Consema proíbe carretas pesadas na MT 251
Editado por Kassu - 05/03/2009 às 2147
AGUA BOA NEWS
Ana Paula Bortoloni
O tráfego de carretas está proibido na MT-251 que liga Chapada dos Guimarães ao município de Campo Verde. A determinação é da resolução 28/09, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), publicada no Diário Oficial do Estado no dia 27 de fevereiro.
A decisão visa disciplinar o tráfego de veículos pesados na estrada parque, objeto de muita polêmica entre ambientalistas, pesquisadores e agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apontam ameaças de desmoronamentos no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e alertam o governo estadual. A resolução estabelece de forma taxativa a proibição de passagem de veículos com mais de 26 toneladas, acima de 3 eixos e comprimento maior que 14 metros pela estrada estadual.
Um dos pontos mais críticos é a ponte do Portão do Inferno, onde já ocorreram deslizamentos ocasionados pelo excesso de peso das carretas e bi-trens que adotaram o caminho ao invés de passar pela Serra de São Vicente, na BR-364, onde o tráfego é intenso e perigoso. A MT-251 se tornou uma rota de escoamento de grãos e calcário. Em abril do ano passado, um deslizamento na cachoeira Véu de Noiva provocou a morte de uma jovem e um dos motivos para o desabamento, cogitados na época pelos especialistas, foi o aumento do tráfego na área.
A resolução determina que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), além da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) e Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), além do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) sejam notificadas sobre a decisão.
No final do ano passado, o secretário estadual de Infraestrutura, Vilceu Marcheti, disse que a restrição da passagem não era necessária, a partir de avaliação de contagem de veículos realizada por uma empresa prestadora de serviço. Na ocasião, os números apontaram aumento do fluxo de caminhões em relação ao mesmo período de 2007, fato que segundo Marcheti foi provocado pelo transporte de calcário para as fazendas da região. Os veículos seriam, segundo ele, de produtores instalados nas proximidades que precisam do produto para o cultivo e não do acréscimo de tráfego devido a pavimentação da rodovia até a cidade de Campo Verde.
Para o secretário, a quantidade e o tipo de veículos que trafegam pelo local não trazem riscos para os demais motoristas. Ontem, a reportagem tentou entrar em contato com Marcheti por telefone, assim como com sua assessoria de imprensa, mas não teve sucesso até o fechamento desta edição.(SOSMT)

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