Advogado do PR acusa tucano de improbidade

O advogado Paulo Taques, do candidato à sucessão em Cuiabá, Mauro Mendes (PR), disse nesta quarta (22) em entrevista coletiva que "há indícios claros de desvio de dinheiro público". A suposição é referente ao projeto Reluz, da Prefeitura de Cuiabá, que, segundo Taques, foi feita sem licitação. "Nós requisitamos os documentos referentes à licitação do projeto, mas o prefeito Wilson Santos (PSDB) nos entregou apenas a lista de endereços dos postes. Não houve licitação e há sérios indícios de mal uso de dinheiro público", aponta.

"O prefeito está fazendo uma brincadeira de mau gosto. Disse que entregaria toda a documentação, mas apenas nos deu endereços", dispara. Ainda segundo Taques em todas as capitais onde o projeto foi executado houve licitação. Ele citou como exemplo Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Boa Vista. Já em Cuiabá o processo não aconteceu. "O prefeito simplesmente entregou R$ 23,3 milhões para a Cemat gastar como bem entender", critica.

Taques ligou o projeto Reluz aos R$ 3 milhões do "caso sem vítima". Para ele existem fortes indícios que o empresário Air Bondespacho, irmão da secretária de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH), Celcita Pinheiro, seja caixa 2 de Santos . "Não posso afirmar que este dinheiro seja do projeto Reluz, mas há fortes indícios que seja. Por isso encaminhei um requerimento à Polícia Federal", afirma.

O advogado disse que protocolou requerimentos junto ao TCU, TSE, Ministério Público Estadual, Polícia Federal e Delegacia da Fazenda. O documento diz que Wilson feriu "os princípios constitucionais de moralidade, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, expressos na Carta Maior".

O possivel caixa 2 foi tema do debate realizado na Rede TV nesta terça (21), na oportunidade o tucano disse não haver nenhum envolvimento com os R$ 3 milhões apreendidos pela polícia.

Fonte: Rdnews