segunda-feira, 13 de abril de 2009

Enterro do professor morto nos EUA comove centenas de pessoas em Carpina

Almir Olímpio Alves foi sepultado na tarde do último domingo; ele foi uma das 13 vítimas de um atentado no estado de Nova York, no início do mês

Publicado por Kassu - 13/04/2009 às 08h30
AGUA BOA NEWS
Da Redação do pe360graus.com




O enterro do professor Almir Olímpio Alves comoveu os moradores da cidade de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, no último domingo (12). O corpo dele chegou ao Recife no sábado (11) à noite. Ele foi vítima de um atentado no começo do mês, nos Estados Unidos.

No salão no prédio da Reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE), muitos professores e alunos da universidade. Eles se uniram à dor da mulher do professor Almir Olímpio Alves, Márcia, e do filho do casal, Alan, de 16 anos.

O reitor da UPE, Carlos Calado, destacou o exemplo de luta de Almir Olímpio. “O professor Almir era uma pessoa entusiasmada com o que fazia, que chegou ao topo da carreira por mérito próprio”, disse. “Ele assumiu comigo o compromisso de voltar dos EUA para fortalecer educação pública de qualidade”.

Almir Olímpio Alves tinha 43 anos e desde setembro fazia pós-doutorado em matemática nos Estados Unidos. No dia 3 deste mês, ele estava neste centro de assistência a estrangeiros, na cidade de Birghanton, no sul do estado de Nova York.

Almir Olímpio foi uma das 13 pessoas assassinadas pelo vietnamita Jiverly Wong, que entrou atirando e depois se matou. Ele foi o único na sala que tentou impedir o crime, mas morreu atingido por um tiro na cabeça.

Depois do velório na UPE, o corpo do professor Almir Olímpio Alves foi levado para Carpina. Lá, ele também foi velado em uma igreja evangélica. Dentro da igreja, muita emoção e dor. Todos lamentavam a forma trágica como Almir Olímpio morreu.

Várias pessoas deram testemunhos sobre o professor, entre elas um americano de Birghanton, que se tornou amigo do professor e frequentava a mesma igreja dele na cidade. A professora Auxiliadora Campor, que trabalhava com ele em Nazaré da Mata, falou sobre o amigo e colega. “Ele sempre dizia que, quando voltasse, seria diferente, seria um recomeço”, lembrou.

Entre os alunos, o professor Almir também deixa muitas lembranças. “Ele dizia para a gente nunca deixar de lutar pelas coisas que a gente queria, para seguir em frente”, disse a estudante Susane Souza.

Depois das homenagens que recebeu na cerimônia na igreja, o corpo de Almir Olímpio seguiu pelas ruas de Carpina rumo ao cemitério da cidade. No fim da tarde, ele foi enterrado sob os aplausos de centenas de pessoas.

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