segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mesmo com chuva, Madonna domina o Maracanã

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Nem pegajosa nem doce. Mesmo sob uma intensa chuva que lhe valeu uma leve escorregada em plena performance, Madonna levou um Maracanã lotado à catarse coletiva durante as quase exatas duas horas de seu primeiro show no Brasil da turnê "Sticky & Sweet", na noite de domingo.

Com 20 minutos de atraso, não perdoados pela ansiosa platéia no estádio carioca, a parafernália tecnológica de Madonna anunciava por volta das 20h30 que a loura estava chegando, para delírio de fãs enlouquecidos calculados pela produção em cerca de 70 mil pessoas.

Grávida de oito meses, a empresária mineira Patrícia Correa, de 36 anos, não pensou duas vezes em deixar o outro filho com o marido para assistir ao espetáculo da área vip, onde o ingresso custava 600 reais.

Enrolada em uma faixa enorme branca escrita "Madonna", Patrícia está repetindo um hábito que já virou quase rotina -- acompanhar a ídola que venera desde 1984. O amor é tanto que ela viajou para a Argentina só para ver as filmagens de "Evita".

"Em 1993 me hospedei também no mesmo hotel dela e faço isso em todos os shows que eu vou, já fui a alguns fora do Brasil", disse a empresária, cheia de orgulho, que está hospedada no Copacabana Palace, o mesmo hotel de Madonna. A fã garantiu que estará em todos os shows programados desta turnê no Brasil.

E não é para menos. Quando o show começa, uma sarada e sensual Madonna domina todo o estádio desde a sua chegada. Na primeira parte do show, que justifica o nome, a simulação de fabricação de doces no telão precede Madonna ao melhor estilo Willy Wonka cantando "Candy Shop", de seu novo CD, seguida de "Beat Goes On", também nova. Todos no estádio cantam junto.

Não faltou "Human Nature", com direito a projeção de Britney Spears no telão, nem imagens de Justin Timberlake nos telões gigantes no momento de "4 minutes", uma das 24 músicas do show que mais empolgaram. Mas a catarse veio mesmo em "Like a Prayer", quando as várias gerações juntas no estádio se uniram em coro com Madonna.

"Obrigado", foi a única palavra em português da noite. Mas simpatia a loura esbanjou em vários momentos, sem perder o porte altivo e seguro de diva, como na hora em que enxugou com uma toalha o chão em que seu bailarino dançaria em seguida.

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