domingo, 19 de outubro de 2008

Dissidentes do PRTB, acusam reportagem de farsa e criticam coronel Leite

Rubens de Souza
Da Redação 24 horas News




Coletiva com no comitê do PR (foto- Rafael Chainça)


Partido de pouca expressão política, o PRTB cuiabano acabou virando reportagem nacional e de forma sensacionalista. Tudo porque parte dos integrantes da sigla, também conhecida como de aluguel, resolveram abandonar o apoio que haviam dado no primeiro turno ao prefeito Wilson Santos (PSDB) para apoiarem no segundo turno o empresário Mauro Mendes (PR). Foram citados em uma reportagem da revista Época de “vendidos” e “oportunistas”. Os dissidentes se revoltaram com a matéria. Prometem processar a revista e dizem que o material foi todo repassado pelo “Comitê da Maldade” do PSDB, que com medo de ser derrotado nas eleições do dia 26 estão se articulando para baixaria e o lamaçal para se perpetuarem no poder.

Em encontro com o deputado federal Homero Pereira (PR), os dissidentes acusaram Wilson Santos e sua assessoria de fazerem política rasteira e o presidente estadual do PRTB, coronel Edson Pereira de estar fazendo jogo sujo com os partidários que ajudaram a eleger seu filho, Ralf Leite.

“Se o PRTB não vai apoiar Wilson é porque este não cumpriu o acertado”. “Eu sinto que eles querem o poder a todo custo. Fazemos as coisas transparentes. Eles fazem no subterrâneo” disparou o candidato derrotado à Câmara Municipal Pedro Moura que acusou o coronel Leite de ter recebido dinheiro do vice de Wilson Santos, Chico Galindo (PTB).

Pedro Moura disse ainda que o vídeo apresentado na revista Época é uma farsa e que não demonstra que os dissidentes do PRTB estavam se vendendo. “O que fizemos foram coisas normais de eleição. Apenas pedimos ajuda para o pagamento de nossos cabos eleitorais, dos carros de som, coisas que são necessárias para uma campanha”, esclareceu. “Quem tem dúvida pode periciar que o vídeo é todo irregular. Vamos exigir a apresentação das imagens do edifício Word Center, do 10º andar, onde fica o escritório do vice do Wilson Santos, o Chico Galindo (PTB). O coronel Leite esteve lá, recebendo pela participação do PRTB na campanha. Nós também estivemos lá, recebendo a nossa participação. Por que não mostraram isso?”, indagou. Tem imagens do Chico Galindo entregando o dinheiro em envelopes do Banco do Brasil, sem exigir nota. Mostrem isso. Mostrem que ele entregou envelopes de dinheiro para os candidatos a vereador do PTB, que ele dirige”, desafiou.

Pedro Moura disse ainda que no último dia 6, um dia após a eleição, o coronel Leite chamou a cúpula do partido no Hospital Militar, quando avisou que o PRTB não apoiaria mais Wilson Santos e que estava iniciando negociações com o PR. “Por que agora não fala nada. A imagem tem ele pegando dinheiro com o Chico Galindo. Será que se vendeu?”

Durante a entrevista, os dissidentes do PRTB aproveitaram para divulgar um documento de repulsa contra a matéria veiculada na revista Época, contra o que chamam de “Comitê da Maldade” e do presidente do partido, o coronel Edson Leite.

Eis a integra do documento:

“Nós candidatos a vereador nas eleições de 2008, pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro – PRTB, para os devidos fins de direito, e em virtude dos recentes acontecimentos divulgados pela imprensa, inclusive com a exibição de imagens gravadas de maneira clandestina e montadas de maneira covarde, para criar uma mentira e tentar enganar a sociedade esclarecemos o seguinte:

1 – no primeiro turno destas eleições do PRTB, através de seus dirigentes, celebrou um acordo político com o PSDB para apoiar o candidato Wilson Santos, candidato a prefeito de Cuiabá. Por isso, recebeu a quantia de R$ 500 mil , que foi dividido entre os dirigentes do PRTB e os candidatos a vereador, para custear os gastos de campanha.

2 – no segundo turno das eleições, por solicitação do presidente do PRTB, coronel Edson Leite, o partido encaminhou negociações políticas com o Partido da República – PR, no sentido de apoiar o candidato Mauro Mendes. Foram realizadas várias reuniões com representantes do PR, sempre na presença de várias pessoas, onde foram tratados assuntos referentes à estrutura de campanha que seria oferecida pelo PR aos membros do PRTB que dariam o apoio político, como carros de som, contratação de pessoal, etc.

3 – depois de avaliados os detalhes da estrutura, foi estipulado o orçamento com previsão de gastos de até R$ 400 mil, que serão devidamente contabilizados e declarados na prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Assim e para que se restabeleça a verdade dos fatos, assinamos esta declaração”.

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