Polícia Civil apreende novos documentos na prefeitura de Campinápolis MT
Novas buscas foram realizadas na terça-feira (10.06) na prefeitura municipal de Campinápolis (658 km a Leste), na operação “Varredura” da Polícia Judiciária Civil, deflagrada com o objetivo de apreender documentos referentes a licitações, empenhos e pagamentos realizados nos anos de 2005 a 2008. O executivo municipal é investigado há mais de três meses por desvios de verbas públicas. O dinheiro era desviado por meio de esquema fraudulento de alteração na folha de pagamento dos servidores. A estimativa é que cerca de R$ 500 mil tenham sido desviados dos cofres do município.
Em abril a polícia realizou a primeira apreensão de documentos que foram analisados pela Auditória Geral do Estado (AGE/MT). O relatório encaminhado à polícia comprovou o desvio de verbas de no valor de R$ 100 mil, referente a pagamento não autorizado de 13º salário e apontou novas irregularidades na administração municipal, em especial na área de limpeza pública e na concessão de diárias a servidores municipais.
Onze caixas arquivos contendo processos de licitação, empenhos e pagamentos de despesas e diárias concedidas no período de 2005 a 2007, foram apreendidas e serão periciadas. O próximo passo da investigação é apurar irregularidades cometidas em processos licitatórios, pagamentos de diárias e contratos de prestação de serviços irregulares, como o pagamento de R$ 150 mil para uma empresa terceirizada de poda de árvores.
O delegado Rodrigo Bastos da Silva, que preside as investigações, disse que chama atenção à prefeitura ter servidores contratados para fazer limpeza e mesmo assim há contratos, com pagamentos exorbitantes, para realização de limpeza pública na cidade. As notas entre R$ 3 e 4 mil, eram emitidas em nome de pessoas, usadas como “laranja” no esquema de desvio de verbas. “Esses prestadores de serviços, são pessoas humildes, semi-analfabetas que não tinham noção da ilegalidade”, destaca Rodrigo.
Quatorze pessoas envolvidas no esquema foram ouvidas e serão indiciadas nos crimes de peculato e formação de quadrilha. Os fraudadores são servidores públicos e figuram entre eles: a chefe do departamento pessoal da prefeitura Marta Barbosa de Souza, os secretários de administração, de finanças e o secretário pessoal do atual prefeito de Campinápolis, Altino Vieira de Rezende Filho.
“Dependendo do resultado da segunda perícia o prefeito poderá ser investigado, assim como outros servidores”, finaliza o delegado Rodrigo Bastos.
AGUABOANEWS/Jornal Documento
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