Confresa sofre invasão de Caloteiros, dívidas vão do setor público ao privado
Ministério do Trabalho estará novamente em Confresa para tentar resolver situação humilhante de funcionários que estão sem receber...
Editado por Kassu - 04/03/2009 às 23h57
AGUA BOA NEWS
Uma das cidades mais pujantes da região Norte Araguaia vem sofrendo a alguns meses pelo baixo fluxo de dinheiro. Não bastasse o problema da crise americana, Confresa parece viver uma crise isolada. Somente nos últimos 3 meses, vários “calotes” aconteceram no município. O Primeiro deles e mais sentido a princípio foi o do ex-prefeito Mauro Sérgio do PT, que além de deixar uma dívida de mais de R$ 3 milhões na Prefeitura, fez manobras para deixar de pagar por serviços realizados a seu pedido para a Prefeitura Municipal, como a anulação de notas fiscais já empenhadas. Resultado: Muitas empresas deixaram de receber por serviços prestados, vendas de produtos e etc., com isso várias demissões aconteceram. Salários atrasados também foi uma herança deixada pelo PT na Prefeitura de Confresa.
Não bastasse o ex-prefeito dar o “Calote”, algumas empresas que prestam serviços terceirizados também decidiram seguir a mesma linha. Exemplo disso são as empresas SW que é terceirizada do Frigorífico Independência e também a Ambiental que foi a vencedora da licitação para fazer as obras do PAC na cidade, que, aliás, estão paradas, sem deixar de fora a destilaria Araguaia que de acordo com a Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e membro dos Direitos Humanos, está há dois meses sem pagar os funcionários.
O Jornal Agência da Notícia foi chamado ontem por funcionários da SW e também da Ambiental, para noticiar o feito, já que eles dizem que não sabem mais a quem recorrer. “Nós buscamos todos os meios possíveis, e o jeito é levar a notícia adiante, porque pessoas e empresas que fazem esse tipo de trapaça não devem ficar impunes”, disse um dos funcionários.
Glaines Alves da Silva trabalha a um ano na SW construtora como pedreiro, desesperado ele disse a equipe de reportagem que nem comida ele tem em casa. “Nós trabalhamos porque precisamos, tenho dois filhos e uma mulher que também está desempregada, meu aluguel está atrasado, e só não passei fome ainda, pela bondade do proprietário da casa onde moro que até arroz me deu para alimentar minha família”, contou ele em tom de revolta. “Com o atraso, não consegui pagar minhas dívidas e meu nome está na lama”, disse desiludido.
Junto com Glaines vários outros funcionários estavam presentes no sindicato, eles mostraram para a Reportagem cheques sem fundo que foram repassados pela empresa. “Vários cheques desses foram dados a nós como pagamento e agora fazemos o que com isso, se não tem dinheiro? É uma situação que nos deixa acuados e tristes, já que trabalhamos, demos o nosso suor, e é nosso direito receber por isso”, explicou João Ferreira dos Santos que estava com o cheque sem fundo em mãos.
De acordo com eles, o engenheiro responsável pela SW em Confresa já teria ido embora. “Eles já foram embora, levaram algumas máquinas, e no escritório ninguém atende”, disse Santos.
A situação na Ambiental é muito parecida com a da SW, nesta empresa também são mais de 100 funcionários que estão a mais 60 dias sem receber, e de acordo com os próprios nem o fundo de garantia teria sido depositado na conta dos trabalhadores. “Nossa situação é critica e preocupante já que além de não receber o dinheiro pelo qual trabalhamos, também não teremos nossos direitos garantidos?”, indagou Reinaldo Francisco da Silva, que trabalha na empresa há cerca de 8 meses.
A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e membro dos Direitos Humanos, explicou que já acionou o Ministério do Trabalho que deverá estar em Confresa neste fim de semana para resolver a situação. “Já conversei com o Delegado do Ministério do Trabalho, e de acordo com ele, no fim de semana uma equipe estará aqui para resolver o problema. Para adiantar, sobre a questão da SW terceirizada do Frigorífico.O Delegado explicou que poderá responsabilizar o Independência pela falta de pagamento aos funcionários”, disse Aparecida.
Com todos esses problemas, Confresa passa hoje por uma situação difícil. Comerciantes também já sentem o desaquecimento do comércio. “Minha empresa está com grandes números de duplicatas vencidas, se o pessoal não recebe, não consegue cumprir com os compromissos também, isso é uma grande corrente”, disse uma comerciante do Centro que preferiu manter o nome em sigilo.
A Equipe de Reportagem do Agência da Notícia, tentou contato com os responsáveis pela SW e também com a Ambiental, mas até o fechamento desta edição não tivemos retorno.
Fonte: Camila Nalevaiko/Agência da Notícia

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