BERTIN - Sem crise e com investimentos em MT
Bertin confirmou ao Diário a continuidade das obras em Diamantino. Capacidade será para abate de 4 mil cabeças/dia
MARIANNA PERES
Da Editoria / Diário de Cuiabá
Edição de Kassu - 13/03/2009 às 17h34
AGUA BOA NEWS
A semana ficou agitada na cadeia pecuária de Mato Grosso com a informação de que o grupo Bertin S.A., que possui uma unidade industrial de carnes em Água Boa (730 quilômetros ao leste de Cuiabá), estaria suspendendo a produção no Estado, dando sequência à onda de problemas financeiros que atingiu frigoríficos e que deixa como rastro 14 plantas industriais temporariamente desativadas. A unidade do Grupo conta com mais de 300 colaboradores e tem capacidade diária de abate de 500 bovinos. A Companhia aproveitou o momento para confirmar a manutenção de investimentos no Estado.
Por meio da assessoria de imprensa, a diretoria negou as informações e aproveitou para esclarecer que apesar dos problemas na cadeia e na macroeconomia, a companhia está em expansão, principalmente no mercado externo, onde adotou a estratégia de ampliar mercados.
Além de confirmar as atividades em Água Boa, a companhia assegurou a manutenção de novos investimentos no Estado. “Estamos construindo uma nova unidade industrial no município de Diamantino (208 quilômetros a médio norte de Cuiabá)”, garantiu trecho do comunicado enviado ao Diário. O volume aplicado no empreendimento não foi revelado.
A nova unidade será equipada com a mais moderna tecnologia existente para atender os mercados interno e externo. A obra será concluída ainda no primeiro semestre de 2009 e quando operar em sua capacidade total irá gerar aproximadamente quatro mil empregos diretos. A estrutura da planta foi projetada para abater até quatro mil cabeças de bovinos por dia.
“A Bertin S.A, ciente dos impactos da persistente crise financeira global, que traz efeitos para a economia real, tem reforçado suas iniciativas de forma a buscar permanentemente eficiência na gestão e redução de custos”. Ainda para desfazer os boatos, a empresa revela que as plantas mantêm alta produtividade, “estando atualmente acima de 85% de ocupação”.
A produtividade se deve também à estratégia que foca as vendas externas desde o início de 2008: ampliar o número de países atendidos, dadas as restrições sanitárias impostas ao Brasil pelo Mercado Comum Europeu. A empresa atende atualmente 80 países contra 38 em 2007, evolução positiva de mais de 100%.
De acordo com a assessoria, outro diferencial para este momento conturbado de falta de crédito e recessão no consumo externo é atuar nos principais mercados importadores de carne bovina por meio de distribuição própria ou com parceiros, diminuindo a intermediação nas relações comerciais, melhorando a rentabilidade e minimizando riscos de créditos pela maior proximidade e pulverização de clientes.
Desde 2008, a companhia estruturou a sua operação de vendas e distribuição para um rápido crescimento no mercado interno ocupando o espaço deixado pela redução do abate de outros frigoríficos, alcançando um equilíbrio entre vendas internas e externas no segmento de carnes.
“Dentro desta estratégia de crescimento acelerado, a captura de sinergias com a Vigor está sendo muito importante para alavancar a venda de produtos no mercado interno, fortalecendo ainda mais sua presença no segmento de produtos de valor agregado e de marcas”. A Vigor, como outra unidade de negócios da Bertin S.A. no setor alimentício, “vem obtendo excelentes resultados operacionais, destacando-se no setor de lácteos”.
A perspectiva da Bertin S.A. para o ano de 2009 é positiva. Boa parte dos ajustes econômicos do setor já ocorreu entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009. A expectativa é de que haja uma recuperação de margens e de volumes ao longo dos próximos meses.
QUEM É - A Bertin S.A é uma das maiores produtoras e exportadoras de produtos de origem animal da América Latina, como carne bovina in natura e processada, couros, lácteos, produtos pet e itens de higiene e limpeza. A empresa possui 35 unidades industriais no Brasil e plantas do Uruguai, Paraguai e China, além de escritórios comerciais em regiões estratégicas do mundo. São 32 anos de atuação. (Com assessoria)

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