O Brasil Grande e os Índios Gigantes. Documentário. Instituto Socioambiental, 1995
As fotografias mais conhecidas dos índios Panará, também conhecidos como Krenakore ou Kranhacãrore,
foram feitas pelo fotógrafo Pedro Martinelli (1950). Pedro começou sua
carreira no final dos anos 1960, em São Paulo, como repórter fotográfico
na Gazeta Esportiva e no Diário do Grande ABC. Em 1970, foi morar no
Rio de Janeiro, onde trabalhou nos jornais O Globo e Última Hora.
No ano seguinte foi enviado pelo O Globo
à região do rio Peixoto de Azevedo, na fronteira do Mato Grosso com o
Pará, para acompanhar a expedição chefiada pelos irmãos Cláudio e
Orlando Villas Bôas em busca dos chamados “índios gigantes”, que só
foram contatados quase três anos depois. Na mesma expedição se
encontrava o fotógrafo italiano Luigi Mamprin, que trabalhava para a
revista Realidade.
Em 1975, tornou-se fotógrafo do Palácio do Governo de São Paulo. Dois anos depois, começou a trabalhar na revista Veja, onde foi fotógrafo e editor. No período de 1983 a 1994, tornou-se diretor do Serviços Fotográficos do Estúdio Abril.
Desde então, trabalha exclusivamente como fotógrafo independente, focado na documentação dos habitantes da Amazônia.
Ainda que a questão indígena não seja o foco central de sua obra, mas o homem amazônico em geral, suas fotografias entre os Panará
possuem grande relevância histórica por terem documentado a saga deste
povo em dois momentos cruciais de sua trajetória: o do primeiro contato,
em 1973, e o do retorno às suas terras de origem, em 1995, após terem
passado 22 anos vivendo “exilados” no Parque Indígena do Xingu.
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