sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Resumo de Notícias Agrícolas - 12/12/2008

Soja deve sofrer pressão extra na colheita em MT

12/12


Uma pressão maior sobre preços da soja do que tradicionalmente ocorre durante a colheita é esperada na safra 2008/09 em Mato Grosso, devido ao atraso atual na comercialização antecipada e às condições de mercado em meio à crise financeira, disseram analistas.

Mas agricultores prometem resistir a vendas a "preços vis", inclusive com protestos e bloqueios, caso a conjuntura não melhore ou se os compradores não aceitarem pagar valores adequados, de acordo com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o Estado que normalmente mais se adianta na comercialização da oleaginosa no país.

Nesta mesma época do ano passado, segundo a consultoria Céleres, os produtores de Mato Grosso tinham vendido cerca de 50 por cento de sua produção antecipadamente. Mas agora, com as incertezas geradas pela crise de crédito, negociaram apenas 30 por cento do volume previsto para a temporada 08/09, cuja colheita no Estado ganha força nos primeiros meses de 2009.

"Existe a pressão normal de colheita. E como agora tem esse ritmo lento (de comercialização antecipada), isso pode ser um agravante, pode ser que isso traga uma pressão maior de preços (durante a colheita)", disse à Reuters o analista da Céleres Leonardo Menezes, ao ser questionado sobre o assunto.

A situação no Mato Grosso, o maior produtor brasileiro de soja, com uma safra 08/09 estimada em mais de 16 milhões de toneladas, é de "tensão", disse um outro analista.

"As tradings estão muito devagar, poucas dispostas a tomar alguma coisa. O produtor (de Mato Grosso), pouco vendido e muito endividado, está com a corda no pescoço. Boa parte da negociação deve acabar ocorrendo na boca da safra", destacou o segundo analista, que preferiu não ser identificado.

Com um volume maior do produto indo ao mercado no mesmo momento, a pressão de preços tende a se intensificar.

Depois de plantar a safra ainda na esteira dos elevados preços anteriores à crise, que se refletiram elevados custos de produção, especialmente com fertilizantes, o produtor agora enfrenta dificuldade para negociar a sua safra a valores superiores ao que gastou.

DIFICULDADE PARA PAGAR DÍVIDA

Quem tem condição financeira de segurar a venda, na expectativa de uma reviravolta no mercado que impulsione os preços, segura. Quem não tem condições de aguardar, pode estar deixando de cumprir obrigações. Recentemente, houve casos de arresto de máquinas agrícolas no Estado.

"Como é que vai pagar o maquinário? Se o cara não deu conta nem de adubar a soja que ele plantou. Se não está dando conta nem de fazer a revisão nas colhedeiras para colher, imagina se vai conseguir pagar a prestação?", disse o presidente da Aprosoja-MT, Glauber Silveira, à Reuters, lembrando que continuam os arrestos de máquinas e agora alguns bancos estão colocando pessoas na lista de devedores.

Apesar dessa situação, Silveira não acredita que o preço na boca da safra possa ser inferior aos atuais. Ele lembrou que na temporada 07/08 quem vendeu mais tarde se deu melhor.

"Claro tem um momento de recessão, ninguém está interessado em ficar comprando, em se antecipar. Agora, tem um mercado real. Mais perto da safra, quando o mundo todo estiver voltado para a safra da América do Sul, acredito que os preços devam melhorar", opinou.

"Agora está muito baixo (o preço). Mas acredito que a soja deve reagir para cima, não como era antes, mas deve reagir para patamares maiores, porque ninguém vai entregar a produção a valores que não cubram o custo de produção", acrescentou ele.

Segundo Silveira, "os produtores não vão deixar sair de Mato Grosso a soja vendida a um preço vil". "Vai acontecer o que aconteceu naquele ano, trancar trading, trancar estrada, porque o produtor pensa assim: "comprei o adubo a 900 dólares e agora o mesmo adubo está 400 dólares, e quem me vendeu é essa trading que está comprando a minha soja", então o cara está muito bravo."

