quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Piraíba fisgada por um jovem no Rio Araguaia


O jovem Pedro Daer (de óculos escuros) e o piloteiro Tatinha com a Piraíba fisgada no Rio Araguaia. / Divulgação
O jovem Pedro Daer (de óculos escuros) e o piloteiro Tatinha com a Piraíba fisgada no Rio Araguaia. / Divulgação
Especial para a Folha
Edvalder Morais
Olha gente, vocês podem não acreditar, mas um jovem passense fisgou e tirou da água uma linda piraíba de mais de 1 metro. Sinto-me orgulhoso, porque o conheço desde pequeno. E o que acho mais bonita é a felicidade com que ele solta os peixes, depois de tirar algumas fotos, lógico.

Antes de ir ao Araguaia, ele me disse que iria navegar canto a canto no rio até encontrar uma boa piraíba. Disse a ele: “isso mesmo, quem não luta não vence”. Então ele foi.

Na volta, esteve comigo eu perguntei: “Pedro como foi a pescaria?” Pedro respondeu: “Foi ótima. No terceiro dia de pesca no Rio Araguaia, nas proximidades de Luiz Alves (GO), eu e meu pai Hilton Daer buscávamos a piraíba. Já havíamos perdido várias e capturado algumas pequenas . O rio estava ainda muito cheio para a época. Paramos em um cardume de matrinxãs e, enquanto brincávamos com elas, vimos uma piraíba pular abaixo de onde estávamos. Colocamos as iscas, soltamos no local e esperamos o ataque do peixe. Cerca de duas horas de espera, até que a vara começou a deitar lentamente. Meu coração foi na garganta. Quando me dei conta, o guia Tatinha já havia soltado o barco e o peixe descia o rio com uma velocidade incrível. Foram mais de 30 minutos de briga até que vimos pela primeira vez a cauda do peixe, numa aparição digna de ser chamada de "tubarão de águá doce".

Ao contrário de outros peixes de couro, a piraíba (ou filhote - até 60 kg) briga na superfície com corridas longas, subindo ou descendo o rio e passando por baixo do barco.

Quando o peixe se cansou, o piloteiro dirigiu o barco para uma praia de areias brancas onde as turvas águas do Araguaia se acalmava.

“Fizemos as fotos e medimos o exemplar: 1m43. O mais emocionante foi o momento da soltura, quando a fera se despediu de nós com sua nadadeira dorsal cor-de-prata, provando que ainda tem que crescer muito e garantir a perpetuação da espécie que representa o maior bagre do Brasil”, contou.

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