puder ajudar no tratamento, deve permitir que as gêmeas sejam sacrificadas.


'Pelo menos será melhor do que vê-las sofrer todos os dias', disse.

PARA NÃO DIZER QUE EU NÃO FALEI DAS FLORES - GERALDO VANDRÉ

Época de opressão, tortura, choro...
Época de união, ir a luta, ideais...
Onde não existia liberdade alguma de expressão...
Onde nossos ancestrais tiveram de ir as ruas lutar por nossos DIREITOS que muitas vezes não damos valor algum.

Mulher acorda no próprio velório e morre de susto

  • Por Rodrigo Martins
Foto: Reprodução
Esta aconteceu na Rússia.  Fagilyu Mukhametzyanov, de 49 anos, foi declarada morta por engano. Acordou no meio de seu próprio funeral, com parentes em volta, e não aguentou: morreu de susto. Desta vez de verdade.

O Daily News conta que, ao acordar no caixão, Fagilyu começou a gritar por descobrir que seria enterrada viva. O estresse ocasionou um enfarte. Ela foi levada de volta ao mesmo hospital em que havia sido declarada morta por engano. Mas não sobreviveu. Os médicos diagnosticaram: desta vez morreu mesmo.

“Estou muito nervoso e quero respostas”, disse o marido, Fagili Mukhametzyanov. “Ela não estava morta quando disseram e poderiam tê-la salvado”. O hospital diz que investigará o caso.

O Brasil será dividido, e não vamos nem saber?!?

Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece..

 As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.
Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
 
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerdcom cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia.E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.Pergunto inocentemente às pessoas:  porque os americanos querem tanto proteger os índios ?  A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a  alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho. Será que podemos fazer alguma coisa???Acho que sim.Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.Mara Silvia Alexandre CostaDepto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP 
Opinião pessoal:Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.Conto com sua participação, no envio deste e-mail. Celso Luiz Borges de OliveiraDoutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

domingo, 26 de junho de 2011

POEMA FEMININO*


  Qual mulher nunca teve: 
  * Um sutiã meio furado,
  *Um primo meio tarado,
  *Ou um amigo meio viado?

  Qual  mulher nunca tomou  : 
  *Um fora de querer sumir,
  *Um porre de cair
  *Ou um lexotan para dormir?

  Qual  mulher nunca sonhou : 
  *Com a sogra morta, estendida,
  *Em ser muito feliz na vida
  *Ou com uma lipo na barriga?

  Qual  mulher nunca pensou

  *  Em dar fim numa panela,
   *Jogar os filhos pela janela
  *Ou que a culpa era toda dela?

  Qual  mulher nunca penou :  
  *Para ter a perna depilada,
  *Para aturar uma empregada
  *Ou para trabalhar menstruada?

  Qual  mulher nunca comeu  :    *Uma caixa de Bis, por ansiedade, Uma alface, no almoço, por vaidade 
  *Ou, um canalha por saudade?
  Qual  mulher nunca apertou : 
  *O pé no sapato para caber,
  *A barriga para emagrecer
  *Ou um ursinho para não enlouquecer?

  Qual
  mulher nunca jurou 
  *Que não estava ao telefone,
  *Que não pensa em silicone
  *Que 'dele' não lembra nem o nome?

  Só as mulheres para entenderem o significado deste poema! 
 
  Estamos em uma época em que:

  *Homem dando sopa, 
  é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres. * 

  *Pior do que nunca achar o homem certo 
  é viver pra sempre com o homem errado.*

  *Mais vale um cara feio com você  do que dois lindos se beijando.*

  *Se todo homem é igual, porque a gente escolhe tanto???*

   *Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é o lobo-mau!! 
  Que te ouve melhor...
  Que te vê melhor...
  E ainda te come!!!*
 
  http://tracking.technodesignip.com/?action=count&projectid=642&contentid=7925&referrer=-&urlaction=r...  Mandem para mulheres que precisam rir, 

 ou para homens que possam lidar com essa realidade!!!
Grande sorriso Smiley

Garantido sofre com som, mas emociona na abertura do festival

Diário do Amazonas
O Garantido abriu o 46 Festival Folclórico de Parintins com o espetáculo ‘Povo Vermelho’, no qual fundamentou o tema principal, ‘Miscigenação ‘, na história do índio na Amazônia.  O boi de Lindolfo Monteverde mostrou como a mistura dos indígenas com o povo colonizador deu origem ao caboclo que hoje vive na região.

