Sem delegados e sem estrutura, investigadores do Norte Araguaia aderem à greve
Os investigadores de Mato Grosso iniciaram hoje uma greve por prazo indeterminado. As reivindicações são as mesmas feitas há anos, desde o inicio da gestão de Blairo Maggi as negociações são realizadas e na maioria dos casos não são concretizadas.
A categoria negocia para o aumento do salário de R$ 1.200 que hoje é pago pelo estado. Os investigadores alegam estarem desmotivados em enfrentar o dia-a-dia de alto risco por um salário, no entendimento deles, irrisório. Além disso, pedem melhoria nas condições de trabalho e auxilio para aqueles que são enviados ao interior. A situação do Norte Araguaia é ainda pior, os policiais não recebem nenhum tipo de beneficio para atuarem em regiões distantes de suas cidades, tendo que pagar aluguel e outros custos que não teriam caso permanecessem em suas residências.
A segurança publica do Norte Araguaia não esta sendo levada a sério pelo Governo Blairo Maggi que insiste em desprestigiar a região deixando toda esta população desprovida de qualquer medida que assegurasse o dever do Estado em prover segurança aos seus cidadãos.
IMPRATICÁVEL – Para um total de 13 municípios há apenas 1 delegado, que é o próprio Delegado Regional. Dr. Ronan Villar foi enfático na entrevista que concedeu ao programa “Jornal O Parlamento em Noticias” na tarde de hoje, “está impraticável oferecer segurança à população”, declarou ele. Em tom de desabafo e durante mais de meia hora o delegado apontou os diversos problemas pelos quais passam os policiais civis, praticamente apoiando o movimento grevista dos investigadores.
Ainda durante a entrevista Dr. Ronan conclamou a sociedade a participar da atividade de segurança publica apontando, como uma das soluções, a criação dos Conselhos de Segurança – CONSEGs. Para o Delegado, o Estado não vai fazer nada mais por nós do Araguaia, eles acreditam que formar policiais e delegados e enviar para nossa região é política de segurança pública, mas ainda falta o principal que é manter esses homens e mulheres na região para as quais foram designados.
A colocação do chefe da policia civil no Araguaia é pertinente já que em Novembro de 2007 dezenas de policiais civis e delegados chegaram para trabalhar na região, porem hoje, com menos de 1 ano, não há mais delegados e o numero de investigadores continua cada dia diminuído. Em Confresa dos 6 policiais que chegaram talvez apenas 1 permaneça na Delegacia até o final deste ano.
Fonte: Luciano Silveira / Jornal O Parlamento

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