domingo, 23 de maio de 2010

CONHEÇA MELHOR O BRASIL: DIAMANTINO BERÇO DA HISTÓRIA MATO-GROSSENSE

Por Clube Geo Estudos de Georafia / UFMT com autorização para Água Boa News
Edição e publicação de Kassu em 23/05 /2010 às 20h40



ÍNDIA - Arte Plástica Regional - Pinacoteca de um dos hotéis da cidade de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo

"As pesquisas encontram indício de chegada do primeiro povo indígena a Diamantino a cousa de 5.000 anos antes do dia 18 de setembro de 1728

A história de Diamantino consta de duas estruturas distintas: a etno-história, sem precisão de data de chegada dos povos indígenas, e a história datada.

Na etno-história, os povos indígenas, ágrafos, formavam e transmitiam oralmente realidades primevas, mitos. Os pósteros reinterpretavam os mitos frente às novidades vitais.

No tempo estritamente histórico, o historiador se encontra diante de fatos documentados normalmente com datas precisas.

Nos 279 anos, 18 de setembro de 1728 a 18 de setembro de 2007, importantes situações mercaram o processo histórico de Diamentino, "veios históricos".

Dessa maneira, a história de Diamantino apresenta novelos de ciclos interpenetrantes, que poucos municípios podem apresentar.

DIAMANTINO abre novo ciclo de natureza histórico, o de cultura, ao sediar estudos superiores, tornando-se centro de natureza universitária, preservando, por entre modificações de passado evolutivo, a memória de uma história singular no universo da história Mato-grossense." Pe. José de Mouira e Silva,SJ - Livro: Diamantino 279 anos; Entrelinhas,Cuiabá-Mt,2007;



O Prefeito Juviano Lincoln recebeu o 5º Semestre de Geografia/UFMT em seu gabinete e fez uma explanação Histórica-geográfica e Cultural da cidade que administra. Foto: Padilha/Clube Geo

O município de Diamantino pertence à mesorregião médio-norte de Mato Grosso, e à microrregião dos Parecis. A sede municipal apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 56º 26' 53" de W GR e 14º 24' 43" S.

O município de Diamantino se localiza em região privilegiada: exatamente num dos pontos de divisão das águas das Bacias Amazônica e Platina e o acidente geográfico responsável por essa façanha é a Chapada dos Parecis, um planalto com altitudes em torno dos 500 metros.

Como a cidade de Diamantino se situa nos contrafortes da margem sul dessa chapada, dentro dos limites urbanos nota-se as diferentes direções que os córregos que cortam a cidade tomam: aqueles próximos ao bairro Novo Diamantino dirigem-se para o norte, ao encontro do Amazonas; enquanto que aqueles que passam próximo ao centro da cidade buscam o rio Paraguai, correndo em direção ao sul.

Por falar em rio Paraguai, à cerca de 30 km da cidade se localizam as suas nascentes, na região conhecida como Sete Lagoas; daí corre para o sul, juntando às suas as águas de inúmeros córregos e rios, tornando-se vigoroso, majestoso e tomando para si a responsabilidade pela formação e existência de uma das maravilhas naturais do planeta: o Pantanal Mato-Grossense.

Acadêmicos de Geografia/UFMT com o Prefeito Lincoln e o Prof. Henrique Pitt (Geografia Urbana). Foto: Padilha/Clube Geo

DESCOBRIMENTO DE DIAMANTINO - Nove anos após o descobrimento das fabulosas minas de Cuiabá, por Paschoal Moreira Cabral e Miguel Sutil, Diamantino também foi descoberto.

Gabriel Antunes Maciel, numa perigosa excursão por água e por terra, penetrou com sua bandeira pelo sertão mato-grossense, por lugares que talvez nunca tenham sido pisados por civilizados.Supõe-se que a corajosa bandeira, vencendo as dificuldades, tenha alcançado as mais altas cabeceiras do rio Paraguai. O certo é que após alguns dias de cuidadosa exploração, sem muito sucesso, os bandeirantes chegaram às margens de um pequeno rio, correndo num vale entre rochas e cascalhos, onde encontraram ouro e diamantes em quantidade.

Este rio de água doce e cristalina era mesmo o Diamantino, onde ouro e diamantes eram encontrados até à flor do solo. Esplêndida descoberta. Era o ano de 1728.