Um problema técnico no som pode prejudicar a harmonia da apresentação do Boi-Bumbá Garantido. Quem estava no Bumbódromo percebeu um atraso entre o ritmo da batucada e a melodia cantada pelo levantador Sebastião Junior.



Os técnicos que até o ano passado trabalhavam para o boi Vermelho e Branco, foram contratados pelo Caprichoso para o festival deste ano.
Segundo um dos auxiliares dos pearas do batucada, o problema ocorreu hoje foi apenas no início quando a alegoria que trouxe Sebastião para a arena. A distância da alegoria para o local onde a batucada estava foi apontado pelo integrante do Garantido como o responsável pela falha.

Já Sebastião Junior negou o problema. “Não foi um problema, a noite foi do Garantido. A apresentação foi perfeita”, disse.

Apresentação empolga

A tradicional contagem do Garantido para o início da apresentação foi feita por fogos que causavam um forte estrondo. A cada número, um novo estrondo. A galera na arquibancada ficou eufórica.

Para contar o espetáculo ‘Povo Vermelho’, logo após a entrada do apresentador Israel Paulain, uma pequena alegoria trouxe as três raças que formam a Miscigenação: índios, brancos e negros. Miscigenação é o tema geral do boi Vermelho e Branco.

Como prometido pela coordenação do Garantido, coreografias difíceis de serem executadas fizeram parte da abertura da apresentação com a entrada das tribos. Em seguida, foi apresentada a celebração folclórica ‘Encontro de Cultura’. Na ocasião, Sebastião interpretou a música Miscigenação concorrendo ao item toada letra e música.

Na alegoria vieram os itens, Amo do boi Tony Medeiros, porta estandarte Raissa Barros, a sinhazinha Ana Luiza Faria, e o boi Garantido que tem como tripa Denildo Piçanã. Tony, Ana Luiza e Raissa vieram vestidos com roupas que lembram as usadas pelos colonizadores.

Ao descer da alegoria, a fantasia de Raissa passou por uma transformação. O forro da saiu se transformou em uma asa, assim como diz à música que ela se apresenta: Linda como o voo da borboleta. De branca, Raissa passou a ser índia. A estreante do festival, Ana Luiza, estava visivelmente emocionada. A vaqueirada que tange o boi também se apresentou em seguida junto a evolução de Piçanã.

Quando a apresentação da celebração folclórica ainda ocorria, um integrante da Batucada passou mal, desmaiou e foi socorrido pelos Bombeiros.

A próxima alegoria a entrar durante a apresentação do Garantido foi a que serviu de cenário para contar a lenda ‘Fera das águas, a cobra grande’. A cobra trazia nos olhos dois monitores que mostravam imagens de animais e paisagens da Amazônia.

Sobre ela também veio a cunhã-poranga Tatiane Barros. Ao se apresentar no chão, a fantasia de Tatiane fez duas transformações, uma cobra amarela e outra verde. A cunhã também foi responsável por um dos momentos de surpresa da apresentação. Ela acionou uma cobra que estava encolhida no meio da arena. A cobra andava sozinha e deixou o público entusiasmado.

Após a lenda ser contada, o amo do boi, Tony Medeiros, fez a primeira provocação a David Assayag, levantador do Caprichoso que até 2009 defendeu o item pelo Garantido. “O amo do contrário tem um amor reprimido que o machuca por dentro. Levantador de toadas pra lá tu podes morrer. Temos um novo cantor pra tua fama acabar”, diz o verso.

