segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Produtores do estado de Mato Grosso conhecem realidade da agricultura americana




Um grupo formado por 14 produtores do Mato Grosso, representando a Aprosoja, por oito dias percorreram mais de dois mil km em três estados americanos, com objetivo de verificar a realidade das lavouras e entender a tecnologia utilizada pelos agricultores de lá.

A comitiva chegou aos Estados Unidos no dia 24 de agosto e conversaram com vários produtores, conheceram um centro de pesquisa, visitaram uma grande feira agropecuária e estiveram na Bolsa de Chicago. Acompanhou o grupo o vice-presidente Leste da Aprosoja, Marcos da Rosa, que contou o que viu. Eles passaram por cidades e lavouras localizadas nos estados de Missouri, Illinois e Iowa, que são grandes produtores de grãos.

Da Rosa informou que as lavouras de soja e milho foram plantadas com um pouco de atraso, devido ao excesso de chuva. Depois as culturas sofreram com a seca. “Eles devem colher um pouco menos do que no ano passado, mas ainda terão uma boa safra”, disse. Atualmente as lavouras estão no estágio de enchimento de grãos.

Marcos destaca um produtor que planta 380 hectares sem a ajuda de ninguém. “Como as terras são férteis, ele não utiliza fertilizante e esse ano, devido a enchentes, teve de replantar três vezes, mas o que impressiona é que a produção é bastante tecnificada, construída para o menor uso possível de mão de obra, tudo muito prático”, falou.

Outro exemplo do pequeno número de mão de obra empregado na agricultura dos Estados Unidos é uma esmagadora da Cargil, onde trabalham apenas sete pessoas na parte técnica. Os produtores passaram também pela fábrica da John Deere e constataram o mesmo.

Por onde passaram, os mato-grossenses perceberam diferenças entre os dois países. Percorrendo mais de dois mil km, os produtores puderam ver as boas condições de trafegabilidade das rodovias americanas, a maioria duplicada e sem pedágio, bem diferente do Brasil. Já, sobre o meio ambiente, Marcos comparou a região com o Paraná, se referindo à quantidade de florestas.

Outra diferença, além do seguro agrícola, é também a comercialização. Como a maioria da produção vai para o consumo interno americano, a safra é vendida para varejistas, ao invés de traidings. “A maioria dos produtores não tem envolvimento com bolsa de valores, eles vão para a cidade e vendem para o varejista que paga o melhor preço”, acrescentou.

Em uma unidade de pesquisa da empresa Monsanto, os brasileiros ficaram impressionados com um equipamento que lê toda genética de uma semente, adiantando em 10 anos informações utilizadas em pesquisas para o aumento da produtividade. A Monsanto possui também uma estufa que reproduz o clima de qualquer lugar.

Aproveitando o contato com empresas e produtores, a comitiva de MT fechou parcerias na área de pesquisa e o acordo para intercâmbios entre filhos dos produtores. (Da Redação).

O Pioneiro/ Publicado por Kassu.

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