sexta-feira, 23 de abril de 2010

Festa estranha com gente esquisita!

Publicado por: Kassu reportagem de Oggi Hibahin

O que faz sucesso lá fora, faz sucesso aqui também. Pena que é tudo um lixo! O Brasil tem mania de importar atitudes e culturas de outros países que não passam de baboseira. Estava lendo uma notícia que exemplifica bem isso. Primeiro você escolhe uma danceteria qualquer, uma bem grande, que caibam umas 600 pessoas.

Entregue a cada um que entra um fone de ouvido sem fio. Coloque alguns DJs pra animar a festa e pronto, a baboseira está completa. Quem não pegou fone de ouvido (porque só tinha uns duzentos) ficou com cara de abobado vendo um monte de gente pulando e cantarolando refrões sem um pingo de som no ambiente. Claro, a música estava só nos fones de ouvido.

Esta “nova tendência” é chamada de Silent Party e foi importada de danceterias da Europa (claro, onde mais poderiam ocorrer besteiras como essa?). Eu não fui, mas só de imaginar me parece muito ridículo. É como ver aquelas pessoas em lojas de CD, ouvindo o que quer comprar e cantarolando alto sem saber que está sendo ouvido.

E aquele mané que coloca um fone e começa a gritar no seu ouvido “NOSSA, ESSE SOM É MUITO MASSA!!” Cara, é muito chato isso. Além do mais, como é que você vai xavecar uma mina se ela nem vai ouvir o que você vai falar? Bom, em alguns casos é melhor nem ouvir mesmo!

Pillow Fight em Paris - Foto: Benoit Tessier/REUTERS

Pillow Fight em Paris - Foto: Benoit Tessier/REUTERS

Mas não é só esse tipo de festa que importamos. Alguém já participou da Pillow Fight, em bom português, Guerra de Travesseiros?

Tão emocionante quanto. Junta-se um bando de doidos, alguns que até capricham vestindo pijama e pantufa, e ao grito do “um, dos três e já” começam a trocar travesseiradas até voar pena pra todos os lados. Indescritível, não? Os pais é que devem adorar ter de renovar a frota de travesseiros da casa depois.

E a tal da Flash Mob então? “Nossa, muito massa meu!”. De repente você está no metrô e um bando de malucos liga um três-em-um-portátil e começa a pular, dançar e cantar na sua frente. A festa acaba na próxima estação. Ou senão, um grupo de protesto entra correndo numa repartição pública, tira a roupa, grita algumas palavras de ordem, veste a roupa e sai com a mesma velocidade que entrou!

É tudo coisa de gente que não tem o que fazer, acha essas besteiras na internet e “importa” pra cá. Agora, uma regra: tem que usar o nome em inglês pra ficar mais maneiro. Afinal ninguém ia querer ir numa “Festa do Silêncio”, na “Guerra dos Travesseiros” ou numa “Mobilização Rápida”.

Uma coisa é certa e eu apoio: deveriam adotar a moda da Silent Party em todos as comemorações em condomínios. Aliás, a lei do Psiu em São Paulo deveria obrigar esse tipo de festa em locais de moradia coletiva. Só assim a gente teria mais sossego em dia de aniversário de adolescente.

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