Preifeito Lincoln com a Acadêmica Suelen Bradão


A notícia chegou logo a Cuiabá, de onde partia muita gente àquela rica região. Em pouco, na confluência do Ribeirão do Ouro com o rio Diamantino, estava formado um grande arraial; (conhecido como Arraial do Ouro do Alto Paraguai) que logo, em 23 de novembro de 1820, passou à categoria de vila, com o nome: “Vila de Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguay Diamantino”.


Obra de Arte da Pinacoteca de um dos hotéis da cidade. Foto: Padilha/Clube Geo

Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia.


O Prefeito Municipal Juviano Lincoln emocionou-se ao contar sobre sua origem humilde e a felicidade de estar administrando a sua cidade do Coração. Foto: Padilha/Clube Geo

A urbanização é estudada por ciências diversas, como a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades.


De todos os setores da economia, o agropecuário está experimentando e vivenciando um processo de modernização, jamais visto, a ponto de se tornar uma atividade extremamente competitiva do ponto de vista de mercado e atraente economicamente, tornando o setor propício para a aplicação de altos valores em investimentos. É o campo se modernizando em suas atividades produtivas, contribuindo significativamente para a estrutura econômica vigente e a formação de um quadro polivalente de trabalho, além de novos arranjos espaciais.


Arte Popular - Muro pintado no centro da cidade - Foto: Padilha/Clube Geo


Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a cidade cria tipos de serviço que somente as formas de organização política são capazes de administrar. Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade. Sua história confunde-se com a do Estado.

Ribeirão do Ouro tem a sua parte reservada na história de Diamantino - Foto: Pitt/Clube Geo


A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade.



Infelizmente, o Ribeirão do Ouro encontra-se poluido pelo aumento de dejetos que são lançados no seu leito pela população que cresceu nos últimos anos. Foto: Pitt/Clube Geo


A poluição mais comum é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento das cidades e de sua população aumentaram os problemas, porque o tratamento de esgotos e de fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano.


Plantação de Soja. Foto: João Almeida/Clube Geo


Com a intensa migração advinda principalmente do sul do país, aconteceu o plantio no cerrado, e a moderna tecnologia aplicada à agricultura, decorrente da expansão do meio técnico-científico-informacional, fez com que o município de Diamantino se reestruturasse para atender essa nova demanda advinda da expansão do agronegócio.


Plantação de Milho - Foto: Helton/Clube Geo


O setor terciário dinamizou-se paralelamente ao incremento da agricultura moderna, respondendo rapidamente às suas necessidades. Em função do desenvolvimento agrícola, em específico da produção de soja, Diamantino perdeu parte do seu território devido ao surgimento de novos agrupamentos de poderes que geravam novos municípios.



Arte Popular "Garimpo" - Pintura em Muro - Centro da Cidade de Diamantino - Foto: Padilha/Clube Geo


O município de Diamantino teve sua origem na mineração com a exploração de ouro e diamante, cultivou a borracha, passou por um longo período de estagnação e ao longo dos últimos trinta anos, passou por modificações que se vinculam ao processo de desenvolvimento da economia agrícola “moderna”.



Museu Memorial dos Visitantes e Igreja Imaculada Conceição - Foto: Padilha/Clube Geo

O município de Diamantino se localiza em região privilegiada: exatamente num dos pontos de divisão das águas das Bacias Amazônica e Platina e o acidente geográfico responsável por essa façanha é a Chapada dos Parecis, um planalto com altitudes em torno dos 500 metros.

Como a cidade de Diamantino se situa nos contrafortes da margem sul dessa chapada, dentro dos limites urbanos nota-se as diferentes direções que os córregos que cortam a cidade tomam: aqueles próximos ao bairro Novo Diamantino dirigem-se para o norte, ao encontro do Amazonas; enquanto que aqueles que passam próximo ao centro da cidade buscam o rio Paraguai, correndo em direção ao sul.