Em 2006, em um momento de crise, os produtores do Estado realizaram bloqueios de estradas para protestar por apoio do governo, num momento de crise. Em seguida, o Ministério da Agricultura anunciou uma subvenção ao escoamento, o que a Aprosoja-MT avalia como necessária na atual situação.

Reuters


Nim é opção no controle da lagarta-do-cartucho

12/12
O Dia de Campo na TV desta semana falará sobre o uso do nim para controle da lagarta-do-cartucho do milho. O programa será exibido sexta-feira, 12 de dezembro, pelo Canal Rural (NET/SKY) a partir das 9h, com reapresentação no domingo (14), às 8h pela NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo ou por parabólica). A produção é da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília – DF), em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas – MG), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O programa mostrará que a planta do nim, originária da Ásia e cultivada em vários países das Américas, África e Austrália, tem revelado acentuada atividade inseticida para várias espécies de pragas, incluindo a lagarta-do-cartucho, a que mais ataca a cultura do milho no Brasil. O pesquisador convidado, Paulo Afonso Viana, explicará como as substâncias encontradas no nim são eficazes contra a lagarta, além de mostrar os processos de produção e aplicação do inseticida biológico. A utilização do extrato de nim na dieta de lagartas criadas em laboratórios da Embrapa Milho e Sorgo apresentou eficiência de 100% no controle da praga. Ele também responderá, ao vivo, as perguntas dos telespectadores.

Apelo ambiental

A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) é a mais importante praga do milho no Brasil. O seu ataque ocorre em todos as etapas de desenvolvimento do milho, cujas perdas podem reduzir a produção em até 38%. O controle dessa lagarta tem sido realizado com inseticidas sintéticos, geralmente de custo elevado, com alto risco de toxicidade e de contaminação ambiental. O uso de extratos de plantas podem ser alternativas a esses inseticidas. Podem contribuir também para a redução dos custos de produção das lavouras, diminuindo os riscos ambientais e a dependência dos inseticidas sintéticos.

Paulo Viana conta que o efeito toxicológico do nim é bastante seguro para o homem. "Estamos na fase de encontrar um pacote tecnológico para pequenos agricultores, definindo o número de aplicações e equipamentos corretos".

O Dia de Campo na TV também apresenta outros assuntos nos quadros que estrearam este ano: Falando Sobre, Na Prática, Terra Saudável, Conhecendo a Embrapa, Sempre em Dia e Perguntas & Respostas.

O público pode participar de forma interativa. As dúvidas sobre a tecnologia apresentada são respondidas ao vivo. Os telespectadores podem fazer perguntas pelo telefone 0800 648 1140 (ligação gratuita de qualquer telefone) ou pelo endereço eletrônico diacampo@sct.embrapa.br

Como sintonizar o programa:

Antena parabólica doméstica (Banda L, Freqüência 1220 Mhz); Recepção multiaberta (Banda C, Transponder 6A2, Polarização Horizontal, Freqüência 3930 Mhz). Pelo Canal Rural – NET, SKY e parabólica (Transponder 12A2, Polarização Horizontal, Freqüência 4171 Mhz).

Pela NBR - TV do Governo Federal - Saiba como acessar

Para aqueles que não puderem assistir ao programa, a Embrapa Informação Tecnológica disponibiliza cópias em DVD ou VHS que podem ser adquiridas pelos telefones: (61) 3340-9999 / 3448-4236, ou pela Livraria Virtual – www.sct.embrapa.br/liv/

A matéria principal do programa pode ser assistida também pelo site (www.sct.embrapa.br/diacampo). Na página está disponível a grade completa com a programação já exibida em 2006, 2007 e 2008, além de alguns programas dos anos anteriores, histórico, galeria de fotos e notícias.

