domingo, 5 de abril de 2009

Empresário que descobriu Gisele Bündchen ensina a reconhecer uma top

Altura, magreza e rosto proporcional são requisitos básicos.
Para ser top model, no entanto, modelo precisa ter diferencial.

Publicado por Kassu - 05/04/2009 às 13h25
AGUA BOA NEWS



A adolescente Erica Pequim é fotografada em dois momentos: à direita, quando trabalhava em uma padaria; e à esquerda, já como modelo, após ser descoberta por um "olheiro" e se candidatar a top model (Fotos: Divulgação)

O empresário John Casablancas é dono de uma agência de modelos em São Paulo e conta que, só de olhar, é possível perceber se uma menina tem potencial para virar uma top model ou não. Experiência ele tem: foi Casablancas quem descobriu Gisele Bündchen, quando a modelo ainda era adolescente.

Casablancas está em busca de uma nova top model brasileira. Por isso, vem constantemente a São Paulo para acompanhar o concurso Beleza Mundial, de onde deve sair uma nova modelo de sucesso. Altura, magreza e rosto com feições proporcionais, conta o empresário, são requisitos básicos para uma menina ser aceita como modelo pelo exigente mercado da moda.

Mas essa é apenas uma parte das exigências. Segundo Casablancas, a menina ainda precisa ter “algo especial”, seja a espontaneidade, a autoestima ou a desenvoltura na passarela ou diante das câmeras. Nesse mundo da moda, a beleza é vista com outros olhos e nem sempre está em primeiro lugar. Uma menina que não é considerada a gata do pedaço pelos garotos pode se dar muito bem como modelo, desde que tenha “tudo no lugar” e o tal diferencial.

“A parte física é a mais fácil de perceber. Mas há outra característica, que é especial em cada mulher e que não dá para tocar, só perceber”, afirma. Essa tal percepção depende de um olho treinado e de algumas regrinhas básicas, que Casablancas contou para o G1.

“A menina não deve ter menos que 1,75 m, mas também não pode ser muito alta e ter mais que 1,85 m, porque nenhuma roupa vai caber nela”, conta. A idade também é outro pré-requisito muito importante, e o ideal é começar a carreira na faixa dos 16 anos.

O empresário John Casablancas lançou concurso para encontrar a próxima top model brasileira (Foto: Ângelo Pastorello/Divulgação)


Manicures 'olheiras'

Essas foram algumas das dicas que Casablancas deu às manicures Maria Neide Gomes e Luzenilde Almeida, do Salão Jacques Janine do Itaim, na Zona Sul de São Paulo, em uma de suas visitas à capital paulista. As duas fazem parte do exército de caçadoras de novos talentos recrutadas pelo concurso Beleza Mundial.

“As manicures leem revistas de moda e beleza e entendem do assunto. Elas ainda têm liberdade de entrar na casa da cliente e conhecer a família toda, inclusive aquela filha adolescente que é muito bonita. As manicures só precisam saber quando uma menina tem potencial para ser modelo ou não”, diz.

Uma vez que a manicure descobre uma top model em potencial, as duas se inscrevem no concurso: uma como candidata e a outra como madrinha.


Descoberta em padaria

A modelo Erica Pequim, de 16 anos, está empolgada com a sua nova profissão. A adolescente trabalhava como atendente em uma padaria de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, até que foi descoberta, em janeiro deste ano, pelo “olheiro” Jocler Turmina, da agência Joy Model Management. Turmina se apresentou, pediu para tirar uma foto da jovem e, uma semana depois, Erica desembarcava em São Paulo como uma promessa no mercado.


Erica Pequim se inscreveu no concurso em busca do sonho de ser top (Foto: Divulgação)

De início, Turmina conta que a altura e a beleza da jovem foram o que primeiro chamaram a atenção. Erica, de fato, preenche todos os requisitos físicos: tem 1,75m e 47 kg e escondia a beleza por trás do uniforme. Até aí, ressalta Turmina, a adolescente é bem parecida com várias outras meninas da sua idade.

“Quando bati o olho, ela chamou a minha atenção. Durante todo o tempo em que ela me serviu, eu a observei. Percebi que ela tinha desenvoltura e um certo brilho no olhar”, relembra.

Erica já começa a acumular trabalhos como modelo em São Paulo e está inscrita no concurso. "Eu sempre quis ser modelo, mas achava que essa chance estava muito longe de mim”, conta.

Uma das características necessárias para ser uma top model, aponta Casablancas, é a capacidade de se reinventar como mulher e como profissional. Foi o que Erica fez. Uma vez contratada como modelo, em nada ela lembra a adolescente que trabalhava de touca em uma padaria. "Sou outra pessoa, por dentro e por fora"

Claudia Silveira Do G1, em São Paulo

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