Por falar em rio Paraguai, à cerca de 30 km da cidade se localizam as suas nascentes, na região conhecida como Sete Lagoas; daí corre para o sul, juntando às suas as águas de inúmeros córregos e rios, tornando-se vigoroso, majestoso e tomando para si a responsabilidade pela formação e existência de uma das maravilhas naturais do planeta: o Pantanal Mato-Grossense. Mato Grosso e Seus Municípios, Autor: João Carlos vicente Ferreira - Cuiabá: Buriti, 2004. Anuário Estatístico de Mato Grosso 2005, Associação Mato-Grossense dos Municípios-AMM



Expedição Rondon transportanto Indios para cidade de Diamantino - Fonte: Acervo do Museu memorial dos Visitantes - Foto: Padilha/Clube Geo

Os museus são como portais para um mundo filosófico e fonte preciosa de conhecimento e descobertas para aprendizes com perfil pesquisador.

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades!
Cazuza (1986)

Os museus representam as maneiras das sociedades humanas exporem o seu passado e o seu presente, as formas de dispor a sua cultura material, os processos de preservação e concepção do patrimônio público, e ainda representam escolhas e lacunas dentre infinitas possibilidades. Enfim são espaços que dão a ver, por meio dos objetos, acervos diversos e coleções, as relações sociais que os homens estabelecem entre si e com a natureza,com diferentes culturas e ao longo do tempo.

O Museu funciona como repositório dinâmico, um Banco de Dados, resultado do inventário e avaliação de um patrimônio histórico-cultural do município.

A casa dos viajantes é uma casa aberta permanentemente que divulga de forma verossímil toda a história de Diamantino.


Indio Nhanbiquara - Fonte: Acervo do Museu memorial dos Visitantes - Foto: Padilha/Clube Geo

Os museus são ferramentas de suma importância na formação educacional de um povo.

O mais importante num museu não é o que vemos, mas o modo de olhar que construímos, entretecido de razão e sensibilidade, o que decorre, não do que se faz no museu, mas do que se faz com o museu.


Trata-se de ‘educar com museu’, não no sentido de ‘por seu intermédio’, o que colocaria todo o peso dessa ação no pólo instrumental, mas no sentido de parceria, isto é, de algo que se faz junto.

O centro de gravidade desta concepção é a interação, mas ela, sozinha, não explica nem sustenta o quão educativo pode ser um museu, se não estiver filiada a uma perspectiva epistemológica construtivista, cujo filamento teórico principal é geração de conhecimento baseada na troca que produz transformações em ambas as partes envolvidas.


As conseqüências teóricas e práticas desta posição são radicais e nelas encontra-se a possibilidade de efetivar-se a função educativa do museu. Mas, para ser educativo, diz Kramer, citando Santos (id.), o museu precisa ser espaço de cultura e não um museu educativo. É na sua precípua ação cultural que se encontra a possibilidade de ser educativo, para ali se aprender ‘com’ ele. KRAMER, S. (1998).



Indios Nhanbiquara - Fonte: Acervo do Museu memorial dos Visitantes - Foto: Padilha/Clube


O Banco de Imagens, bens e dados da Casa dos Viajantes é extremamente relevante para o estudo, pesquisa, compreensão e aprimoramento do ensino presencial de Geografia e História

Todos os segmentos da sociedade podem ter acesso a essas informações científicas e beneficiar-se com o aprimoramento e a aventura do conhecimento.

O Museu cumpre um papel de elo entre profissionais, com suas atividades acadêmicas e de pesquisa, e a coletividade, mostrando o espírito e a mentalidade científica, incentivando a inclinação para a ciência, mostrando seu progresso e incutindo o desejo de entender, apreciar, participar e conservar o rico patrimônio histórico-cultural e a natureza.


Aldeia de indios visitada pela expedição Rondon - Fonte: Museu memorial dos Visitantes - Foto: Padilha/Clube Geo

Não há dúvidas de que o Museu é um elemento essencial na educação histórico-geográfica e um incentivo ao aprimoramento, mostrando componentes fundamentais do magnífico patrimônio natural e histórico do nosso povo.




Rondon fazendo suas anotações e se protegendo de insetos - Fonte: Museu Memorial dos Visitantes - Foto: Padilha/Clube Geo


O museu oferece a possibilidade de elaborar propostas específicas que, materialmente, não podem ser implantadas nem na aula nem por meio de uma revista. Tem potencialidades que o distinguem de outros recursos da divulgação científica. São estes os principais marcos que definem e legitimam a importância dos museus no processo pedagógico.