Mais informações:

Embrapa Milho e Sorgo
www.cnpms.embrapa.br
Jornalista: Guilherme Viana (MTb/MG 06566 JP)
Telefone: (31) 3027-1223
E-mail: gfviana@cnpms.embrapa.br



Palestra revela otimismo para o agronegócio em 2009

12/12
Fabiane Sato e Tatiane Queiroz/ estagiária

Otimismo. Essa foi a visão apresentada pelo engenheiro agrônomo e doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/ USP, Alexandre Mendonça de Barros, na palestra “Cenário do Agronegócio: perspectivas, ameaças e oportunidades” apresentada na manhã desta quinta-feira (11), no auditório da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL).

Mendonça apresentou as projeções do agronegócio para 2009, debatendo a evolução das exportações, o balanço de oferta e demanda e a situação do mercado futuro para as principais commodities brasileiras. “Não acredito que o próximo ano seja tão ruim”, afirma o palestrante que também ressalta que todo esse otimismo só é possível se o consumo mundial não sofrer quedas consideráveis. Revela ainda que a maior preocupação em relação as commodities brasileira será com algodão e milho no próximo ano.

Apesar da visão otimista, Mendonça alerta para a questão da restrição na oferta de crédito como reflexos da crise mundial. “O produtor rural precisa estar atento para isso e direcionar seus investimentos. Essa é uma questão delicada”.

O seminário fez parte do ciclo de palestras “Novos horizontes para o agronegócio” promovido pela FAMASUL, e pelo Serviço nacional de Aprendizagem Rural de MS (SENAR/MS), com o patrocínio do SEBRAE/MS.

Pantanal News


Usda indica queda na produção mundial de soja


12/12
A produção mundial de soja foi revista para 234,65 milhões contra as 235,74 milhões de toneladas, estimadas em novembro. É o que aponta o relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). De acordo com documento, os estoques finais passaram de 54,06 milhões para 54,19 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo subiu para 23,3%.

A produção americana de soja foi mantida em 79,49 milhões de toneladas. Os estoques finais norte-americanos igualmente foram mantidos com os números do relatório de outubro, ou seja, 5,58 milhões de toneladas. A produtividade média prevista é de 2.641 kg/hectare.

No caso do Brasil, o Usda retificou a produção brasileira para 59 milhões toneladas. Já em relação à Argentina, os números de oferta e demanda apresentaram poucas alterações. A produção foi mantida em 50,50 milhões de toneladas. As exportações foram reduzidas de 15,20 milhões para 14,70 milhões de toneladas. Já os estoques finais foram estimados em 22,78 milhões de toneladas.

O Usda ainda reduziu a base de preços na safra 2008/09, projetando entre US$ 18,18/saca e US$ 21,49/saca de 60 kg.

Consumo de milho é revisto para baixo

O consumo americano de milho foi reavaliado para 263,79 milhões de toneladas: uma redução de 6,3 milhões de toneladas. Conseqüentemente, o estoque final passou para 37,44 milhões de toneladas.

A produção americana foi mantida em 305,32 milhões de toneladas. Já as exportações do grão foram reduzidas de 48,26 para 45,72 milhões de toneladas.

O relatório de dezembro manteve as estimativas para a Argentina. A produção projetada é de 18 milhões de toneladas e exportações de 10,50 milhões de toneladas.

Quanto ao Brasil, o Usda reduziu a produção brasileira para 53,50 milhões de toneladas. As exportações passaram para 9,50 milhões de toneladas e o estoque final previsto em 10,24 milhões de toneladas.

Já a China deverá produzir 160 milhões de toneladas. Para União Européia, a estimativa de produção é de 60,92 milhões de toneladas.

A produção mundial do grão está estimada em 785,90 milhões contra 781,36 milhões de toneladas constantes do relatório de outubro. Quanto aos estoques mundiais, as estimativas foram reavaliadas em 123,83 milhões, contra 110,13 milhões de toneladas do relatório anterior. De acordo com o USDA, a relação estoque final/consumo mundial é de 15,7 %. É o que indica o relatório do USDA de dezembro.

