Salvação nacional

Por Francisco Marcos, cientista político

Editado por Kassu - 05/03/2009 às 11h18
AGUA BOA NEWS

Abaixo a descrição do legado deixado pelos anos militares: 1964-1985.

Hidroelétricas de Urubupungá, Ilha Solteira, Itaipu, Sobradinho, e Tucuruí; a grande rede de transmissão de energia; Nuclebrás, tão combatida e hoje elogiada; Eletrobrás; Telebrás; desenvolvimento da Petrobrás com a tecnologia de águas profundas e construção de gasodutos e refinarias em vários pontos do País como – ARTHUR BERNARDES – PASQUALINI – PAULÍNEA – GABRIEL PASSOS, etc; asfaltamento das estradas brasileiras; Ponte Rio- Niterói; Portos de Tubarão, Sepetiba, e Itaquí e aparelhamento de outros portos; Banco Central; Reforma Administrativa com o decreto-lei 200; desenvolvimento da Agroindústria; Carajás; Eclusas; navegabilidade do Rio Paraná; Funrural; Pro-alcool; desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval; BNH; EMBRAER; Estatuto da Terra; e a transformação do País em 8ª economia do mundo, quando antes ocupava o 44º lugar no universo internacional. O BRASIL, hoje, é um país respeitado no mundo todo, é a principal conclusão.

Os leitores sabem que por uma ironia do destino José Sarney assumiu em 1985 o cargo de presidente da república. Em seu governo foi adotado o Plano Cruzado, que resultou em 1986 em uma ampla vitória do PMDB, “en passant” Sarney é o presidente de honra do PMDB. Foi eleito através do colégio tão combatido pelos supostos defensores da democracia, desde que seja na terra dos outros. O legado de Sarney foi uma inflação de 80% ao mês no final de seu mandato. Collor, Itamar, FHC por duas vezes e LILS sucederam o imortal de Marimbondos de Fogo.

Há de se ressaltar que de 1930 a 1980 o Brasil cresceu em média 8,0% ao ano, o que faz do milagre japonês mera oração fervorosa.

Todos sabem o que foi realizado neste vinte e quatro anos de democracia, cotejem com o que foi feito nos anos de chumbo, ditadura ou ditabranda conforme o Folhão.

Agora enfrentamos uma época difícil, emprego despencando, diminuição da confiança no futuro, escândalos para todos os gostos, denúncias à esquerda e direita.

Em 2010 teremos eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. A campanha presidencial já foi deflagrada, em meu entendimento teremos uma candidatura de salvação nacional: Serra e Dilma

Ambos se completam, frutos da militância pré e pós anos militares. A postura de esfinge de Serra aliada ao tratorismo de Dilma, que nos remete ao falecido Sergio Motta.

O atual governo nada fez para apurar as denuncias contra o mandato de FHC, tão alardeadas pelos petistas quando do seu mandato. Nestes últimos sete anos o governo de libertação nacional vive a enfrentar denúncias e mais denúncias, que deram em nada.

Aliando forças tucanos e petistas, tem uma garantia de conservadorismo das boquinhas aos petistas e retorno dos tucanos ao poder. Consolida-se a união da fome, que não é a zero, e a vontade de comer. Quanto às mazelas do passado, tudo ficará no passado, pois o passado é objeto de museu.

Para fechar o grande acordo nacional teremos para governador de São Paulo, o inefável Palocci, com o aval da banqueirada, dos empresários e da FIESP.

“O rio atinge os objetivos porque aprendeu a contornar os obstáculos.”