Como figura típica, o Garantido mostrou o dia a dia do caboclo como o uso da canoa, a fabricação da farinha e o uso da lamparina. A rainha do folclore, Patrícia de Góes, veio ‘voando’ no bico de uma garça com uma coreografia vibrante. Ao fim da apresentação, na área de dispersão, Patrícia desmaiou e teve que ser carregada.

O pajé André Nascimento apresentou o ritual dos Xamãs Kanamari. Ele foi puxado por cabos de aço e passou a impressão que estava preso à boca do esqueleto de uma cobra com chifres. Ele ainda teve uma nova aparição em que representou o coração do jaguar. A fantasia que ele usou também se transformava em jaguar. O Garantido se despediu homenageando São Benetido.

Caprichoso exalta folclore e arrepia galera na 1ª noite

Diário do Amazonas
 
Enquanto a alegoria do ritual era preparada do lado de fora, David Assayag cantou toadas tradicionais, como ‘Vaqueiros da floresta’, para apresentar a vaqueirada, e ‘Rostinho de Anjo’ para trazer à arena a sinhazinha da fazenda. Bastaram essas duas toadas para o Azul e Banco transformar a arena e arquibancadas numa festa que remeteu aos velhos tempos do bumbá, quando Arlindo Júnior ainda era o levantador de toadas.

O Caprichoso empolgou na sua primeira apresentação no Festival Folclórico de Parintins. O momento mais contagiante aconteceu logo depois da apresentação da figura típica regional, o seringueiro da Amazônia. Logo após a saída da alegoria do mestre Jair Mendes, o boi de Roque Cid celebrou o folclore brasileiro apenas com os itens e arrepiou a galera, que correspondeu a altura. O boi ficou mais de uma hora na arena sem grandes alegorias e mesmo assim não deixou o publico desanimar.

Também chamou atenção o fato do sistema de som do Caprichoso estar muito melhor que o do rival. Por conta do detalhe, David Assayag sobressaiu-se em cima de Sebastião Júnior nesta primeira noite, 24 de junho. De acordo com os organizadores, a empresa que preparava o sistema do boi Vermelho e Branco mudou de lado, causando a diferença para quem estava ouvindo as toadas no Bumbódromo.


Antes disso, o Caprichoso ainda apresentou a lenda da boiúna, que levou ao palco central da arena uma Cobra Grande, lenda igual ao rival. Entretanto, de acordo com os organizadores, a estrutura impressionou muito mais por conta de possuir mais movimentos.

Vale ressaltar que o amo do boi, Edilson Santana, empolgou a galera com seus versos cantados, um tanto diferentes do tradicional e que causou estranheza, e praticamente não respondeu às provocações de Medeiros.

O item da figura típica regional também foi a deixa para entrada da porta-estandarte Karine Medeiros, aparecendo sobre uma garça. A marujada de guerra também abusou das coreografias em momentos estratégicos das toadas.

Outra aposta do bumbá estava nas arquibancadas. Diferenciando das coreografias da torcida do Garantido, a galera do Caprichoso abusou do uso de alegorias e mosaicos durante a apresentação. Pelas mãos dos torcedores passaram a alegoria da cobra grande, lanças semelhantes às utilizadas pela vaqueirada, além de um belo mosaico da bandeira do Brasil. Em contrapartida, parte da arquibancada azul estava vazia antes do fim da apresentação, o que pode comprometer o item de número 19.

A primeira noite de apresentações foi finalizado com o ritual indígena Ticuna Yuu-Tsêga – A festa da moça, de onde apareceu a cunhã-poranga Maria Azedo.

Neste sábado, 25, o sub-tema do Azul e Branco será ‘A magia que vem do povo’, tendo como alegoria principal a do ritual indígena omágua, o Wanandjaká. o rival na primeira noite.

