sábado, 26 de março de 2011

O que esperar de um país com ídolos do calibre de Bruna Surfistinha e o jogador de futebol Adriano?

Vanderson Freizer
Grupo UN

Há muito tempo nosso país dá sinais de que perdeu suas referências culturais. Os ídolos da juventude já não acrescentam nada de positivo na luta por um Brasil mais culto. Exemplos: temos aos montes. Entre eles o sempre polêmico jogador Adriano, investigado pela polícia, suspeita de envolvimento com drogas e sempre indisciplinado, têm inúmeros adolescentes que gostariam de ser como ele.

Vagner Love é outro exemplo claro de jogador de futebol envolvido com a bandidagem, em certa ocasião, foi visto escoltado por traficantes armados em baile FunK no Rio de Janeiro. Não generalizando, é difícil encontrar um futebolista que acrescente algo útil a sociedade, quase todos estão mais ocupados em ganhar dinheiro e farrear à vontade. 

A farra da Lei Rouanet

Somos o único país no mundo a ter a história de uma ex-prostituta, contada no cinema, através de lei de incentivo a cultura. O filme O doce veneno do escorpião, já levou aos cinemas milhões de expectadores, todos interessados em conhecer um pouco mais, sobre a vida de Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha), e suas atividades sexuais.

Os mais de R$ 2 milhões investidos na peça e filme sobre a vida de Bruna Surfistinha, certamente fariam diferença se aplicados na educação, saúde e verdadeiramente na cultura.

Infelizmente o dinheiro da cultura há muito tempo tem sido empregado em obras controversas. Muitos são os filmes que contam histórias de bandidos e foram financiados com dinheiro público.

Bom exemplo disso está nos filmes Tropa de Elite I e II e seus roteiros recheados de palavrões.

Espetáculos faraônicos de Caetano Veloso - um dos grandes responsáveis pela popularização da cocaína no Brasil – foram financiados pela Lei Rouanet e mesmo assim aqueles que quiseram prestigiar os eventos pagaram pelo valor integral dos ingressos. Simplesmente pagamos pela produção, divulgação e para assistir aos shows daquele que é um dos maiores ídolos nacionais.

Na mesma família, Maria Bethania, lançará em breve a obra mais cara já produzida na Blogosfera.  A página na internet da cantora baiana custará em torno de R$ 1.700.000,00 reais. Valor digno de uma superprodução do cinema.

Os demais

Fora a corja da Lei nº 8.313/91, temos ainda as celebridades que nada acrescentam a cultura popular, mas que pelo menos sobrevivem do seu próprio trabalho, entre eles: Luan Santana, Restart, Latino e João Carreiro & Capataz.

É valido ressaltar que é livre a manifestação artística de qualquer natureza, ou seja, não condenamos os trabalhos dessas pessoas, mas gostaríamos de ter ídolos mais preocupados com os rumos da cultura nacional. Seria interessante se estes profissionais difundissem um pouco mais a história nacional.

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