Pequenos paraísos da natureza se revelam ao longo da BR-163
Entorno da rodovia é repleto de cavernas, rios e cachoeiras.
Potencial turístico da região ainda é pouco explorado.
Publicado por Kassu - 14/04/2009 ÀS 14H38
AGUA BOA NEWS
Erismar é conhecida como a mulher das cavernas. Na região de Rurópolis, no Pará, ela já catalogou 28 grutas, e tem mais 48 para desbravar. Seu sonho é criar no município – cortado pela BR-163 e pela Transamazônica – uma área de proteção com estrutura para o turismo.
Na década de 1970, o que chamava a atenção em Rurópolis era um luxuoso hotel. Ele havia sido construído para receber o general Médici, então presidente do Brasil. Era uma referência no meio da floresta amazônica, que começava a ser ocupada, mas o empreendimento foi reprovado por outro presidente militar.
Quando visitou Rurópolis 1978, o presidente Ernesto Geisel não quis sequer entrar no hotel. Pra ele, era uma construção muito luxuosa, um desperdício de dinheiro público em uma região tão pobre. Hoje, o prédio está às moscas, virou o retrato do abandono.
Rios e cachoeiras
Muitos motoristas que passam pela BR-163, que vai de Cuiabá, em Mato Grosso, a Santarém, no Pará, não vêem a mística lagoa azul. A cor da água provoca discussões entre os moradores. Peixe, não sobrevive, e há quem diga que a água cura doença.
Em outro local, a névoa branca anuncia: à frente tem muita água. Mas o que se vê supera as expectativas. Uma queda de quarenta metros, no meio da floresta amazônica. É a cachoeira do Curuá.
Ainda mais surpreendente é encontrar uma festa alemã no meio da rodovia que corta a Amazônia. Uma festa regada a muito chopp e danças típicas. Loiros e loiras do sul do país são maioria em Lucas do Rio Verde. Vieram para colonizar Mato Grosso.
Também veio do sul do país o nome da maior cidade do oeste do estado, Sinop, com 110 mil habitantes. A palavra vem de Sociedade Imobiliária do Norte do Paraná, uma das empresas que, na década de 1970, colonizaram a região.
Já a Transamazônica recebeu mais gente do nordeste. Gente que preserva a fé, apesar das dificuldades de três décadas de colonização no meio da floresta, em um lugar em que até levar um doente ao médico é um ato de bravura.
No final da BR-163, ao lado de Santarém, um dos maiores paraísos da Amazônia: a praia de Alter do Chão, banhada pelas águas mornas do rio Tapajós. As areias brancas, molhadas pela água doce, aos poucos vão conquistando o gosto de turistas brasileiros e estrangeiros.
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