domingo, 28 de setembro de 2008

SOS Pirarucu é desenvolvido na região do Araguaia



Mato Grosso é conhecido pelas riquezas naturais e principalmente por abrigar três biomas bem definidos (Amazônia, Cerrado e Pantanal), além de concentrar 6% da água doce do mundo. Neste sentido, várias são as iniciativas que o Estado tem desenvolvido buscando incentivar a preservação ambiental, a valorização dessas riquezas e o resgate histórico de algumas regiões como a do Araguaia, por exemplo. O projeto Berohokã - que na língua Carajá significa o ‘Grande Rio’-, tem como objetivo documentar o rio Araguaia desde suas nascentes, até sua foz, no estado do Tocantins. Junto a este trabalho o MT Regional desenvolve a ação ambiental ‘SOS Pirarucu’, que teve início nessa quinta-feira (25), na região do Araguaia, salvando peixes dessa bacia e transportando as espécies para lagoas onde há maior volume de água.

“Com essa ação esperamos realizar o salvamento de aproximadamente três mil peixes, o que será, uma grande contribuição à natureza, garantindo a preservação de futuras matrizes além de conscientizar a comunidade local sobre a importância da espécie pirarucu na região”, disse a bióloga Cristiany Canavarros, que é coordenadora da piscicultura do MT Regional, ao citar que nesta sexta-feira (26.09) a equipe estará no Lago do Jacaré II (distante 70 km do município de Luciara e o Lago do Osvaldo, localizado a 46 Km deste mesmo município).

Para Canavarros, a iniciativa de associar os dois projetos além de integrar ações em prol do Meio Ambiente, fortalece o objetivo do Estado em fomentar esse tipo de iniciativa. “A preocupação em salvar vidas nos rios tem sido constante e no ano passado mais de 400 exemplares de pirarucus foram resgatados nos municípios de Luciara, São Félix do Araguaia e Novo Santo Antônio. O governo do Estado tem propiciado o desenvolvimento dessas ações ambientais e dado todo suporte necessário para o sucesso de projetos como o SOS e o Berohokã”, argumentou a bióloga.

Já o proponente do Berohokã, Luiz Jacarandá, diz que a iniciativa partiu da necessidade em documentar uma das maiores riquezas naturais de Mato Grosso, o rio Araguaia. “Nasci na margem direita do Araguaia, numa cidadezinha chamada Balila (no estado de Goiás), de frente para Torixoréu já em Mato Grosso e detectamos que não existia nenhum trabalho especial sobre o Araguaia. Então nos unimos e propomos ao Governo do Estado desenvolver um projeto que consiste em um livro arte e que vai levar todas essas fotos das viagens pelo rio na cheia, o rio na seca, uma divisão do livro será sobre a culinária local, os povos indígenas, a cultura do peixe e uma série de outras divisões”, explicou Luiz Jacarandá.

Berohokã – ‘O Grande Rio’

O objetivo principal deste projeto cultural é mostrar a beleza do lugar, a riqueza natural, a diversidade ecológica, como por exemplo, os festivais de praia que transformam o rio na época do mês de julho. “Em trinta minutos de vôo em determinado momento do Araguaia, você consegue visualizar mil praias inóspitas, pois, o rio todo ano constrói a praia num lugar diferente. Depende da correnteza, da última enchente, enfim. Não existe isso em nenhum outro lugar do Brasil. Esse projeto Berohokã vai se transformar em ferramenta de estudo para as universidades, pesquisadores e ambientalistas de todo o país”, afirmou Jacarandá.

Fonte: 24 Horas News.

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