Trigo tem novos números

Em relação ao trigo, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) aponta alterações. A produção mundial está prevista em 683,98 milhões contra as 664,2 milhões de toneladas do relatório de novembro.

O consumo mundial foi reavaliado para baixo. Com isso, passou de 621,07 milhões para 620,82 milhões de toneladas. Já os estoques finais passaram de 145,25 milhões para 147,35 milhões de toneladas.

A produção americana de trigo foi estimada em 68,03 milhões de toneladas. O consumo está previsto em 35,16 milhões de toneladas e as exportações foram mantidas em 27,22 milhões de toneladas.

No caso da Argentina, a produção foi reavaliada de 11 milhões para 10,5 milhões de toneladas. As exportações passaram de 5,80 milhões para 5,30 milhões de toneladas.

Em relação ao Brasil, a produção passou de 5,4 milhões para 5,8 milhões de toneladas. As importações brasileiras do cereal foram estimadas em 7 milhões de toneladas e estoques finais de 1,14 milhão de toneladas.

Faep (Federação da Agricultura do Paraná)



Indústrias de processamento de milho se instalam em Luiz Eduardo Magalhães na Bahia
11/12
Priscila Machado

A partir de 2009 a Bahia começará a processar 360 mil toneladas de milho por ano. Apesar de ser o maior fornecedor do grão no Nordeste - a produção estimada na safra 2008/2009 é de 1,95 milhão de toneladas - o estado ainda não havia conseguido verticalizar sua produção. As pioneiras a se instalarem na região serão as indústrias alimentícias São Braz, da Paraíba, e a Coringa, de Alagoas.

Além da proximidade com a matéria-prima, a escolha foi estimulada pelo governo da Bahia que está reunindo esforços para verticalizar sua produção agropecuária por meio de incentivos fiscais e financeiros.

A unidade da Coringa será instalada no Município de Luis Eduardo Magalhães, oeste do estado. A empresa está fazendo um investimento da ordem de R$ 30 milhões e prevê um faturamento anual de R$ 200 milhões com a nova unidade que irá beneficiar 165 mil toneladas de milho.

A São Braz está recebendo o terreno e conseguindo licenciamento ambiental para a construção de unidade na região de Barreiras. De acordo com Eujácio Simões, superintendente de agronegócios da Secretaria de Agricultura da Bahia, a empresa já está estocando o grão e no segundo semestre de 2009 irá iniciar o processamento de 200 mil toneladas por ano.

Simões conta que a Bahia produziu na última safra 1,3 milhão de toneladas de milho e que todo volume era levado para ser processado fora do estado e voltava para ser consumido lá dentro. "Calculamos que com a economia na redução dos custos e a adição de valor agregado vamos evitar uma evasão de divisas de R$ 300 milhões por ano", disse.

Caso as novas unidades usem desde o primeiro ano de operação toda a capacidade de produção elas irão demandar juntas cerca de um terço de atual produção de milho do oeste da Bahia, mas isso não parece animar os produtores da região que deverão reduzir a safra do grão em mais de 100 mil toneladas.

De acordo com Alex Rasia, diretor executivo da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a possibilidade de processar a matéria-prima na região deve diminuir o peso do custo de logística e melhorar a remuneração do produtor, mas isso é uma visão de longo prazo já que agora o agricultor local enfrenta problemas de endividamento e está mais preocupado em como irá conseguir financiamento para a próxima safra. "Hoje a influência da indústria é pequena para interferir na decisão de plantio do produtor", avalia Rasia.

Mesmo com a crise o superintendente de agronegócio da Bahia mantém as perspectivas otimistas para o desenvolvimento de projetos agroindustriais na região. No entanto, vários dos empreendimentos previstos dependem de crédito, hoje escasso no mercado, para seguir adiante.

