Grupo de Trabalho pressiona produtores para diminuição de queimadas no Norte Araguaia
Em uma reunião convocada pelo Grupo Especial de Trabalho que vem viajando por todas as regiões do estado para divulgar o novo Plano de Ações para Prevenção às Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais de MT, representantes de diversos municípios puderam perceber a rigidez com a qual a ação será desencadeada.
O grupo é coordenado pelo Major do Corpo de Bombeiros Érico Péricles de Castro que está trabalhando na SEMA. Outras 14 localidades devem ser visitadas, fechando o total dos 15 Consórcios de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental que inclusive foi o promotor do evento e responsável por trazer representantes dos segmentos interessados.
O coordenador quis deixar claro a todos os presentes que as ações, a partir de agora, serão muito mais diretas e eficientes, principalmente porque o programa prevê a união de todos os órgãos e secretarias que de alguma maneira estejam ligadas as questões ambientais ou de segurança do estado.
Em alguns momentos o programa pode inclusive ter o apoio das forças armadas que devem dar suporte aéreo para coordenar e checar as áreas de atuação onde as equipes de terra devem autuar os proprietários que tenham áreas queimadas em sua propriedade.
Segundo o Major Hector, já são mais de 40 viaturas engajadas no programa, todas elas com a presença de pelo menos um policial militar e um bombeiro armado. A idéia é que os fiscais tenham segurança e adentrar as fazendas e florestas que foram apontadas pelos satélites e checadas pelo sobrevôo das aeronaves sem serem coagidos pelos moradores.
O Plano de Ação prevê também uma base aérea no município de São Felix do Araguaia, de onde partirão os aviões e helicópteros. O comando, porém, ficará em Cuiabá onde a Sala de Situação coordenará as ações em todo o estado.
Entre os órgãos envolvidos nessa ação estão as Superintendências de Fiscalização, Educação Ambiental, Biodiversidades e Defesa Civil, além da Coordenadoria de Gestão do Fogo da Sema; Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA); Polícia Militar; Corpo de Bombeiros, Ministério Público Estadual; MT Regional; Prefeituras; Famato; Incra; Intermat; Fetagri; Funai; Ibama e outros.
PRESSÃO – A apresentação em Confresa foi bem direta às lideranças dos assentamentos e dos proprietários de terra. O recado é que as operações além de autuar também irão prender os assentados que insistirem em queimar. Com a estrutura montada, as equipes terão total apoio para saber de quem é a área queimada para rapidamente levar o proprietário preso. Não será uma blitz ou uma ação passageira, é um trabalho permanente que acontecerá até semanas após o encerramento da época de proibição de queimadas.
Fonte: Luciano Silveira/Jornal O Parlamento/Publicado por Kassu.
