Parceiros do programa Desenvolvimento Institucional mergulham em processos de mudança
Por Instituto C&A
Camaragibe (PE) – Incentivar as organizações sociais a refletirem sobre seus processos de mudança. A partir desse objetivo, o Instituto C&A reuniu representantes de 11 instituições parceiras do programa Desenvolvimento Institucional no 3° Encontro Diálogo Ampliado. O evento aconteceu entre 24 e 27 de maio, no Hotel Campestre de Aldeia, em Camaragibe.
Camaragibe (PE) – Incentivar as organizações sociais a refletirem sobre seus processos de mudança. A partir desse objetivo, o Instituto C&A reuniu representantes de 11 instituições parceiras do programa Desenvolvimento Institucional no 3° Encontro Diálogo Ampliado. O evento aconteceu entre 24 e 27 de maio, no Hotel Campestre de Aldeia, em Camaragibe.
Vinte e duas lideranças de organizações apoiadas pelo Instituto C&A desde maio de 2009, quando o programa foi oficialmente lançado, compareceram ao encontro. Tal frente de trabalho tem o objetivo de apoiar processos e iniciativas que promovam o desenvolvimento institucional de organizações da sociedade civil como estratégia para o desenvolvimento social.
“Ao longo deste um ano de atividades, percebemos que as instituições parceiras passaram – ou estão passando – por transformações internas e externas, algumas até incentivadas pelos projetos desenvolvidos em conjunto com o Instituto C&A”, diz Cristiane Félix, coordenadora dos programas Desenvolvimento Institucional e Redes e Alianças do Instituto C&A. “Por esse motivo, resolvemos abordar a questão das mudanças diretamente no encontro”, explica.
O tema que inspirou a programação do 3º Encontro Diálogo Ampliado foi “Mudanças – Refletir e aprender com os processos de mudanças nas organizações sociais”. A agenda contemplou reflexões em três dimensões: o que é mudança, como acontecem os processos de mudança e como influenciar mudanças.
“As mudanças acontecem o tempo todo e são inerentes à vida”, comenta Cristiane sobre a primeira dimensão trabalhada. “No caso das instituições, essas mudanças podem ser tanto de caráter externo, por exemplo na captação de recursos, quanto de caráter interno, caso da troca de membros na diretoria ou equipe técnica, da reformulação em processos de gestão, identidade, comunicação, entre outros”, detalha a coordenadora.
A abordagem sobre como acontecem os processos de mudança contou com a apresentação de três estudos de caso de parceiros do programa Desenvolvimento Institucional: Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro (RJ), Instituto Ação Empresarial pela Cidadania – Pernambuco (Iaec – PE), de Recife (PE), e Associação Barraca da Amizade, de Fortaleza (CE).
“Tivemos que escolher um fato relevante de mudança da instituição para apresentar no encontro. Isso fez com que revisitássemos a história da ONG, além do processo de mudança em si”, conta Elionalva Sousa Silva, coordenadora-executiva do Observatório de Favelas.
O estudo de caso do Observatório de Favelas dizia respeito à saída temporária de um dos fundadores da instituição. A partir do fato, a ONG passou por uma reanálise completa, dos projetos à missão.
No estudo de caso do Iaec – PE, a mudança também estava relacionada a uma alteração na equipe de trabalho. “A experiência de expor nosso caso e ouvir outros parecidos nos faz perceber que as coisas não acontecem apenas com a gente”, diz Cristina Queiroz, diretora técnica da organização. “Compreendemos, na verdade, que existe um padrão de mudança. Esse padrão não acontece de forma linear para todas as instituições, mas carrega questões semelhantes”, analisa a dirigente.
O exercício foi importante também para as organizações ouvintes. “Elas partiram do processo de mudança de outras instituições para pensar sobre no seu”, avalia Cristiane Félix, do Instituto C&A.
A terceira dimensão do encontro, sobre como influenciar mudanças, foi tratada a partir de uma análise sobre o filme Invictos (Estados Unidos, 2009). Dirigido por Clint Eastwood, o longa-metragem se passa na Africa do Sul, no período em que Nelson Mandela torna-se presidente, em 1994. Na narrativa, Mandela utiliza a modalidade esportiva do rugby para tentar diminuir a segregação racial no país, após 40 anos de Apartheid. O Apartheid foi o regime político adotado em 1948 na África do Sul, que impôs a dominação dos brancos sobre os negros.
O 3º Encontro Diálogo Ampliado foi conduzido pela equipe técnica do Instituto C&A, pelo sociólogo Domingos Armani, consultor do programa, e pela assessora técnica Lindalva Conceição Correia.
O 4º Encontro Diálogo Ampliado já está agendado para novembro deste ano. As duas primeiras edições do evento aconteceram em maio e novembro de 2009.
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