Costa Rica: Trabalhadores denunciam que empresas de abacaxi violam direitos e contaminam meio ambiente

Correio do Brasil

As empresas de cultivo de abacaxi Bana Internacional Arero S. A. e Natura Farms LWO S.A., localizadas no município de Los Chiles, Costa Rica, e pertencentes ao mesmo dono, foram acusadas, pelos trabalhadores, de graves violações aos direitos trabalhistas e de utilizar o agrotóxico Carbofuran, proibido no país e nos principais destinos das frutas exportadas: Estados Unidos, Canadá e Europa.

A longa lista das violações aos direitos trabalhistas foi apresentada em uma coletiva de imprensa no dia 22. Segundo Guillermo Keith, da Associação Nacional de Empregados Públicos e Privados (Anep), as empresas se aproveitam dos altos índices de pobreza na região e do fato de os empregados serem, a maioria, nicaraguenses em situação irregular.

Keith afirmou que há sete anos as firmas não pagam gratificações ou seguridade social na Caixa Costa-riquense de Seguro Social (CCSS). Os empregados não recebem horas extras ou férias e cumprem extensas jornadas de trabalho, entre 14 e 16 horas diárias – enquanto o legal, no país, são 48 horas semanais. Além disso, são subcontratados por terceiros e ganham menos do que o salário mínimo determinado por lei.

Os problemas não param por aí. Quando os trabalhadores tentam se organizar contra as injustiças são punidos com demissões e ameaças, de acordo com o ex-funcionário e presidente do Comitê Sindical, Geraldo Barba Hurtado. Ele conta que os empregados decidiram realizar uma assembleia no dia 5 de junho para criar um sindicato que os representasse. Dias antes, alguns foram demitidos, como “aviso” para que não ocorresse a reunião.

Mesmo assim, a assembleia se realizou e quase todos os presentes foram demitidos. Apesar da repressão, nove trabalhadores decidiram levar a cabo a ideia do sindicato, o que gerou mais demissões, totalizando 25 até o momento. No último dia 19, foi constituído também o Comitê Sindical Cantonal de Los Chiles, com o objetivo de promover solidariedade entre os trabalhadores.

Contudo, o caminho da resistência se mostra difícil. Segundo Geraldo, um exemplo disso foi a própria coletiva de imprensa, na qual deveriam comparecer cinco companheiros, mas, devido às intimidações recorrentes, apenas ele participou.

O presidente denunciou que, além das demissões, os trabalhadores que persistem em se mobilizar são ameaçados de ir parar nas “listas negras” das empresas e de que os parentes empregados nas duas firmas sejam demitidos também.

Além disso, as empresas desenvolveram táticas para burlar a fiscalização. “Quando chegam inspeções do Ministério do Trabalho, botam (os imigrantes) irregulares em caminhões e os escondem, o mesmo fazem com os químicos”, disse Geraldo, ressaltando a ineficácia dos ministérios do Trabalho, da Saúde e do Meio Ambiente e da Energia. 

Agrotóxico

O pesticida Furadan – marca comercial de Carbofuran – contamina águas e afeta a saúde dos trabalhadores e da comunidade, de modo geral. É considerado de alta toxicidade para seres humanos, aves e peixes. O governo da Costa Rica, por meio do Sistema Fitosanitário do Estado (SFE) anuncia, desde 2010, que a produção agrícola está “livre de Carbofuran”, o que não é cumprido no município de Los Chiles.

Reportagem Sobre a Caminhada de Água Boa

A caminhada de 14 km que fizemos na região de Água Boa, com mais de 500 pessoas, foi ao ar nesta quarta de 15/06, no "jornal do meio-dia".
Assista no seu vídeo:

sábado, 25 de junho de 2011

Caçada a animal misterioso movimenta cidade no interior de Minas Gerais

Sábado, 25/06/2011
Moradores de Barra Longa montaram uma associação para tentar pegar a criatura, chamada de Caboclo d’Água. Tem até recompensa de R$ 10 mil para quem tirar uma foto do bicho. 

