terça-feira, 8 de novembro de 2011

Companhias aéreas russas vão passar a usar aviões Airbus 380

Por: http://portuguese.ruvr.ru

Foto: EPA



Moscou está prestes a entrar no clube de possuidores de aviões Airbus 380. Depois das companhias aéreas dos EUA, Singapura e Emirados Árabes Unidos, a Rússia vai começar a utilizar os maiores aviões do mundo já em 2015. Quatro novos aviões irão substituir o Boeing 747-300. Os peritos prognosticam que os voos serão mais cômodos e as viagens mais baratas.

Na Rússia, o fluxo de passageiros aumenta anualmente quase 6%, o que supera o respectivo índice mundial. Christopher Buckley, vice-presidente da Companhia Airbus, afirma que a Rússia necessita por isso de um parque de aviões de grande capacidade, capazes de tornar menos intensa a situação em alguns trajetos. O avião A 380, capaz de realizar voos sem escala a uma distância de até 15 000 quilômetros, é uma variante ideal, – assevera a diretora geral da companhia Transaero, Olga Plechakova.

No avião haverá duas classes, o número mínimo de passageiros transportado num voo será de 700. Portanto, o avião será utilizado nos trajetos de tráfego muito intenso. Atualmente, pode-se apontar a região da bacia do Caribe, o Sudeste da Ásia, vários países do Próximo Oriente e do Norte da África.
Um outro estímulo para viajar precisamente nos aviões desta classe será o preço da passagem, - aponta Pavel Flerov, perito em aviação.

Quanto ao custo de “poltrona – quilômetro” – o parâmetro mais importante na aviação civil  o A 380 é o mais econômico, mesmo em comparação com o seu concorrente principal. o Boeing-747.

Os peritos constatam, todavia, que a renovação do parque de aviões vai apresentar novas exigências aos pilotos. É que a pilotagem de um A 380 difere substancialmente da pilotagem de um Boeing. Mas para os que pilotaram anteriormente os aviões mais pequenos, o processo de reaprendizagem não será difícil, assevera o perito russo em aviação.

Acontece que o A 380 adotou há muito a concepção “fly-by-wire”, isto é, as cabines de todos os aviões a partir dos A 318, o menor de todos, são ao máximo semelhantes quanto aos princípios de funcionamento. Estão cheios de aparelhagem eletrônica, a coluna de controle não existe – em vez dela, há uma espécie de joystick. Portanto, o processo de reaprendizagem dos pilotos será bem mais barato. 

O aeroporto de Domodedovo prepara-se a receber estes aviões, cuja envergadura de asas é cerca de 80 metros. A manutenção de um avião deste tipo vai exigir um elevado nível de preparação, afirma Aleksei Komarov, presidente do conselho de redação da Resenha de Transportes Aéreos.

Os problemas estão relacionados não somente com as dimensões do A 380: a manutenção rápida deste avião requer dispositivos especiais – escadas de grande altura ou os chamados portões de dois níveis. A direção do aeroporto de Domodedovo está empenhada agora em resolver as questões de equipamento do aeroporto, pois os primeiros A 380, pertencentes a companhias estrangeiras, podem surgir na Rússia já no próximo ano.

A companhia aérea Aeroflot também enfrenta a necessidade de ampliar o seu parque aeronáutico. Os representantes da companhia declararam no Salão Aeroespacial Internacional deste ano que a companhia pretende adquirir estes gigantescos aviões. Agora é a vez dos aeroportos – é preciso preparar as estruturas para receber estes aviões também em outras cidades. Por enquanto, as duas companhias aéreas russas pretendem utilizar os A 380 somente em voos internacionais.

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