quarta-feira, 30 de julho de 2008

Índios de São Félix do Araguaia mantém pessoas como reféns

Leilane Macedo - Rede Sat - TV Palmas - Regional de Gurupi

Três homens estão sendo mantidos reféns na Aldeia Fontoura, que fica no município de São Félix do Araguaia, em Mato Grosso.

De acordo com a Funai, os homens estão na aldeia desde o domingo passado, quando os índios karajás os encontraram pescando na Ilha do Bananal.

Os indígenas apreenderam o avião do grupo e não permitiram a saída dos pescadores.
Segundo a Funai, os homens passam bem e estão sendo bem tratados pelos índios, que seriam pacíficos.

O órgão está acompanhando a situação de perto e acredita que o problema seja resolvido até esta quarta-feira.

Por telefone o cacique da aldeia Fontoura, Salré Karajá, disse que no domingo seis pessoas estavam de avião pescando em uma área da Ilha do Bananal, sem autorização dos indígenas.

Os karajás então prenderam os homens na segunda a noite e segundo o cacique, eles liberaram três dos reféns porque eles estavam passando mal.

Os índios afirmam que estão tratando os homens bem, eles estão sendo alimentados e não estão passando necessidades.

O cacique disse que os índios deram um prazo de 44 horas para o dono do avião pagar R$ 50 mil reais para pegar a aeronave de volta. Caso ele não pague a taxa, os índios devem queimar o avião e libertar os homens, que segundo o cacique estavam armados.

De acordo com o cacique, na aldeia estão o piloto, Antônio Rodrigues de Sousa, que seria morador de Gurupi; Fabrício Braz e Luciano Lemes da Trindade, que seriam de Palmas.

Publicado por Kassu


Atualização 30/07 às 14;15


Índios Karajas exigem R$ 50 mil para liberar pescadores reféns


Raoni Ricci
Redação 24HorasNews


Os índios Karajás continuam mantendo três homens como reféns na Aldeia Fontoura, localizada próxima ao município de São Félix do Araguaia (1.159 km de Cuiabá). Por telefone, um membro da aldeia informou que os reféns só devem ser liberados após o pagamento de R$ 50 mil reais. “O prazo é de 15 dias. Senão pagar vamos tocar fogo no avião que eles estavam”, disse.

De acordo com o cacique Salré Karajá, índios da tribo encontraram, no último domingo (27), seis homens pescando na Ilha do Bananal, que faz parte do território da reserva indígena dos Karajás, sem autorização da tribo. Três foram liberados porque estavam passando mal, entre eles o proprietário do avião de prefixo PT-KGN 182. Até o momento nenhum dos reféns liberados entraram em contato para negociar com os índios.

Os três homens que permanecem como reféns na aldeia são: o piloto, Antônio Rodrigues de Sousa, que seria morador de Gurupi; Fabrício Braz e Luciano Lemes da Trindade, que seriam de Palmas. (Por Kassu)


Útima Atualização 31/07/08 às 08;40


Após 3 dias, índios libertam reféns

Grupo de pescadores viajava de avião pela região e resolveu pousar na reserva; piloto diz ter acreditado que no local funcionava um pesqueiro

DANA CAMPOS
Da Reportagem

Índios Carajás libertaram ontem as três últimas pessoas que estavam sendo mantidas reféns desde o último domingo na reserva indígena Rio Tabelai, distante 60 quilômetros da Aldeia Fontoura (TO) e a duas horas de São Félix do Araguaia (a 1.159 quilômetros de Cuiabá).

Os reféns faziam parte de um grupo de pescadores que viajou de avião pela região e que resolveu pousar na aldeia, por não saber que ali era uma área indígena.

A liberação do restante dos ocupantes ocorreu após a negociação feita pelo chefe Meio Ambiente das Terras Indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), Jorge Fernando Silvo Bogéia. De acordo com a chefe administrativo da Funai, Joacenia Bandeira Setubal, a negociação, assim como o tratamento dado pelos índios aos reféns, foi pacífica. De acordo com Joacenia, essa não foi a primeira vez que pessoas entraram na reserva. No entanto, disse ela, foi a primeira vez que os índios agiram dessa forma. Conforme Joacenia, cerca de 700 índios vivem na aldeia.

Segundo o delegado municipal de São Félix do Araguaia, Wilyney Santano Borges, o piloto do avião, Antonio Divino Vieira Junior, registrou um boletim de ocorrência na madrugada de segunda-feira (28). De acordo com o relato de Junior, um grupo de índios abordou os ocupantes assim que desembarcaram.

Conforme o depoimento, os índios pediram para que voltassem, no entanto, mantiveram três dos seis ocupantes retidos. Ainda segundo depoimento, os carajás chegaram a pedir R$ 50 mil para libertar os outros e a aeronave, que também foi mantida em posse deles. O piloto informou no BO que somente fez o pouso na região por acreditar que ali funcionava um pesqueiro.

De acordo com o delegado Borges, por ser uma área fora da sua circuncisão, tanto a delegacia de Lagoa da Confusão (TO), quanto a Polícia Federal (PF) receberam cópia do boletim de ocorrência, no intuito de serem informadas sobre o caso e tomarem as devidas providências.

Conforme Joacenia, um delegado da PF, responsável pela investigação em casos que envolvem questões indígenas, chegou ao município no dia 28. Segundo ela, os três últimos reféns foram ouvidos na tarde de ontem, na sede da Funai em São Félix do Araguaia.

Fonte Diário de Cuiabá/Publicado por Kassu

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