Culturas em movimento: índios comemoram 50 anos do Parque Indígena do Xingu

 Evento inédito reuniu mais de 500 pessoas, entre caciques xinguanos, lideranças indígenas como Raoni e Megaron Txucarramãe, autoridades locais e convidados, nos dias 10, 11 e 12 de junho, para festejar, dançar e refletir sobre os 50 anos de existência do Parque e sobre os desafios que o mundo contemporâneo coloca para os indígenas
Por Cristina Velasquez e Fernanda Bellei, ISA
  
Durante três dias, as cores, danças e músicas dos 16 povos do Parque Indígena do Xingu tomaram conta da aldeia Kamaiurá da lagoa Ipavu, no Alto Xingu, para o I Festival de Culturas Xinguanas, evento organizado pelas lideranças indígenas para celebrar e refletir sobre os 50 desta que é a maior Terra Indígena (TI) do estado de Mato Grosso e a primeira grande TI demarcada no Brasil. A beleza das danças e dos cantos, bem como as músicas nas flautas gigantes tocadas por velhos e ensinadas aos jovens do Alto Xingu, provaram que o tempo não apagou e terminou por fortalecer as tradições xinguanas.

Dança típica do Alto Xingu apresentada durante o I Festival de Culturas Xinguanas. Foto Fernanda Bellei

A presença de crianças e adolescentes nas danças, como a Taquara e Jawari, e seus olhares atentos às apresentações tradicionais, como a luta Huka Huka, evidenciavam o envolvimento dos jovens com as tradições. “Queremos que nossos filhos e netos levem em frente a nossa cultura, continuem participando das festas. No Xingu, cada povo se pinta de uma maneira, tem rezas e danças diferentes, mas na luta para a preservação de nosso território e da nossa tradição somos todos iguais”, afirmou o cacique Afukaka Kuikuro.

