Cururu e siriri já são elementos de integração de Mato Grosso
Enviado por Jonas Silva
Publicado por Meider Leister
O cururu e o siriri deixaram de ser uma manifestação cultural forte da Baixada Cuiabana e passa a ser elemento integrador dos mato-grossenses, ou, como na nova visão para o segmento, trata-se da territorialidade cultural. O resultado foi mostrado no 8º Festival Cururu Siriri de Cuiabá, no histórico bairro do Porto. A dança siriri e a música cururu já chegam, por exemplo, a cidades do interior do Estado, como Nova Mutum (264 Km ao Norte de Cuiabá), município fundado por migrantes gaúchos, paranaenses e catarinenses.
“Esta é uma grande festa popular. É importante ver a integração de Mato Grosso, com Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Nova Mutum”, comparou Silval sobre cidades de formação distintas. “Ver Nova Mutum, cidade criada por gaúchos, paranaenses e catarinenses, totalmente sulista, se entregar ao cururu e siriri, é emocionante. A cultura pantaneira pode integrar o Estado. É religiosa e tem mais de 300 anos” - descreveu o prefeito.
E para premiar a persistência pela promoção da cultura, autoridades entregaram no domingo o Prêmio Mestres da Cultura Popular, reconhecimento a pessoas que ensinaram e disseminaram esta cultura tradicional. Um dos premiados e homenageados desta etapa foi o poconeano Valeriano Máximo Nepomuceno, de 78 anos, sete décadas das quais de vida dedicadas à cultura. Ele é integrante do grupo Flor do Campo, do bairro Parque Ohara, região do Coxipó, em Cuiabá.
“Aprendi com minha família, todos eram cururueiros. Eles morreram, eu fiquei na luta”, resume em um instante a carga cultural que levou adiante. “É a única brincadeira que gosto, é sadia, você brinca a noite inteira”, resume um pouco da sua história.
Junto com “seo” Valeriano, foi premiada também a presidente do grupo Coração Cuiabano, Sebastiana Pereira Alves. Aos 65 anos, natural de Chapada dos Guimarães, ela diz que “nasceu dançando”. “A gente fazia amizades, contava histórias. O cururu e o siriri promovem isso: a reunião dos amigos para festejar a vida”, diz a filha de cururueiro e de dançarina de siriri na publicação do festival, coordenada pela jornalista Ana Cristina Vieira.
A coordenadora de Ações Artístico-Culturais da Secretaria Estadual de Cultura, jornalista Ana Cristina Moreira, informa que por meio do Programa de Intercâmbio Cultural, o Estado de Mato Grosso tem cadastrado, habilitado grupos de siriri e cururueiros. “O restante do Estado quer conhecer e aprender. Os municípios pedem e a secretaria envia cururueiros”, diz. Ela cita o conteúdo ambiental como foco de alguns grupos, como o Raízes Cuiabana. “É uma família, têm mais músicas originais com citação ao Pantanal. Eles cantam e citam animais do Pantanal”, afirma.
Ela cita entre grupos de cururu e siriri que já passaram por capacitação os de cidades como Nova Xavantina, 645 Km de Cuiabá, na divisa com o Estado de Goiás, ocorrido na semana passada, cujos membros foram capacitados por um grupo de Várzea Grande; Tangará da Serra (239 Km da Capital); Barra do Bugres (168 Km); Sinop (500 Km ao Norte); e Gaúcha do Norte (595 Km ao Norte). Aguardam por capacitação grupos de Sapezal (480 Km a Noroeste de Cuiabá) e Canabrava do Norte, localizado a 1.215 Km a Nordeste de Cuiabá, no Vale do Araguaia.
“Esta é uma grande festa popular. É importante ver a integração de Mato Grosso, com Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Nova Mutum”, comparou Silval sobre cidades de formação distintas. “Ver Nova Mutum, cidade criada por gaúchos, paranaenses e catarinenses, totalmente sulista, se entregar ao cururu e siriri, é emocionante. A cultura pantaneira pode integrar o Estado. É religiosa e tem mais de 300 anos” - descreveu o prefeito.
E para premiar a persistência pela promoção da cultura, autoridades entregaram no domingo o Prêmio Mestres da Cultura Popular, reconhecimento a pessoas que ensinaram e disseminaram esta cultura tradicional. Um dos premiados e homenageados desta etapa foi o poconeano Valeriano Máximo Nepomuceno, de 78 anos, sete décadas das quais de vida dedicadas à cultura. Ele é integrante do grupo Flor do Campo, do bairro Parque Ohara, região do Coxipó, em Cuiabá.
“Aprendi com minha família, todos eram cururueiros. Eles morreram, eu fiquei na luta”, resume em um instante a carga cultural que levou adiante. “É a única brincadeira que gosto, é sadia, você brinca a noite inteira”, resume um pouco da sua história.
Junto com “seo” Valeriano, foi premiada também a presidente do grupo Coração Cuiabano, Sebastiana Pereira Alves. Aos 65 anos, natural de Chapada dos Guimarães, ela diz que “nasceu dançando”. “A gente fazia amizades, contava histórias. O cururu e o siriri promovem isso: a reunião dos amigos para festejar a vida”, diz a filha de cururueiro e de dançarina de siriri na publicação do festival, coordenada pela jornalista Ana Cristina Vieira.
A coordenadora de Ações Artístico-Culturais da Secretaria Estadual de Cultura, jornalista Ana Cristina Moreira, informa que por meio do Programa de Intercâmbio Cultural, o Estado de Mato Grosso tem cadastrado, habilitado grupos de siriri e cururueiros. “O restante do Estado quer conhecer e aprender. Os municípios pedem e a secretaria envia cururueiros”, diz. Ela cita o conteúdo ambiental como foco de alguns grupos, como o Raízes Cuiabana. “É uma família, têm mais músicas originais com citação ao Pantanal. Eles cantam e citam animais do Pantanal”, afirma.
Ela cita entre grupos de cururu e siriri que já passaram por capacitação os de cidades como Nova Xavantina, 645 Km de Cuiabá, na divisa com o Estado de Goiás, ocorrido na semana passada, cujos membros foram capacitados por um grupo de Várzea Grande; Tangará da Serra (239 Km da Capital); Barra do Bugres (168 Km); Sinop (500 Km ao Norte); e Gaúcha do Norte (595 Km ao Norte). Aguardam por capacitação grupos de Sapezal (480 Km a Noroeste de Cuiabá) e Canabrava do Norte, localizado a 1.215 Km a Nordeste de Cuiabá, no Vale do Araguaia.
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