sábado, 4 de abril de 2009

Foi presa numa boate carioca uma jovem que ficou conhecida em São Paulo aplicando golpes entre os bem-nascidos da cidade.

Publicado por Kassu - 04/04/2009 às 08h20
AGUA BOA NEWS






Também no Rio, segundo a Polícia, não faltaram homens ricos que acreditavam nas histórias falsas contadas pela moça.


Por trás da aparência frágil e do rosto ingênuo, uma golpista. Kelly Samara dos Santos é uma jovem de 20 anos, mas apesar da pouca idade, frequenta delegacias há muito tempo. As vítimas, já se apresentou como estudante, empresária e até filha do Presidente do Paraguai.

A garota acabou presa em uma boate do Leblon, zona sul do Rio, suspeita de dar vários calotes. "O pai dela tinha dinheiro e estava no Rio só passando uma temporada de férias", afirma uma vítima. Ali teria cometido um de seus últimos crimes. Um advogado, com quem tinha saído, deu queixa de um roubo de talão de cheques. "Há suspeita de que outras pessoas auxiliem ela nessa empreitada criminosa dela, indicando locais, pessoas, dando suporte para ela cometer esse tipo de crime", afirma o Delegado, Rafael Menezes.

Kelly nega as acusações. "Tem muita gente na delegacia que não dá ouvido porque a gente teve um passado lá atrás. Tudo bem, eu errei o passado. Fui absolvida. Eu só vou falar perante juízo", disse. Segundo a Polícia, ela começou a aplicar golpes quando tinha apenas 13 anos, em uma cidade no interior do Mato Grosso do Sul, onde nasceu. Depois, foi para São Paulo, onde foi presa por estelionato, falsidade ideológica e vários furtos.

A jovem usava o site de relacionamentos para atrair suas vítimas. Ela participava de comunidades de roupas de grife e carros de luxo. Fazia contatos e marcava encontros. Teria seduzido homens ricos de áreas nobres da cidade e furtado cheques, cartões de crédito, obras de arte. Como uma gravura do pintor Juan Miró, avaliada em quase R$ 40 mil reais.

Após um golpe frustrado, em 2007, ficou presa durante oito meses. Acabou absolvida de parte das acusações. Agora no Rio, Kelly vai ficar atrás das grades pelo menos cinco dias, cumprindo a prisão temporária.

Mais duas vítimas de golpes de Kelly deram queixa na noite desta sexta-feira a Polícia e o Delegado responsável pelo caso deve pedir a prisão preventiva da acusada. O Ministério Público de São Paulo informou que ela responde a processos por estelionato na Justiça paulista.


Prisão em São Paulo


Da outra vez em que foi presa, em São Paulo, Kelly disse que cometia os crimes havia dois anos e que pretendia chamar a atenção dos pais, que moram em Mato Grosso do Sul.

"Sou obrigada a fazer isso. Vou entregar todo mundo. São pessoas conhecidas", disse, à época. "Sempre tive tudo em Mato Grosso, mas queria chamar a atenção da minha família", afirmou.

Segundo a polícia, ela usava pelo menos mais quatro nomes: Kelly Lambertini, Kelly Tranchesi, Alessandra Tranchesi e Daniela Delgado Garcete. Segundo a delegada, ela também dizia que é irmã de um conhecido traficante de cigarros.


Kelly já havia sido presa em setembro de 2007 por estelionato e falsidade ideológica. Segundo a polícia, ela teria cometido pelo menos três furtos e oito golpes no comércio.


Boa Noite Cinderela

A jovem esteve sob suspeita ainda de realizar furtos durante programas nas residências de suas vítimas, colocando soníferos na bebidas, golpe conhecido como "Boa Noite Cinderela".

“Ela dava nomes diferentes em cada hotel em que se hospedava. Para cada pessoa que conhecia ela dava um nome. Ela tinha muitos cheques. Como é uma pessoa que sempre falava muito alto, fazia muito escândalo, as pessoas ficavam com o cheque e deixavam ela ir embora”, contou, na época, a delegada Aline Martins Gonçalves, da polícia paulista.

No intervalo entre o dia da liberação e a nova prisão de Kelly, dois boletins de ocorrência foram abertos contra ela. Um deles, de uma idosa de 83 anos, e outro de homem que a conheceu em uma casa noturna. Dele, a suspeita teria levado R$ 5,5 mil em dinheiro e um cartão de crédito. A idosa ficou sem o talão de cheques, segundo a delegada.

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