Perfil das fazendas dos Estados Unidos inspira investidores no Paraná
Publicado por Kassu
AGUA BOA NEWS
27/01 às 08h16m
Qualquer semelhança entre o sistema de secagem e armazenagem adotado pelos produtores de grãos diferenciados do Paraná e as fazendas dos Estados Unidos não é mera coincidência. O produtor Marcos Bertolini conta que o exemplo é de lá. Sua família faz questão de acompanhar as tendências do setor com visitas às regiões agrícolas norte-americana há 30 anos, relata.
A instalação de silos dentro das fazendas é comum nos Estados Unidos. “Eles descobriram bem mais cedo que esse sistema dá certo. As cooperativas de lá se concentram na comercialização”, compara. A estrutura própria confere maior poder de barganha ao agricultor, observa.
Aos poucos, o Brasil tem reduzido a desvantagem tecnológica, principalmente nos campos de soja, aponta. A produtividade alcançada pelos dois países nesta cultura se equipara atualmente. Em relação a culturas como o milho e à infraestrutura, no entanto, é preciso avançar muito, defende.
“Aqui em nossa região começamos a fazer análise de solo em 1968. Um ano depois, os norte-americanos já estavam analisando o solo da Lua”, cita. Até a década passada, boa parte do maquinário utilizado na América do Norte não estava acessível ao produtor brasileiro, acrescenta.
Sem estrutura de armazenagem própria e com falta de espaço mesmo nas cooperativas e armazéns públicos, a colheita brasileira passa mais tempo que o necessário em caminhões. Os veículos acabam servindo de armazéns reguladores. O custo de um silo, avaliado em R$ 160 mil, corresponde à metade do valor de um caminhão, apontam os produtores.
A capacidade de armazenagem no Brasil é de 125,7 milhões de toneladas. O Paraná responde por 20% desse total. A previsão nacional de 2008/09 é colher 137 milhões de toneladas e a estadual 28,5 milhões de toneladas. (JR)
Gazeta do Povo

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