quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

MUDAS IN VITRO Empaer inaugura laboratório de cultura de tecidos no mês de janeiro


ROSANA PERSONA
Assessoria/Empaer-MT



No final do mês de janeiro, a diretoria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) inaugura o laboratório de cultura de tecidos – multiplicação de plantas de banana, abacaxi, pequi, pupunha e outras espécies florestais nativa. O diretor de pesquisa, Antonimar Marinho dos Santos, fala que o laboratório tem capacidade para produzir 10 milhões de mudas isentas de doenças e desde 2008 é realizado testes para produção de frutíferas. O laboratório está situado no município de Várzea Grande.

Segundo Marinho, o objetivo desse laboratório é antecipar o processo de multiplicação das mudas e manter as características genéticas da planta matriz originárias de um meristema apical (células da parte terminal). Assim as mudas serão iguais à planta matriz. As mudas de banana produzidas dessa maneira serão resistentes a Sigatoka negra e ao Mal do Panamá.

O pesquisador da Empaer, Gustavo Alves Pereira, comenta que as mudas produzidas no laboratório serão livres de doenças, pragas e com a vantagem de produzir de 30% a 40% mais que as plantas convencionais. O laboratório também vai produzir outras espécies, tais como; mudas de plantas medicinais, flores, essenciais florestais, frutas do cerrado e outras. O produtor que adquirir mudas da empresa receberá o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) com a garantia da qualidade da planta.

As mudas estão sendo produzidas in vitro e será comercializado em dois tamanhos diferentes, mudas do tipo campo, medindo de 20 a 30 centímetros de altura e mudas do tipo estufa, com aproximadamente 10 centímetros de altura, que serão enviadas para municípios distantes e até outros Estados. O preço vai custar entre R$ 1,50 (muda para campo) e R$ 1,00 (muda estufa). Para conferir o comportamento das espécies foi montado campos experimentais nos municípios de Cáceres, Sinop e Rosário Oeste com as mudas produzidas em laboratório.

Com investimento de R$ 270 mil para construção e reforma do laboratório foi utilizado recursos próprios e convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e compra de equipamentos na ordem de R$ 110 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). Antonimar explica que na área de pesquisa o laboratório é uma ferramenta para desenvolver novas cultivares/variedades em menor espaço de tempo.

“No processo tradicional do melhoramento genético, uma cultivar de banana leva de oito a dez anos para ser criada, enquanto no laboratório de cultura de tecidos pode chegar de quatro a cinco anos. Com isso, podemos obter um material em menos tempo com menor recurso financeiro”, relata Antonimar.

1 Comentário:

Guilherme Korte disse...

Parabéns Empaer - depois de tantos anos conseguimos avançar. Uma pena que os administradores dos municípios do Vale do Araguaia ainda não se manifestaram para a importância de um laboratório ou de um campo experimental.

Um abraço, Guilherme Korte

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