MST tem outra versão para confronto em fazenda
Publicado por Kassu - 20/04/2009 às 10h29
AGUA BOA NEWS
Como é praxe numa guerra, as informações repassadas pelo MST e pela Agropecuária também são desencontradas. A versão dos sem-terra é de que um grupo de acampados foi vítima de uma emboscada quando entrou na mata para buscar palha, que seria usada na cobertura de barracas que ficam na entrada da fazenda Espírito Santo. Dois acampados teriam sido levados para a sede da fazenda, onde estariam sendo torturados pelos seguranças, o que motivou a tentativa de invasão.
“São milícias armadas, disfarçadas de seguranças. Para nós, foi uma armação”, informou um dos líderes do MST no Pará, Ulisses Manaças, que afirmou já ter acionado a Ordem dos Advogados do Brasil e entidades de defesa dos Direitos Humanos para acompanhar o conflito.
A assessoria de imprensa da Santa Bárbara, contudo, informou que confronto ocorreu quando o MST tentou invadir a sede da fazenda, que estaria sob a vigilância da empresa Marca. Durante o confronto, quatro jornalistas da imprensa de Marabá que estavam no local foram usados como escudo na troca de tiros. A polícia de Xinguara, contudo, nega que os repórteres tenham sido feitos reféns.
A fazenda onde aconteceu o confronto faz parte do complexo Espírito Santo. É apenas uma das dezenas de propriedades que o banqueiro Daniel Dantas possui no Estado. A fazenda de Dantas foi ocupada em fevereiro deste ano. De acordo com o MST, 200 famílias estão no local. A sede é guardada por seguranças armados. O clima é de tensão há quase dois meses e, no sábado, a guerra foi declarada. (Diário do Pará)

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