Corpo de caminhoneiro desaparecido há 10 dias é encontrado em matagal

Elizeu de Almeida foi morto a tiros em Cuiabá. Suspeito pelos disparos está preso.


Um caminhoneiro desaparecido há dez dias em Cuiabá foi localizado morto em uma fazenda no bairro Osmar Cabral na tarde desta segunda-feira. O corpo de Elizeu Gomes de Almeida (54) foi encontrado em estado avançado de decomposição em um matagal de difícil acesso na fazenda Brás.

A identificação só foi possível porque os documentos pessoais estavam com a vítima. O corpo de Elizeu já está no Instituto Médico Legal de Cuiabá (IML). Segundo informações do órgão, Elizeu foi morto a tiros.

A vítima desapareceu no dia 03 deste mês. De acordo com a família dele, Elizeu foi contratado por um homem para fazer um transporte de carga. O destino seria o município de Jangada, distante a 60 quilômetros de Cuiabá. Quando saiu de casa, o caminhoneiro disse à família que voltaria no mesmo dia.

Já no domingo, os familiares perceberam que algo estava errado e resolveram entrar em contato com Elizeu. A delegada responsável pelo caso, Cleibe Aparecida de Paula disse que a mulher da vítima chegou a entrar em contato com Elizeu, mas ele conversou rapidamente com ela e desligou o celular sem passar nenhuma informação do local onde estava.

Na tarde desta segunda-feira (12) o caso foi esclarecido. Populares encontraram o corpo de Elizeu e logo acionaram a polícia. Um suspeito pelo crime está preso, e neste momento, passa por interrogatório na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotivos (Derfva) da capital. A suspeita da polícia é de que Elizeu teria sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).

Ainda segundo informações preliminares da polícia o caminhoneiro teria sido vítima de uma quadrilha especializada em roubos de carros, caminhões e carretas, que há muito tempo desafia a polícia. A extensa rede criminosa tem dificultado a prisão dos envolvidos na quadrilha. Ainda não há informações do caminhão de Elizeu, um Volvo 1989.



Em 2008, a polícia realizou 15 operações. Foram 60 pessoas presas suspeitas de roubo de veículos e cargas. "São pessoas que buscam pontos vulneráveis da fronteira, e horários para furar as barreiras da polícia. São pessoas que tem funções específicas nessas organizações. Nossos avanços são conseguidos apenas com o trabalho de inteligência", contou a delegada Cleibe à reportagem da TVCA.

Desarticulação das quadrilhas