Crianças assistem às apresentações de lutas e danças do Alto Xingu, durante o I Festival de Culturas Xinguanas. Foto Fernanda Bellei.
Homens do Alto Xingu disputam o Huka Huka. Foto Fernanda Bellei
A arte xinguana esteve presente em cada detalhe do festival. Os vencedores das disputas de Huka Huka foram premiados com medalhas em madeira, colares de caramujo – considerados a jóia do alto Xingu – e troféus com o formato do Parque. Ao final de cada dia de festa, eram exibidos filmes feitos por cineastas indígenas tais como: A história do monstro Kátpy, dos cineastas Kisedje, e O Pescador. No domingo, todos se reuniram para o “grande moitará dos 50 anos”, o moitará é uma tradição de troca de objetos realizada por diversos povos indígenas. Na ocasião, os convidados puderam trocar diversos objetos, como roupas, materiais para pesca por artesanatos indígenas como artefatos diversos, colares e cerâmicas .
Piracumã Yawalapiti coordena o grande moitará dos 50 anos durante o I Festival de Culturas Xinguanas. Foto Fernanda Bellei
Passado e futuro do Xingu: reflexões
A preservação das culturas xinguanas e dos recursos naturais do território foram as principais questões abordadas nas rodas de conversas realizadas todas às tardes entre as lideranças indígenas. 50 anos após a criação do Parque Indígena do Xingu (PIX), muita coisa mudou para as 16 etnias xinguanas.
A região do entorno cresceu, a produção agropecuária se desenvolveu e já alcançou os limites do território. Xinguanos relatam o aumento de desmatamento e já sentem as mudanças na natureza e no clima do parque. Caciques expuseram suas preocupações e questionamentos sobre o futuro do Xingu. “A gente tem essa terra, onde estamos sobrevivendo, vivendo em paz. Só que temos uma grande preocupação com os desmatamentos, queimadas e destruição nas beiras dos rios. Não sei se o homem branco também está preocupado com isso, eu acho que não, pois essas coisas continuam acontecendo”, disse o cacique Aritana Yawalapiti.
As lideranças também ressaltaram a importância de manter as tradições e estimularam o protagonismo dos jovens para continuar a luta para proteger os limites do território. Alguns citaram a saída de jovens das aldeias para morar na cidade e declararam temer que essa tendência sinalize o abandono das tradições e da luta pela proteção do território no futuro.
Raoni Txucarramãe, liderança indígena Kayapó, participou de todas as discussões e apoiou as colocações dos xinguanos. “Nós temos que defender nossas terras. Quero pedir que os jovens continuem a luta de seus pais e fiquem aqui para continuar defendendo o Xingu e garantir o futuro de nossos netos”. Raoni citou ainda problemas como a construção da barragem de Belo Monte, afirmando que são ações em que o governo brasileiro deveria recuar, pois prejudicarão a todos os indígenas do Xingu. Ele defendeu a importância de se manter a união entre os povos para que projetos como esse de Belo Monte sejam barrados.
Raoni Txucarramãe discursa em roda de conversa sobre o futuro do Parque Indígena do Xingu Foto Fernanda Bellei
Megaron Txucarramãe, sobrinho de Raoni, liderança indígena que morou no PIX durante sua adolescência, também demonstrou seu envolvimento com os povos do Xingu. “As mesmas preocupações que vocês têm com os seus jovens aqui, nós também temos. Hoje estou relembrando tudo o que vivi no Xingu quando era jovem”. Megaron também citou a construção de estradas próximas ao Parque, que têm impacto direto nas comunidades indígenas, e apoiou a fala de Raoni a respeito da UHE de Belo Monte.
Kumaré Ikpeng, liderança indígena do povo Ikpeng e Ianuculá Kaiabi Suia, integrantes da comissão organizadora do evento, também chamaram atenção dos participantes para a oportunidade de discutir temas de interesse de toda a comunidade xinguana. “Temos que nos unir para provar que esta obra de Belo Monte terá impactos negativos para nosso Rio Xingu e nossa sobrevivência”, afirmou Kumaré. “Este é nosso território e o Rio Xingu faz parte dele. É inaceitável que nossos povos não sejam sido consultados no processo decisório de uma obra grande como esta”, completou Ianuculá.
Juventude e tradição xinguanas
A roda de conversas do segundo dia de evento foi formada por jovens lideranças. O professor Mutuá Kuikuro Mehinako destacou a importância de se passar a cultura dos mais velhos para os jovens. “Eu aprendi o português com o meu avô, pois queria saber como o homem branco chama as coisas… Mas eu também quis aprender nossas danças e músicas. Temos 15 rituais diferentes, que precisam ser passados para nossos filhos”.
