Governo/MA comemora exportação de semente de soja para a Venezuela
 09/06 - 09:56
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O Governo do Estado comemora a concretização da primeira negociação internacional efetivada entre empresas maranhenses e o governo venezuelano, já como resultado da visita do presidente Hugo Chávez ao Maranhão, em março passado.
Este mês, as empresas Sementes Ribeirão e Sementes Cajueiro, sediadas no município de Balsas, exportaram 1,8 milhão de quilos de sementes de soja para a Venezuela. O volume total do negócio foi da ordem de três milhões de dólares.
As conversações entre o ministro da Agricultura e Terras venezuelano, Elías Jaua Milano, e os empresários José Antônio Gorgie e Idone Luiz Grolli, respectivamente, proprietários da Sementes Ribeirão e Sementes Cajueiro, começaram a ser alinhavadas durante a visita do presidente Hugo Chávez ao Estado.
Para o governador Jackson Lago, este foi um importante passo para a consolidação do processo de cooperação internacional que o governo maranhense busca estimular com outros países, não apenas no setor agrícola, mas em todas as áreas que promovam o desenvolvimento socioeconômico do Estado.
O secretário da Indústria e Comércio, Júlio Noronha, considerou a negociação como o início para consolidar outras cadeias produtivas dentro desse processo de exportação. Ele reforçou o potencial da cadeia de alimentos. “O Maranhão é um grande produtor de carne, frango e açúcar, segmentos que podem ser explorados para exportação da mesma forma como foi a semente de soja”, frisou o secretário.
Segundo o empresário Idone Luiz Grolli, as sementes da soja produzida no Maranhão corresponderam plenamente aos critérios impostos pelo Ministério da Agricultura da Venezuela. Uma das exigências estabelecidas era que as sementes deveriam ser de variedades não transgênicas e desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
As duas empresas fizeram uma espécie de consórcio para poder atender à demanda do governo venezuelano. O interesse do governo, especificamente pela semente de soja do Maranhão, se dá pelo fato de que o Estado possui características climáticas muito semelhantes às da Venezuela, segundo Idone Groli.
O empresário explicou que a Venezuela está buscando aumentar sua capacidade produtora de alimentos. Atualmente, o país produz apenas 50% de alimentos em seu território, um índice que não atende à quantidade recomendada pela FAU (Organismo das Nações Unidas para assuntos de agricultura e alimentação), que é de 75% de alimentos para consumo local.
“Estivemos na Venezuela, entregando o produto em um ato organizado pelo Ministério, e as nossas sementes já estão sendo plantadas nas lavouras daquele país”, concluiu Groli.
A Venezuela foi o país para o qual mais cresceram as exportações do agronegócio brasileiro, nos últimos cinco anos: 684%. Em levantamento realizado em janeiro deste ano, o país ocupa o 11º lugar entre os principais destinos das exportações nacionais.
Governo do Estado do Maranhão
Autor: Doriane Menezes
Postagem Kassu/AGUABOANEWS

 
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