Nova ponte do Guaíba não causará a desativação da atual
Concepa afirma que as duas estruturas poderão ser usadas para escoar o fluxo de 30 mil veículos diariamente
Zero Hora teve acesso à maquete de um dos possíveis projetos para o futuro da principal ligação entre Porto Alegre e a metade sul do Estado
Foto: Tadeu Vilani![]()
Porto Alegre poderá ter a sua Ponte Hercílio Luz com a construção da nova passagem que ligará a Capital à metade sul do Estado? Para a direção da Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre (Concepa), que administra o vão móvel e projetou a nova travessia, não.
Aatual estrutura não será desativada tão cedo, tornando-se apenas um cartão-postal, como ocorre com a ponte que liga a ilha ao continente, em Florianópolis (SC). Construída em 1926, a Hercílio Luz foi totalmente desativada no começo dos anos 90.
— A Ponte do Guaíba precisa operar. Ela dá acesso direto à Avenida Sertório e à comunidade da Ilha do Pavão. O vão móvel permanecerá sendo usado, com menos problemas, como as paralisações de trânsito para as manutenções — afirma o diretor de engenharia da Concepa, Thiago Vitorello.
A travessia Getúlio Vargas é responsável pelo escoamento de 30 mil veículos por dia. A ponte é içada 500 vezes por ano, para a passagem dos navios. Com o aumento intenso da circulação de veículos e os problemas de manutenção, começou a ser discutida uma solução para a cinqüentenária passagem e a busca por alternativas para ampliar a estrutura viária na região.
Pelo projeto feito pela Concepa, a nova estrutura ligará a atual interseção da Rua Dona Teodora com a freeway até o canal do Saco da Alemoa. As quatro pistas alcançariam 40 metros de altura, o necessário para a passagem das embarcações sem precisar usar o atual sistema de içamento.
— Esse local foi escolhido pela excelente mobilidade de logística. Ligará diretamente à duplicada Dona Teodora e à Terceira Perimetral. Será criada uma alternativa para diminuir o trânsito na Castelo Branco — explica Vitorello.
A obra, orçada em R$ 250 milhões, seria feita com recursos da Concepa, que tenta pressionar o governo federal a negociar o prolongamento do contrato de concessão para mais 20 anos. A outra alternativa é incluí-la no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), executando o empreendimento com verbas públicas. O governo deverá iniciar estudos técnicos no começo de 2009.
Pelo projeto da nova travessia, a estrutura será estaiada, seguindo um padrão mundial para esse tipo de construção – mesclando suporte inferior de pontes fixas e pênsil, com suporte por cabos suspensos por duas torres de 105 metros cada, por onde passariam as embarcações. Segundo Vitorello, o empreendimento levaria de quatro a cinco anos para ser executado.
— É uma evolução da engenharia, que permite tornar a obra muito mais ágil e com menos impacto ambiental — esclarece o diretor da Concepa.
ZERO HORA

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