Acadêmico Padilha; Jô, Coordenadora do Museu e o Prof. Ms.Pitt/UFMT Foto: Victor/Clube Geo

Os museus trazem uma bagagem mais abrangente que a mente humana, que vem emergindo gradativamente do sombrio abismo no qual foi lançada na tendência pedagógica liberal que foi imposta pela ditadura, consegue conceber nos dias de hoje, entretanto, o professor pesquisador vem se destacando nesta árdua tarefa de resgatar o desejo de aprender de seus discentes. Muitos desses professores vêem os museus como ferramenta indispensável na formação de seus alunos, pois, seu acervo traz de forma documental o avanço tecnológico da humanidade. Mercedes Mayol Lavalle (1991)


Prof.Ms.Pitt,Jô e o Acadêmico Carlos Victor - Foto: Padilha/Clube Geo

Um museu é por excelência a instituição que tem como função a conservação do patrimônio cultural de um determinado povo, a manutenção e a valorização de sua identidade. (...) Guardar é preservar uma coisa não é trancá-la, mas, sim, zelar por ela para poder observá-la e admirá-la(...)


Foto aérea de Diamantino em 2004 - Reprodução: Padilha/Clube Geo

A segunda região de maior população urbana no país é a Centro-Oeste, onde 86,7% dos habitantes vivem em cidades.

O município de Diamantino, ao longo dos últimos trinta anos passou por modificações que se vinculam ao processo de desenvolvimento da economia agrícola moderna, ou seja, a cidade foi reestruturada em função de novas demandas recebendo equipamentos técnicos, econômicos e sociais que possibilitam uma dinâmica de fluidez de informações, mercadorias serviços e capital que a economia agrícola moderna necessita.


Platibanda de Casarão Centenário em Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo

Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural.


Casarios do centro Histórico de Diamantino-Mt - Foto: Pitt/Clube Geo


Muro de Adobos com intervenção da alvenaria - Foto: Padilha/Clube Geo


Casario centenário no centro histórico de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


Casarão de Adobos - Dimantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


A restauração desse patrimônio cultural, material e imaterial, é um elemento importante para o resgate da memória história, para o fortalecimento da identidade cultural da comunidade. É um símbolo de luta em defesa do nosso patrimônio histórico. Já que o município de Diamantino é um verdadeiro berço da história do nosso Estado de Mato Grosso.


Acadêmicos Geografia/UFMT visitando o Centro Histórico da Capital do Diamante Mato-grossense - Foto: Pitt/Clube Geo


Casarão típico do Centro histórico de Diamantino-Mt - foto: Pitt/Clube Geo


Padilha e Carlos Victor entrevistando um dos mais velhos moradores da cidade de Diamantino-Mt - Foto: Pitt/Clube Geo


Detalhes da Platibanda dos casarões do Centro Histórico de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


“Das manifestações do saber humano é, sem dúvida, a arquitetura a que mais perpassa o tempo, com marcas típicas a cada época, identificáveis no contexto geohistórico e cultural dos povos”. Historiador Vilson Francisco de Farias



As primeiras influências arquitetônicas representativas em Diamantino datam do século XVIII.

O Prefeito Lincoln revelou aos Acadêmicos de Geografia/UFMT que o Poder Aquisitivo e Senhorial dos Moradores da Antiga e histórica cidade, era distinguida pela quantidade e qualidade da platibanda dos Casarões. Na medida que os desenhos arquitetônicos aumentavam, o poder econômico fazia retrado ali. (Padilha)


Casas de Garimpeiros feita com barro socado e adobos - Acervo fotográfaico do Memorial dos Visitantes - reprodução de Padilha/Clube Geo


Casarão à beira do Ribeirão do Ouro, uma verdadeira relíquia da cidade - Foto: Padilha/Clube Geo


O estilo português colonial influenciou as construções no Brasil nos séculos XVI, XVII e XVIII. Em Diamantino não foi diferente, posto que as construções encontradas nas várias cidades brasileiras se assemelham bastante.


