domingo, 14 de dezembro de 2008

PERCY FAWCETT - Lendário desbravador que sumiu em MT ‘vira’ filme

Ator hollywoodiano Brad Pitt viverá papel do inglês e deve aportar no Estado

KEITY ROMA
Da Reportagem/Diário de Cuiabá

Passados 83 anos do desaparecimento do coronel inglês Percy Harrison Fawcett em terras mato-grossenses, a misteriosa história será tema de uma nova produção hollywoodiana. Em “The Lost City of Z”, o ator Brad Pitt interpretará o aventureiro que intrigou o mundo na década de 20 ao sumir na selva amazônica e fez da Serra do Roncador, no leste de Mato Grosso, um lugar envolto em lendas, curiosidade e misticismo.

O filme de ação dirigido por James Gray é baseado no livro do escritor do jornal The New York Times, David Grann. Essa não é primeira vez que Fawcett serve como fonte de inspiração. Indiana Jones teria sido criado com base nos relatos dele, e inspirado George Lucas. Por trás do livro “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle, também estaria a figura do coronel inglês desbravador.

A crença de que poderia encontrar uma “cidade perdida” na região norte de Mato Grosso levou Fawcett a se aventurar pela área com o filho Jack, e uma espécie de secretário, Raleigh Rimell. A idéia surgiu com a leitura de um documento na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, escrito em 1753 pelo bandeirante João da Silva Guimarães, que falava sobre o assunto, e que Fawcett interpretou como um sinal.

Em 1921, o coronel veio a Mato Grosso, mas fracassou em seu projeto por falta de estrutura para explorar a floresta. Quatro anos se passaram e, em 1925, apoiado pela Real Sociedade Geográfica de Londres e pela família real, Fawcett iniciou sua expedição. Em 1908, Fawcett pisou em terras brasileiras com o propósito de demarcar a fronteira entre Brasil e Bolívia. Na época, relatou a amigos que viu na selva anacondas gigantes e macacos que atacavam gente.

O já falecido servidor do Serviço de Proteção ao Índio, órgão substituído pela Funai, Álvaro Duarte Monteiro, foi um dos cuiabanos que conheceram a figura lendária. No ano de 1996, em uma entrevista ao Diário, ele revelou que Marechal Rondon advertiu o presidente Artur Bernardes de que o inglês se perderia na Floresta Amazônica e que seriam necessárias buscas para encontrá-lo.

O resultado da aventura não foi outro. Na década de 30, quando Monteiro foi promovido a chefe do SPI, foi responsável por diversas buscas pelo trio desaparecido. A última carta enviada por Fawcett à esposa Nina é datada do dia 30 de maio de 1925. Ele relatou que estaria nas margens do rio Manitsauá, informação que é contestada.

O mistério já levou diversas expedições com grupos nacionais e internacionais ao local, desde a época do fato até os últimos anos, e também embasa teorias e lendas sobre qual teria sido o fim do coronel e dos dois acompanhantes. Uma delas resultou no livro de Hermes Leal, “Coronel Fawcett, a verdadeira história de Indiana Jones”. Uma das hipóteses, em que algumas pessoas afirmam acreditar, é o grupo ter atingido seu propósito e encontrado a imaginária “cidade perdida” na região da Serra do Roncador. Outra versão, mais aceita, é a de que ele tenha sido morto por indígenas que viviam na área.

O sertanista Orlando Villas Boas comandou expedições na década de 50 para a região, que hoje está localizada dentro do Parque Nacional do Xingu, e teria descoberto, durante uma conversa com um cacique kaiabi, o motivo pelo qual os indígenas mataram o coronel, Jack e Raleigh.

Fawcett teria cometido duas faltas no período em que esteve na aldeia dos calapalos, enquanto tentava ir para a Serra do Roncador. Além de não cumprir uma promessa de presentear os índios, ele teria batido em um indiozinho que mexeu em seus pertences. Ofendido, o pai do garoto atacou Fawcett e seus dois acompanhantes, que tentaram defendê-lo.

O cacique teria mostrado a Villas Boas onde estava a ossada do coronel, enterrada embaixo de uma árvore. De fato os restos mortais foram encontrados e, então, encaminhados para o médico legista Daniel Munhoz, da USP. O resultado do laudo não chegou a ser divulgado.

1 Comentário:

Simone Mires disse...

A narrativa é entrecortada por cenas de ação em grande escala, enquanto a fotografia resgata a granulação da película e a fotografia em cores quentes que transforma o céu num borrão amarelado. Falar do Charlie Hunnam significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. Eu amo os filmes com charlie hunnam O mesmo aconteceu com esta produção, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.

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