Atacante do Santos revela que fugiu de casa para iniciar carreira
Atacante ainda não tem carteira de motorista
O iG acompanhou nesta segunda-feira o dia do jovem atacante Tiago Alves, após seu primeiro gol como profissional na vitória do Santos diante do Ituano por 3 a 2 no último domingo, em Itu, pelo Campeonato Paulista O atleta, que aproveitou a folga para tirar sua carta de motorista, relembrou seu passado, falou sobre os primeiros passos no futebol, e confessou que fugiu de casa para iniciar a carreira de atleta.
Tiago Alves tinha apenas 14 anos quando deixou a família e saiu de São João do Araguaia, interior do Pará, rumo a Belém, com a intenção de fazer uma “peneira” no Remo.
“Eu falei que ia, a minha família disse que não daria certo, que eu tinha que estudar. Eu disse que não queria estudar, então fugi de casa e fui para Belém. Eu ainda dei um tchau para a minha mãe, disse: estou indo, e fui”, revelou o atacante, que foi aprovado no Remo e ficou morando na casa de um parente, em Belém.
“Fiquei morando um ano na casa da minha tia. Agradeço o carinho, mas não foi fácil ficar lá, pois tinha que ajudar a minha tia a olhar meus dois primos”, brincou o atleta.
Atuando pela equipe sub 15 do Remo, Tiago Alves, marcou 33 gols em 13 jogos pelo campeonato paraense da categoria, e chamou a atenção dos dirigentes santistas. Um ano depois, o técnico Paulo Róbson (ex-lateral-esquerdo), que comandava a equipe sub 17 do Santos, intermediou a negociação para contratar o atleta.
Apesar de fugir de casa, Tiago Alves mantém contato com os familiares e ajuda a mãe e os irmãos financeiramente. O jogador, inclusive, ajudou a mãe a construir uma casa em São João do Araguaia.
“É o sonho de todo filho dar uma casa para a mãe. Fiquei feliz, pois quando chovia, entrava água dentro da casa, alagava tudo. Não poderia deixá-la naquela situação. Meu pai morreu, eu tinha apenas um ano de idade, e minha mãe sempre foi tudo para mim”, disse Tiago Alves.
Além de ajudar a família, O atleta é orientado pelos empresários a não gastar o dinheiro com carros importados, apesar do salário do atleta não ser muito alto comparado aos padrões do futebol. O jogador recebe R$ 5 mil, e seus representantes negociam com a diretoria santista a renovação contratual.
“Já estou financiando um apartamento e também estou em um consórcio de automóvel. Por enquanto vou aos treinos de carona”, concluiu.
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