Mutuá também destacou o papel da escola indígena na manutenção das tradições. “Antes a escola era instrumento da igreja e dos missionários. Hoje podemos usar a escola para entender a riqueza da nossa cultura. O futuro do Xingu está em nossas mãos”.
Para Pikuruk Kaiabi, presidente da ATIX e membro da comissão organizadora do evento, a preservação das línguas e dos costumes deve continuar sendo incentivada entre as novas gerações. “Eu quero ver todo mundo da minha aldeia e dos outros povos participando das festas. Nossa cultura e nossas línguas também precisam continuar presentes nas escolas indígenas”.
Rosana Gasparini, educadora do Instituto Socioambiental (ISA), um das organizações apoiadora do festival, inicialmente a escola indígena dividiu os espaços de aprendizagem dentro das sociedades xinguanas, no entanto, ela está em processo de construção. “Hoje, entende-se que a aprendizagem tradicional e o letramento devem caminhar juntos, visto que este também é importante para um diálogo equitativo com a sociedade não-indígena. Mesmo assim, há muito por fazer pela consolidação da educação diferenciada”.
O professor Mutuá Kuikuro Mehinako discursa na roda de conversa de jovens lideranças Foto Fernanda Bellei
A impressionante força das tradições xinguanas também é analisada por Cristina Velásquez, do ISA e membro da comissão organizadora do evento. “Os paramentos tão perfeitamente elaborados, as pinturas e seus significados dão mostras de que a cultura xinguana está mais viva do que nunca, e que é dinâmica, permitindo a convivência pacífica entre as inovações tecnológicas como o uso de internet e das redes sociais, com a vida na aldeia”. E completou: “Esse evento possibilitou o re- encontro entre lideranças e grupos de diferentes partes do Xingu, permitindo um momento de reflexão conjunto sobre o território. Os temas debatidos tanto na mesa das lideranças mais velhas quanto das mais jovens foram apreciados pelo público presente, demonstrando a importância das questões inter-geracionais com as quais os xinguanos tem que lidar neste momento”.
Alguns jovens xinguanos, como os Kisedje, mencionaram que nunca tinham visto apresentações dos povos alto-xinguanos ao vivo, apenas em vídeos, por isso, esta foi uma oportunidade de troca cultural.
O uso da tecnologia pelos jovens indígenas também foi abordado no debate na reunião preparatória para o II Encontro de Jovens, realizada no sábado, dia 11, que contou com a presença e o apoio de representante do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (Unicef) no Brasil e da ECOAR comunicação. Na ocasião, eles relembraram as deliberações do I Encontro de jovens ocorridas no posto Pavuru, em 2008, e debateram a pertinência de se realizar um segundo encontro. Além disso, decidiram criar um espaço virtual no site do festival – www.xingu50anos.org – criado e patrocinado pela ECOAR comunicação, uma dos apoiadores do evento, a fim de permitir o aprofundamento nos aspectos de organização do segundo encontro, bem como definir os temas relevantes como o futuro da educação no PIX e a relação dos jovens com questões do mundo contemporâneo, propiciando um espaço para troca de informações em geral sobre o Xingu, em um exemplo do uso das redes sociais e das novas mídias para o fortalecimento cultural. O próximo encontro de jovens será realizado em setembro, na aldeia do povo Kuikuro, deliberada pelos participantes deste encontro preparatório.
O site www.xingu50anos.org será mantido no ar mesmo após o término do festival, para o uso da ATIX e de demais associações indígenas do Xingu. Lá, o internauta pode encontrar informações sobre os povos do Xingu, curiosidades sobre este território bem como espaço para disponibilizar informações sobre a região e a realização do festival. A seção “Transparência financeira”, por exemplo, continuará disponível, com detalhes das despesas e investimentos feitos para o evento.
Saúde no Xingu
O atendimento médico no Parque Indígena do Xingu é considerado um dos melhores oferecidos em Terras Indígenas no país. Dr. Douglas Rodrigues, médico da Unifesp que trabalhou efetivamente no Parque por 30 anos, conta que diversas ações foram realizadas para melhorar as condições de saúde dos xinguanos. Hoje, várias doenças foram erradicadas e a população do território cresce acima da média nacional. “Enquanto a taxa de crescimento populacional brasileira está em 1,2% ao ano, no Xingu temos um crescimento de, em média, 3,5%. Este é um número surpreendente”.
