sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Recessão empurra índice para menor nível desde 2005


SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova onda de pessimismo cobria os mercados acionários internacionais nesta sexta-feira em meio a novos sinais de recessão, tendência copiada pela Bolsa de Valores de São Paulo, que naufragava para o menor nível em quase três anos.

Às 13h08, o Ibovespa assinalava baixa de 7,1 por cento, para 31.421 pontos, no patamar mais baixo desde novembro de 2005. O giro financeiro da sessão era de 1,5 bilhão de reais.

Mesmo depois de o principal índice da bolsa paulista ter encolhido mais de 14 por cento nas últimas três sessões, os investidores continuavam na ponta vendedora de papéis, à medida que se multiplicavam os sinais de recessão global.

O mais novo deles foi o anúncio de que a economia britânica encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre do ano, a primeira retração em 16 anos, segundo dados divulgados nesta manhã.

A reação do mercado era clara. O principal índice acionário europeu caía cerca de 6 por cento. Os principais índices de Wall Street recuavam mais de 3 por cento. E as commodities voltavam a despencar.

Com o barril do petróleo recuando para a casa dos 64 dólares, mesmo depois de o ministro do petróleo da Arábia Saudita afirmar que a Opep acertou a redução da produção em 1,5 milhão de barris por dia, Petrobras caía 9 por cento, a 20,65 reais.

Nem a Vale, que na quinta-feira à noite reportou lucro de 12,4 bilhões de reais no terceiro trimestre, acima das previsões de analistas, escapava a outro dia de pânico dos investidores. A ação preferencial da mineradora caía 3,9 por cento, para 22,39 reais.

Outro que não conseguiu acalmar os investidores foi Unibanco. O terceiro maior banco privado brasileiro antecipou a divulgação do resultado trimestral, reportando lucro líquido recorrente de 704 milhões entre julho e setembro, 5,6 por cento maior do que em igual período do ano passado.

Ainda assim, a unit da instituição despencava 16,1 por cento, a 9,64 reais, um dia depois de já ter caído 9,8 por cento.

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