Um dos exemplos é o complexo bioenergético da Bahia, fundamental para o aquecimento da demanda por oleaginosas. Hoje no estado há três projetos em fase de captação de recursos, das companhias Bioclean, Global e Biofuel. A Seagri calcula que, em funcionamento, essas indústrias poderiam processar juntas cerca de 1,5 milhão de toneladas de algodão e soja. "Ainda não há previsão para que elas comecem a funcionar, mas todas têm licença ambiental, já foram aprovados os incentivos e já adquiriram terreno", afirma Simões.

Uma das estratégias adotadas no estado para se verticalizar é a organização de visitas de investidores potenciais. Segundo Simões, um dos mercados que se abre é a China, que além de ter demanda é atraída pela logística que facilita a exportação. O superintendente lembra que no primeiro trimestre de 2009 será feita a licitação para a implantação da ferrovia Oeste-Leste que ligará a região de Barreiras a Ilhéus. A expectativa é a de que o primeiro trecho, de 300 quilômetros, fique pronto em 2011. "Deveremos trazer alguns consultores de bancos chineses propensos a negociar. Vamos rodar o interior do estado, passando por Barreiras, Vitória da Conquista, Ilhéus, Juazeiro e Feira de Santana", revelou Simões. Enquanto mantém os olhos voltados para o exterior os produtores do oeste do estado continuam com as terras embargadas e a Operação Veredas iniciou uma nova etapa na última sexta-feira, incluindo mais quatro cidades na sua fiscalização.

DCI - Diário do Comércio & Indústria



Meio ambiente: Lula assina novo decreto 6.514/2008

12/12 - 06:02
O presidente Luis Inácio Lula da Silva assinou na quarta-feira (10) o decreto que substitui o decreto 6.514/2008, que trata dos crimes ambientais. A informação foi repassada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, aos deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária. A expectativa da bancada ruralista é de que o decreto seja publicado na edição desta quinta-feira (11/123) no Diário Oficial da União.

O novo decreto aumenta para um ano o prazo para a averbação da Reserva Legal e dá anistia aos proprietários que receberam multas e sanções desde a entrada em vigor do decreto 6.514, em julho deste ano.

De acordo com o presidente da Frente, deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), a publicação do decreto era uma reivindicação antiga dos produtores rurais. Ele argumenta que o novo prazo dará mais tempo para que se discuta a criação de uma nova legislação ambiental brasileira.

“Hoje a legislação ambiental não permite que os agricultores continuem plantando. Por isso, este prazo maior para a averbação da Reserva Legal será propício para discutirmos e implantarmos o Código Ambiental Brasileiro, que deve ser uma Lei mais abrangente com os Estados fazendo o Zoneamento Econômico Ecológico e respeitando as especificidades regionais”, salienta.

O deputado ressalta que o aumento do prazo levará tranqüilidade ao homem do campo. “Com a publicação, o produtor rural terá a certeza de que poderá plantar a próxima safra e não será criminalizado por não conseguir cumprir com exigências absurdas do decreto antigo”, concluiu.

Caso não fizesse a averbação de Reserva legal, os proprietários ficavam sujeitos a multas, que em muitos casos superava o valor das propriedades, além de desapropriações de bens e bem-feitorias. O crédito agrícola também estava vetado para os proprietários que não cumprissem as determinações no prazo estipulado.

Cada propriedade rural deve destinar 20% de sua área para compor a Reserva Legal. No bioma Cerrado, este percentual chega a 35%. Na Amazônia Legal, 80%. As informações são da assessoria de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária.


Agrolink
Autor: Informações de Assessoria de Imprensa



Produtividade de leite em MT está três vezes abaixo do volume ideal

12/12 - 05:18
O maior rebanho bovino do País, o mato-grossense, ainda não contabiliza bons números no segmento leiteiro, como ocorre com o plantel de corte. Na cadeia dos lácteos, o Estado precisa avança e muito. Afinal, a produtividade de leite por animal é três vezes menor em relação ao volume considerado ideal para a sustentabilidade econômica da atividade. O gado leiteiro estadual obtém rendimento médio por animal de quatro litros/dia, o satisfatório seria 12 litros/dia.

Este gargalo que está dentro da porteira faz com que a atividade opere atualmente com apenas 50% de sua capacidade. Da porteira pra fora, a cadeia pecuária de leite ainda conta com a maior parcela de suas indústrias de laticínios operando irregularmente, na informalidade. Mas a reorganização da cadeia esta sendo posta em prática e, mesmo com os gargalos, a cadeia produtiva de leite do Estado quer triplicar a produção, saltando de 1,669 milhões para 5 milhões de litros a sua produção diária até 2014.

A projeção do aumento da produtividade tem como base a implantação do Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite e do programa "Balde Cheio", lançados ontem durante o I Encontro Empresarial da Cadeia Produtiva do Leite, no Centro de Eventos da Acrimat. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural (Seder), Neldo Weirich, a produção local de leite demonstra que ainda há muito mercado para ser explorado pelas indústrias. Ele aponta a falta de organização da cadeia produtiva do leite como um dos principais fatores da baixa produtividade do setor. (Veja quadro ao lado)

Atualmente, 70% de todo leite produzido no Estado é transformado em queijo, sendo que 60% desta quantia se torna mussarela. O restante é embalado em saquinhos do tipo "barriga mole", e outros derivados como iogurte e leite condensado. Apenas duas empresas produzem leite ultraprocessado (UHT), os de caixinha.

O programa lançado ontem tem por objetivo elevar a produção de leite, chegando a 4 milhões de litros/dia em 2012 e 5 milhões em 2014, minimizando as perdas no período de seca que hoje chegam a 40% para algo em torno de 20%. Outra meta importante é trazer as indústrias que operam de forma irregular para a formalidade. Atualmente, 49% delas operam de forma na informalidade em relação ao serviço de inspeção sanitária, ambiental e fiscal.

Para chegar à meta estabelecida de cinco milhões de litros/dia até 2014, o programa vai investir em infra-estrutura, por meio de melhoria nos currais, correção do solo e, ainda, instalação de tanques de expansão como parte do programa "Balde Cheio", além de melhoramento genético, com a doação de 20 mil doses de sêmen de gado holandês. "O produtor vai melhorar a qualidade de sua ordenha, aprender como tratar os animais e melhorar sua produção", assegura Neldo Weirich, lembrando que no Estado 24 mil produtores fornecem leite para as indústrias.

EXPANSÃO - Em funcionamento há 11 anos e implantado em 12 estados, o programa "Balde Cheio", de acordo com o superintendente de Comunicação e Negócios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Marco Aurélio Bergamaschi, proporciona ao produtor a oportunidade de promover em suas propriedades uma produção que permita a auto-sustentabilidade. A idéia, segundo ele, é ensinar ao produtor como melhorar a sua capacidade de produção, melhorando o que ele já tem e investindo em infra-estrutura para que tenha mais competitividade.


Diário de Cuiabá
Autor: TANIA NARA MELO



PR recolhe 4.065 t de embalagens vazias de agrotóxicos

12/12 - 05:33
De janeiro a novembro deste ano, as unidades de recebimento paranaenses encaminharam ao destino final ambientalmente correto (reciclagem ou incineração), 4.065 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, volume 14,4% maior em relação ao mesmo período de 2007, quando foram processadas 3.554 t. De acordo com os dados do inpEV, instituto que representa a indústria fabricante de agrotóxicos -, o Paraná já ultrapassou em 11,4% o total destinado em todo o ano de 2007. Somente em novembro, foram destinadas 330 t, o segundo maior volume registrado no Brasil. As centrais de recebimento que apresentaram maior crescimento na destinação final das embalagens vazias de janeiro a novembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2007 foram Palotina (46%) e Ponta Grossa (30%).



Folha de Londrina

Seja o primeiro a comentar

Copyright©| Desde 2008 | AGUA BOA NEWS COMUNICAÇÃO LTDA | Template customized by Michel Franck

Início