Casarão típico da Arquitetura Portuguesa dos Séc. XVIII - Diamantino-Mt - Foto: Pitt/Clube Geo


Moderna Arquitetura - Distrito de Nova Diamantino - Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


Limita-se ao norte com os municípios de São José do Rio Claro e Nova Maringá e Nova Mutum; ao sul com os municípios de Alto Paraguai, Nortelândia e Nova Marilândia; a leste com o municípios de Nobres e a oeste com o município de Campo Novo dos Parecis.


Arquitetura Arrojada - Distrito de Nova Diamantino - Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


A Bacia Hidrográfica do município de Diamantino é formada pelas grandes Bacias do Prata e Amazonas. O clima é do tipo tropical sub-úmido com 05 meses de seca, de maio a setembro. Precipitação anual de 1750 mm, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março. A temperatura média anual de 24º C, com maior de 38º C, e menor 0º C. (FERREIRA, 2001).



Edificação Comercial no Distrito de Nova Diamantino- Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


O processo de ocupação das terras mato-grossenses sempre esteve associado à exploração de um produto que tivesse aceitação no mercado externo (ouro, diamante, açúcar, poaia, erva-mate, borracha, algodão e soja).


Acadêmicos de Geografia/UFMT com populares durante entrevista no Distrito de Nova Diamantino - Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


O município de Diamantino é um exemplo da dinâmica espacial da sociedade e das mudanças processadas na paisagem as quais representam as temporalidades do lugar. Este município passou por uma série de transformações desde sua fundação. Foi território de várias nações indígenas teve sua origem na mineração com a exploração de ouro e diamante, inicialmente foi um pequeno arraial, depois foi elevado à categoria de vila.


Entrevistas com populares buscando informações para trabalho científico na área da Geografia Humana - Foto: Bruno Chico/Clube Geo


Segundo o perfil do município de Diamantino (MATO GROSSO, 1984 p. 453,458) sua história é marcada pela ocorrência de fatos históricos de características peculiares e curiosas determinados por ciclos econômicos distintos como: o ouro, o diamante, a borracha, a pecuária e atualmente a agricultura.


Prédio de Arquitetura Moderna - Distrito de Nova Diamantino - Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


A partir de 1970, o Estado se transformou em um grande celeiro agropecuário do país. Sobre os acontecimentos da década de 1970, Vilarinho Neto (2002 p. 93) afirma que Mato Grosso passou por um ritmo acelerado de crescimento da população que modificou o espaço urbano, pois, deu-se início ao processo de modernização de suas cidades.


Uma nova concepção de moradia - Distrito de Nova Diamantino - Diamantino-Mt - Foto: Lord Ost/Clube Geo


Os produtos que fazem do Estado de Mato Grosso grande produtor de grãos oleaginosas e fibras são soja, algodão e arroz.


Os municípios que fazem do Estado de Mato Grosso o maior produtor de soja brasileiro são em 1° lugar Sorriso, seguido de Sapezal, Campo novo dos Parecis, Nova Mutum, Primavera do Leste, Diamantino, Tapurah, Itiquira, Campos de Julio, Nova Ubiratã.


O Estado é também o maior produtor de algodão do Brasil, sendo responsável pela produção de quase toda a metade do algodão brasileiro.


Os municípios com maior produção são em 1° lugar Campo Verde seguidos de Sapezal, primavera do Leste, Pedra Preta, Campo Novo do Parecis, Itiquira, Diamantino, Santo Antonio do Leste, Sorriso, Nova Mutum.


Os municípios que fazem de Mato Grosso o 2° maior produtor de arroz são em 1° lugar Nova Ubiratã seguidos de Sorriso, Tapurah, Sinop, Santa Carmem, Querência, Água Boa, Tabaporã,Vera, Nova Mutum. (MATO GROSSO, 2006).


Prédio de Arquitetura Arropojada no Centro Histórico de Diamantino - Foto: Padilha/Clube Geo

À área correspondente ao médio norte Mato-Grossense atraiu grandes fluxos migratórios, oriundos principalmente da região sul e de São Paulo. Esses migrantes, guiados em grande parte pelas colonizadoras e pelo Estado, fixaram-se e desenvolveram novas atividades produtivas em vários pontos do território, selecionados estrategicamente segundo os interesses sociais, econômicos e políticos desses agentes.



