Conheça a picape que virou homenagem à miss Brasil Martha Rocha
Do R7, com Webmotors (Antigo Motors/Fernanda Lopes)
Jocelino Leão/Antigo Motors
Curiosamente, a picape da Chevrolet ganhou o apelido de Marta Rocha, sem a letra "H" no primeiro nome
Veio justamente de lá a homenagem a uma das mais belas mulheres brasileiras, Martha Rocha, em formato de carro cheio de curvas e, neste caso, com algumas "polegadas a mais" no motor.
Originalmente, a Chevrolet 3100 é um carro de trabalho, cujo nome verdadeiro não tem lá muito glamour comercial. Por isso, o apelido veio a calhar (normalmente sem o “h” no primeiro nome, diferente da homenageada). Trata-se de um modelo de mecânica robusta, pouco confortável, resistente para transportar peso e enfrentar estradas de terra. Nada de esportividade ou conceitos urbanos como as propostas atuais.
Fabricado em meados de 1955 até o final de 1956, o veículo de design arredondado arrebatou os brasileiros. Alguns dizem que o apelido veio da cabine larga. Outros, que o importante são os para-lamas evidentes. Outros afirmam que a combinação saia e blusa em branco e azul – a cor dos olhos da modelo – é imbatível.
De qualquer maneira, a referência de beleza na época era a miss Brasil que, reza a lenda, perdeu o concurso pelas medidas generosas de quadril. A picape, ainda hoje, para o trânsito para ser admirada.
Motor Vortec V6 garante as "polegadas a mais" necessárias para o veículo nos dias de hoje (Jocelino Leão)
Para o dono deste exemplar, que usa o veículo há mais de dez anos, optar por uma mecânica moderna e rodar com a picape no dia-a-dia não é algo novo.
- Há anos os entusiastas restauram para colecionar ou usar. Esses que preferem rodar podem mantê-los originais, o que fica caro para uso constante, ou atualizar sua mecânica. Eu pertenço ao segundo grupo.
Para atender à necessidade, ele usou como base uma Chevrolet SS10 de 1994. Bem, na prática, ele vestiu a caminhonete mais nova com a carroceria Marta Rocha.
- São carros que se conversam. Para falar a verdade, foram poucas as adaptações.
Assim, optou pelo motor Vortec V6, capaz de atingir 190 km/h, e instalou câmbio automático e itens de conforto na cabine, entre outros. Quanto à estética, para reforçar a beleza natural do projeto, escolheu a pintura em branco lótus de efeito porcelanizado e colocou rodas japonesas com pneus Pirelli de tala larga.
Pouco tempo depois, a GM parou de importar picapes e passou a fabricá-las na unidade de São José dos Campos. E aí começa outra história.
Pintura branca como efeito de porcelana valoriza as formas generosas da picape (Jocelino Leão)
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário