Resumo de Notícias Agrícolas - 16/12/2008
Trabalhadores rurais vão ter aposentadoria facilitada
15/12 - 18:15
A partir de julho de 2009, os trabalhadores rurais não terão mais que reunir vários documentos, guardados ao longo de pelo menos 15 anos, para se aposentar. Em reunião hoje (15) com entidades representativas da categoria, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, informou que está sendo feito um levantamento de dados para cadastrar esses trabalhadores, de modo que as agências da Previdência tenham seu histórico no momento em que for pedido o benefício.
“Estamos regulamentando os direitos previdenciários do trabalhador rural, em especial dos trabalhadores da agricultura familiar, pesca artesanal e extrativistas”, disse o ministro.
Os dados coletados vão incluir os trabalhadores rurais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis). Assim, eles não precisarão mais reunir os cerca de 40 documentos necessários atualmente para a aposentadoria. Ao chegar a uma agência da Previdência Social, eles terão um extrato com suas informações retiradas na hora pelo atendente, que poderá dar entrada no benefício. Em janeiro, os trabalhadores urbanos, que também já fazem parte do Cnis, também poderão acessar mais rapidamente os benefícios da Previdência.
O cadastro tem informações de 68 milhões de pessoas físicas com CPF válido na Receita Federal. Todos os dados, desde 1976, de cerca de 165 milhões de pessoas físicas estão no Cnis. A expectativa é que, com o compartilhamento de dados entre as agências da Previdência e outros órgãos governamentais que disponham de informações sobre os trabalhadores rurais, o tempo de espera para a aposentaria caia de 30 dias para 30 minutos.
“Antes o trabalhador rural tinha que reunir documentos que deviam ser guardados por até 15 anos. Tudo que comprovasse que ela trabalhava no campo, desde a inscrição dele no sindicato até comprovante de estudo dos filhos em escolas rurais. Isso fazia o atendimento, quando ele ia à agência, demorar até uma hora”, lembrou a secretária de Políticas Sociais da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Alessandra da Costa Lunas, que participou da reunião com o ministro.
Pimentel deve se reunir ainda nesta segunda-feira com representantes da Via Campesina e da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) para tratar do mesmo assunto.
Agência Brasil
Autor: Mariana Jungmann
Friboi afirma que mantém fluxo internacional
16/12 - 00:00
São Paulo - A Friboi (JBS) mantém seu fluxo de comércio internacional normalizado. A empresa divulgou nota ao mercado afirmando que, em atenção às consultas que vem recebendo de seus parceiros e investidores, comunica que desenvolveu ao longo dos anos uma plataforma de produção diversificada para atender a necessidade de seus clientes e distribuidores através de 64 unidades de produção e 14 centros de distribuição ao redor do mundo.
“Isso permite à companhia se proteger realocando suas vendas entre suas unidades de produção.”
De acordo com a empresa, essas unidades de produção sofrem inspeções constantes por parte dos países importadores para verificação de cumprimento de legislações e exigências novas naqueles mercados. A JBS diz que faz investimentos constantes para manter suas unidades em cumprimento com estes requerimentos
Ainda no comunicado, a Friboi afirma que, recentemente, foram anunciados bloqueios temporários das exportações de uma unidade de produção em Wisconsin para Japão, outra de Colorado para Coréia do Sul, enquanto a Rússia suspendeu a importação de uma unidade. (AE)
O Popular
Frigorífico fecha e demite 480 pessoas
16/12 - 00:00
O Grupo Mercosul demitiu ontem 480 funcionários do seu frigorífico localizado em Paiçandu (10 km a leste de Maringá). Eles voltavam de um período de 30 dias de férias coletivas e encontraram a empresa de portas fechadas. O Mercosul informou que a queda nas exportações motivou o fechamento da plataforma de operação. O Grupo estava instalado há quase três anos no município e tinha capacidade para abater 300 animais por dia.
A notícia das demissões pegou os funcionários de surpresa, porque há algumas semanas, o Mercosul estava anunciando vagas para contratação em várias áreas. Todos achavam que após o período de férias coletivas, voltariam às atividades normais. Há cerca de um mês, outro frigorífico do grupo em Naviraí (MS) também teve as portas fechadas.
Outro fato que surpreendeu os funcionários é que na semana passada, o frigorífico já havia negociado a proposta de demissão coletiva com o Ministério Público. Ficou acertado que todos os funcionários receberão o 13 na sexta-feira (19) e os direitos trabalhistas serão pagos em cinco parcelas, nos próximos meses.
Por enquanto, apenas alguns funcionários do setor administrativo continuam trabalhando para acertar os últimos detalhes do fechamento. Segundo o gerente de Marketing do Grupo Mercosul, Vinicius Pilz, a idéia é concentrar todas as operações paranaense na unidade de Nova Londrina, no Noroeste do Estado.
""Tivemos uma queda no volume de exportações e também na oferta de animais. Por isso, o Grupo preferiu se reestruturar e concentrar todas suas operações em Nova Londrina"", justificou. Cerca de 80% dos animais abatidos em Paiçandu eram exportados e devido à crise, várias mercados teriam deixado de comprar.
O fato da unidade de Paiçandu ser arrendada também pesou na decisão. O contrato de arredamento previsto para acabar em 2011 será cancelado com dois anos de antecedência. O Mercosul ainda deve manter 10 frigoríficos em funcionamento espalhados pelo Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Pará. Mesmo assim, Pilz não descartou a possibilidade de demissões em outros locais.
Tribuna do Interior
Biodiesel terá campo de testes na fazenda
16/12
Alessandra Messias
A Conacentro está se preparando para produzir biodiesel. Para isso, possui parceria com o Instituto Mato-Grossense do Algodão (Ima). O Centro de Educação Profissional José Antônio Pinesso (Ejap) será um campo de testes de oleaginosas para esse projeto. De acordo com o diretor-executivo da escola, Gilson Pinesso, “se for constatada a possibilidade de uma produção das culturas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, vamos produzir biodiesel”.
Estão associadas parceiras como Atlântica Sementes, Cheminova, Consórcio de Cooperativas do Agronegócio Brasileiro (CCAB), Dupont, Facual, FMC, Fundo de Apoio à Cultura do Algodão, Ihara, Nortox e Syngenta. O representante do Ima e da Facual, Álvaro Sales, afirma que é muito importante ter parceiros como a Conacentro. A idéia segundo ele é começar a produzir o biodiesel entre as cooperativas e analisar se os preços são recompensadores.
Entre as culturas em fase de teste estão amendoim, canola, cártamo, crambe, gergelim e girassol. Segundo Pinesso, foi comprovado cientificamente que a mamona não é a cultura mais adequada para o biocombustível, apesar de render óleo valioso usado em cosméticos e lubrificantes de carro. A aposta no crambe atrai outros investidores.
Gazeta do Povo
Nova Série 7100 da Massey Ferguson chega ao mercado
16/12 - 06:45
A Massey Ferguson apresentou, ontem, 15 de dezembro, na sua fábrica de tratores em Canoas/RS, os novos tratores da nova Série 7100. Durante a apresentação o diretor de marketing da Massey Ferguson ressaltou a liderança da marca no mercado brasileiro. “Dos 270 mil tratores vendidos no país nos últimos dez anos, 90 mil são da Massey Ferguson, o que representa 1/3 do mercado”, disse Fábio Piltcher.
O lançamento chega em um momento único da indústria de máquinas agrícolas: “o ano de 2008 encerra com um número recorde de 43 mil tratores comercializados. Esse é o melhor resultado dos últimos 20 anos para a indústria”, disse Carlito Eckert, diretor comercial da Massey Ferguson.
Totalmente projetada no Centro de Tecnologia da Massey Ferguson no Brasil, a Série 7100, que já está sendo produzidos na unidade de Canoas/RS, chega ao mercado com quatro modelos na faixa de potência entre 140 e 180 cv. O desenvolvimento do novo produto durou quase três anos – foram 21 mil horas de teste de campo em todas as regiões brasileiras e na América do Sul. Os tratores já foram testados também por usuários de diversas regiões agrícolas do Brasil, inclusive nas lavouras de cana do Nordeste.
Os tratores da nova Série 7100 foram projetados para atender a demanda nas lavouras de grãos e nos canaviais, principalmente no plantio e manejo de grandes áreas, mantendo o baixo custo operacional e a facilidade de manutenção que caracterizam todos os equipamentos da marca líder no mercado brasileiro.
Novo design alinhado aos padrões internacionais
O design moderno e arrojado do atual padrão internacional da Massey Ferguson é a primeira das muitas novidades que se percebe na Série 7100. As facilidades e o conforto que os novos tratores oferecem, inclusive na versão plataformada, chamam a atenção. O local de trabalho confortável, comandos bem posicionados, instrumentos que monitoram os sistemas da máquina, cabine com ampla visibilidade, inclusive à noite, e pontos de manutenção mais acessíveis são algumas das vantagens dos tratores da Série 7100 que incorporam soluções tecnológicas para propiciar ao produtor rural um trabalho de alto rendimento com baixo custo operacional em qualquer tipo de lavoura.
O motor de seis cilindros turbinado AGCO SISU POWER proporciona aos quatro tratores da nova série força e velocidade de trabalho para realizar os serviços na lavoura com alto rendimento e baixo consumo de combustível. Com excelente escalonamento de marchas e câmbio sincronizado, os modelos MF 7140, MF 7150, MF 7170 e MF 7180 e estão equipados com controle remoto de alta vazão de centro fechado e sistema de levante de três pontos com nova geometria, otimizando o trabalho no campo.
Massey Ferguson
Estoque de milho preocupa produtor rural
16/12 - 00:00
No campo brasileiro mais uma vez o tiro saiu pela culatra. O produtor vislumbrou excelentes perspectivas para o mercado do milho, com o crescimento do consumo nos países em desenvolvimento e redução nas exportações dos Estados Unidos em decorrência da produção de etanol a partir do grão.
Para aproveitar essa provável janela do mercado, plantou mais que de constume e produziu mais uma super-safra. A área foi aumentada em 4,4%, passando de 13,81 milhões de hectares para 14,42milhões, e a produção cresceu ainda mais (13,3%), subindo de 51,83 milhões em 2007 para 58,73 milhões na última colheita.
Cenário
O cenário presumido, entretanto, não se confirmou. Os Estados Unidos não restringiu suas exportações tanto quanto se esperava, a Argentina voltou a ofertar o grão no mercado mundial, a Europa produziu razoavelmente bem, reduzindo sua demanda externa, e os países emergentes, atemorizados pela crise financeira internacional, foram parcimoniosos em suas importações.
Com uma produção de 58,73 milhões de toneladas, para uma consumo estimado de 44 milhões de toneladas, a expectativa era de que o País colocasse pelo menos 10 milhões de toneladas no mercado externo, para reduzir seus estoques de passagem a dimensões mais confortáveis.
De acordo com dados de Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho continuaram em queda no mercado interno, apesar da elevação da paridade de exportação. A instituição atribui o fato aos elevados estoques de passagem gerados pelo fraco desempenho das exportações
Segundo o Cepea, os embarques brasileiros de milho somaram 398,9 mil toneladas em outubro, o que representa 78% a menos que no mesmo mês do ano passado. De janeiro a outubro foram exportadas 4,3 milhões de toneladas do grão, contra 8,7 milhões de toneladas no mesmo período de 2007.
Produtor
O presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica, diz que o produtor está assustado com esse estoque de passagem de mais de 13 milhões de toneladas de milho, o maior da história do País. “A situação é mais desconfortável ainda, porque daqui a alguns dias começa a chegar ao mercado o milho irrigado, diz Alécio Maróstica.
O dirigente da Faeg admique o País não tem onde colocar tanto milho se não conseguir incrementar rapidamente as vendas ao exterior.
“A continuar no ritmo atual, não chegaramos a exportar 5 milhões de toneladas esse ano, contra quase 9 milhões de toneladas no ano passado”, diz ele.
Alécio Maróstica diz que as recentes ações do governo com leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) aliviam um pouco a pressão de baixa dos preços do milho no Centro-Oeste, mas não resolvem o problema. “Talvez fosse o caso de o governo adquirir um pouco do produto para enxugar o mercado e dar um pouco mais de liquidez ao milho”, diz Alécio Maróstica.
Segundo ele, com o aperto do crédito, as granjas e outros grandes consumidores não estão estocando o produto, preferindo adquirir no mercado físicio apenas o suficiente para alguns dias.
O Popular
Autor: ESL
MS: Apenas um frigorífico comprou boi ontem, a R$ 75 a arroba
16/12 - 00:00
Em Mato Grosso do Sul apenas uma empresa frigorífica, o Marfrig, de Bataguassu, compra carne bovina na manhã desta segunda-feira (15) com a cotação da arroba do boi rastreado no valor de R$ 75 a arroba, para pagamento a prazo. Para a carne da vaca o preço máximo está cotado R$ 65 a arroba, a prazo.
As empresas frigoríficas Bertin de Navirai, o frigorífico Friboi, de Campo Grande, o frigorífico Independência, de Nova Andradina e de Anastácio, não estão comprando carne no período da manhã.
Dourados News...
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