Acadêmicos de Geografia/UFMT na feira de pequenos produtores de Diamantino-Mt - Foto: Bruno Chico/Clube Geo


Os principais objetivos desse comércio desenvolvido pelos pequenos produtores devem ser sem sombras de dúvidas:


. Contribuir para a elevação do IDH da população pobre das comunidades rurais do Estado, por meio do acesso a serviços básicos de: infra-estrutura, desenvolvimento humano, fortalecimento dos arranjos produtivos locais, educação, saúde, meio ambiente e tecnologia.

. Contribuir com a consolidação da gestão pública descentralizada e democrática, capaz de promover a articulação e integração das ações entre os três níveis de governo, organizações da sociedade civil e da iniciativa privada.


. Apoiar as comunidades no incremento de sua capacidade de gestão, de geração de riqueza e inserção dos sues produtos e serviços no mercado.


. Estimular a efetiva participação da sociedade, por meio de suas organizações, incluindo grupos étnicos, jovens, mulheres, idosos e pessoas portadoras de deficiência, para ocupação dos espaços de decisão comunitária municipal e regional, influenciando na formulação e implementação de políticas públicas de desenvolvimento.

Estivemos conversando com o Prefeito LINCON e ele garantiu-nos que busca atingir esses objetivos que auxiliam toda comunidade.


Após o término da aula de campo, a dupla André & Leonardo (5º Se. Geografia/UFMT) fizeram um Show na Praça Principal da Cidade - Foto: Padilha/Clube Geo


Arte Popular - Pintura de Muro no centro de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


Acredita-se que a principal causa da origem das feiras, é a formação de excedentes de produção dos produtores. Pois, foi com as sobras de uns, e com as faltas de outros, é que surgiu uma necessidade de troca de mercadorias, entre os grupos, sem que houvesse um local próprio para tal intercâmbio, tornando-se mais difícil desta forma, a obtenção das mercadorias necessárias. Portanto, o surgimento das feiras foi uma solicitação natural de um espaço que reunisse todos os produtos que estivessem disponíveis para outras pessoas, e, foi neste contexto, que se tornou importante as trocas de seus excessos, na falta de outros produtos que não se obteve condições de produzir. Assim, podemos perceber a importância das feiras para os tempos modernos.


A oficialização das feiras é atribuída à Idade Média, apesar de que, na fase do feudalismo, não existiam tão fortemente as feiras, pelo motivo da produção ser para o autoconsumo.



Família de assentados (pequenos produtores) vindos do Sul do país comercializando seus produtos de excelente qualidade. Foto: Helton/Clube Geo


O grande desafio hoje para o pequeno produtor rural, é sair da "visão de proprietário, concentrado nos limites da porteira" para a exploração de um mercado dinâmico que pode melhorar a qualidade de vida e garantir a fixação no campo.


Produtos naturais: Temperos, remédios caseiros, guloseimas são encontrados com facilidade na feira dos pequenos produtores rurais de Diamantino-Mt - Foto: Helton/Clube Geo


Quando falamos em Feira do Produtor Rural, devemos ter em mente que estamos nos referindo ao Pequeno Produtor, ou seja, àquele que luta pela eliminação de um intermediário na comercialização de tudo o que se produz no campo, e que chega até a mesa dos consumidores na cidade.


Dentro de um contexto da modernização da agricultura, alguns pequenos agricultores, ainda resistem e criam estratégias de sobrevivência em suas pequenas propriedades familiares, com a ajuda de vários órgãos públicos que viabilizam alternativas, e que os auxiliam neste desafio de competição de mercado. Sendo assim, as feiras são uma importante fonte de receita para muitos pequenos produtores de hortifrutigranjeiros nos municípios. Em Diamantino essa prática não é diferente.


A feira dos pequenos produtores rurais de Diamantino acontece toda Sexta-feira e verdadeiramente é uma delícia, pois ali encontramos de tudo por um preço módico e uma qualidade invejável.


Os Acadêmicos de Geografia/UFMT aproveitaram para adquir alguns produtos - Foto: Helton/Clube Geo


O hábito de comprar produtos em feiras, não se extinguiu com o passar dos séculos, mas sim se adaptou as novas exigências de um consumidor que pretende unir o “útil ao agradável”, buscando qualidade e preços menores na Feira do Produtor Rural.