Douglas explica que, no final dos anos 90, o governo decidiu por uma política diferenciada de atendimento médico para os povos indígenas. No Xingu, a Unifesp foi responsável pela implantação desse novo modelo que tem, por base, quatro princípios. “O primeiro princípio é a regionalização do atendimento: nós temos pelo menos um monitor de saúde, que geralmente é um jovem indígena, em cada aldeia. O segundo é a participação da comunidade: sempre abrimos espaço para o diálogo. O terceiro é o trabalho conjunto com a medicina tradicional: sempre fiz as discussões de casos com os pajés, assim como faria com outro médico. O quarto e último princípio é o rigor médico: é preciso conhecer profundamente o que acontece por aqui para se garantir uma boa atuação”.
Pôr do Sol na lagoa Ipavu. Foto Fernanda Bellei
Parque x Território
A palavra “Parque” não agrada os xinguanos. Em diversas ocasiões, lideranças indígenas reivindicaram a mudança do nome para “Território Indígena do Xingu” uma vez que o nome parque traz a idéia de manter intacto o território e as pessoas que ali vivem. “Aqui não é um parque, é nosso território! Estamos no território indígena do Xingu”, disse Wayukuma Naruvôto, liderança indígena que está lutando para a demarcação da TI Pequizal do Naruvôto, ao sul do PIX. “Território é mais amplo que terra. Terra são fragmentos, território abrange tudo o que temos aqui, os rios, florestas, espaço aéreo, a diversidade educacional, cultural e lingüística”, disse o professor Takap Pi-Yu Trumai Kayabi, representante do povo Trumai.
A reivindicação para a mudança do nome está presente na carta final escrita pelas lideranças indígenas, que foi lida no final do evento. Carta final do I Festival culturas Xinguanas_I.
Os irmãos Villas Bôas
A importância dos irmãos Villas Bôas para os xinguanos ficou evidente através das falas das lideranças. Eles foram mencionados diversas vezes pelos caciques mais velhos como as pessoas que tornaram possível a sobrevivência dos índios que hoje habitam o PIX. Orlando, Leonardo e Cláudio Villas Bôas ajudaram a consolidar o Parque Indígena do Xingu com o apoio do marechal Rondon, de Darci Ribeiro, do sanitarista Noel Nutels e de Jânio Quadros. “Estamos comemorando este ano esta grande conquista que foi deixada para nós pelos irmãos Villas Bôas. Eles possibilitaram nossa vida aqui”, afirmou o cacique Kuiussi Suyá.
Vozes do Xingu
“Na época dos irmãos Villas-Bôas, há 50 anos, nós éramos mudos para o homem branco, não sabíamos entender e falar com eles. Mesmo assim, conseguimos conquistar esse pedaço de terra que hoje se chama Parque Indígena do Xingu”. Piracumã Yawalapiti, liderança Yawalapiti
“A população do Xingu está crescendo e eu estou muito contente com isso. Mas estou preocupado porque ascidades estão crescendo e o homem branco está chegando perto do Xingu. É preciso manter nossa cultura e nossa tradição e cuidar dos limites do parque”. Raoni Txucarramãe, liderança Kayapó.
“Este foi um evento muito importante para nós. Podemos reunir todas as grandes lideranças do Xingu e cada um contou um pouco da história desses 50 anos. Vamos usar todo esse material para fazer um filme e distribuir em todas as aldeias do Xingu”. Kamikia Kisedje, cineasta indígena.
“Poder comemorar 50 anos do Xingu é motivo de grande festa para a gente. Temos sempre que dar valor para o território que temos hoje”. Kawire Ikpeng, participante do Movimento Jovem Ikpeng (MJI)
“Os 50 anos, na verdade, são comemorados pelo branco, devido a criação do parque, mas nós estamos aqui há muito mais tempo, há milhares de anos. Por isso, temos que comemorar todo o tempo até onde a memória de nossos antepassados consegue alcançar”. Ianuculá Kaiabi Suia, assistente de coordenação da Funai regional .
Realização
O I Festival de Culturas Xinguanas foi realizado pela Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), em parceria com as demais associações indígenas xinguanas, e contou com o apoio do Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu (Ipeax), da coordenação regional-Xingu da Funai e do Instituto Socioambiental (ISA).
O evento também teve o apoio da Ecoar Comunicação, da O2 Filmes, da Funai, da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid), da Unicef, Rainforest Noruega, Anacê Design, Rede de Cooperação Alternativa (RCA), Prefeitura de Canarana, Restaurante Chopinho e das empresas locais: Prisma, Constrular, Elétrica Padrão, Müller, Fica Fácil Construir (F.F.), Supermercado Três Passos, da Pousada Alto Xingu, Pousada Rancho Xingu, Tasi Táxi Aéreo Sinopense Ltda e Wellington Caça e Pesca. Também apoiaram: Tenente Coronel Mariano, da Superintendência de Assuntos Indígenas do Governo do Estado de Mato Grosso, e os atores José Mayer, Wagner Moura e Caio Blat.

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