Estudantes de Geografia/UFMT e o Prof.Ms. Pitt na praça da feira saboreando uma GARAPA (CALDO DE CANA) às 07.00hs de uma manhã ensolarada. Foto: Helton/Clube Geo


Em nome do progresso, o patrimônio arquitetônico foi destruído, sobraram poucas casas antigas, muitas, das quais, reformadas, descaracterizando-se. Um exemplo é a Igreja Imaculada Conceição foi construída em 1811 no século XIX, e passou por um processo de restauração onde houve algumas modificações, da estrutura colonial foi reformada com estilo gótico. (Luciana Rosa de Campos)


Igreja de N.Sª. Imaculada Conceição, cartão de visita e relíquia monumental de Diamantino-Mt - Foto: Pitt/Clube Geo


Em 1929, o Papa Pio XI, pela Bula " Cura Universe Eclesiae", de 29 de março, criou a Prelasia de Diamantino entregue aos padres jesuítas. Monsenhor João Batista du Dréneuj tomou posse em Diamantino a 21 de dezembro de 1930, posse dada por Dom Francisco de Aquino Corrêa.

Diamantino fora elevado a categoria de vila, comarca, câmara município várias vezes, só em 1958 conseguiu a sua estabilidade pela Lei nº 370, que demarcou definitivamente a sua área.




Casario de estilo Português no centro histórico da Bela e aconchegante Diamanino-MT - Foto: Pitt/Clube Geo


A partir da década de 1960 o município de Diamantino sofreu uma intensa migração. A real ocupação se deu a partir de 1970, através do Plano de Integração Nacional-PIN - viabilizando pelo então presidente da república Gal. Emílio G. Médici, que visava a construção de rodovias e previa também o esvaziamento de áreas de tensão social caracterizados pelos conflitos fundiários, nas regiões sul e sudeste. (Luciana Rosa de Campos)



Arte plástica regional - Pinacoteca de um dos hotéis da cidade de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


Segundo Barrozo (2002 p. 07):
O município de Diamantino, que até os anos de 50, tinha mais de 100.000 km, perdeu grande parte do seu território com a formação de novos municípios. Sua estrutura fundiária também sofreu profundas transformações. Os pequenos estabelecimentos rurais, com menos de 100 hectares, diminuíram em número. (Luciana Rosa de Campos)



Indio Beiço-de-Pau - Arte plástica regional - Pinacoteca de um dos hotéis da cidade de Diamantino-Mt - Foto: Padilha/Clube Geo


A partir do ano de 1951 iniciou-se o processo de desterritorialização do antigo município de Diamantino que num curto prazo de 29 anos deu origem a 04 novas unidades municipais: Alto Paraguai, Nortelândia, Porto dos Gaúchos e São José do Rio Claro. A partir de 1981, essa dinâmica territorial se intensifica transformando o território não só em sua divisão municipal, como também em sua extensão, no curto espaço de 09 anos, um território que continha 05 unidades municipais se desterritorializa dando origem a mais 07 novos municípios: Brasnorte, Campo Novo dos Parecis, Juara, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Novo Horizonte do Norte, Tapurah, totalizando nada menos que 12 municípios. No período de 1991-2005 foram criados os municípios de Nova Marilândia, Nova Maringá, Santo Afonso e Tabaporã.

1 Comentário:

chico sampaio disse...

Fortaleza, abril de 2012
Caro amigo,
Sou professor da Universidade Estadual do Ceará e, no momento, estou produzindo uma obra intitulada Quantos Brasis, de certo modo inédita no País, por tratar-se de uma abordagem interdisciplinar entre Literatura, Geografia e História do Brasil, que deverá ultrapassar as 2.000 páginas.
Por tratar-se de uma obra volumosa e realizada com recursos de um professor universitário e algumas poucas doações, venho solicitar a V. Sa. o email do autor de uma foto baixada da URL http://aguaboanews.blogspot.com.br/2010/05/conheca-melhor-o-brasil-diamantino.html, de Padilha/Clube Geo, a fim de que possamos pedir autorização para publicá-la em nosso trabalho.
Estamos dando, como é justo além de legal, o devido crédito ao autor de cada fotografia (obra de arte), momento em que aproveitamos para agradecer seu gesto de compreensão e colaboração com esta iniciativa cultural.
Gratíssimo,
Prof. Francisco Coêlho Sampaio

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