sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um instituto com rosto de mulher

Edição de Kassu - 12/06/209 às 09h35


No dia 7 de junho, em São Félix do Araguaia, o grupo de mulheres que integram o INHURAFÊ, (Instituto Humana Raça Fêmina) fez sua primeira assembléia para definir os rumos do grupo nos próximos anos.Vale a pena conhecer este Instituto. Fazem parte do grupos, entre outras mulheres, Jorcelina Conceição e Vânia Aguiar.


-Paulo Gabriel: Quando surgiu o grupo e o que motivou seu nascimento?

-Jorcelina Conceição: iniciamos as primeiras conversas em 2006 um grupo de seis mulheres. Depois o grupo cresceu e em 8 de março de 2007, Dia Internacional da Mulher, foi fundando oficialmente.

O que nos motivou foi a preocupação com a realidade de violência contra a mulher e a ausência de políticas públicas voltadas para o apoio às mulheres vítimas de todo tipo de violência na região.Nossa inspiração veio do trabalho realizado pela Irmã Irene no Clube de Mães e pelas atividades desenvolvidas na região pela querida Chiquinha, ambas patronas do Instituto. Foram elas as que deram os primeiros passos para conscientizar as mulheres de seus direitos, sua dignidade e seu espaço na sociedade.


-Paulo Gabriel: Quais são os objetivos do grupo?

- Vânia Aguiar: Desenvolver atividades em defesa das mulheres vítimas de violência sexual e sexista, principalmente a chamada violência doméstica; informar e sensibilizar a comunidade e a família para que possam compreender e auxiliar as mulheres vítimas de violência;formar e capacitar mulheres líderes de comunidades em questões ligadas aos Direitos Humanos das mulheres e à estrutura e funcionamento do Estado; desenvolver e estimular atividades e ações positivas que contribuam para a transformação das relações sociais e pessoais entre homens e mulheres e desenvolver atividades de informação e formação para as próprias mulheres vítimas de violência, buscando o fortalecimento da sua autoestima, liberação da afetividade e propiciando que também elas sejam protagonistas desta causa.


-Paulo Gabriel:Que atividades foram desenvolvidas até agora?

- Jorcelina Conceição: Atividades de formação: duas oficinas sobre a Lei Maria da Penha e a Mulher e o Meio Ambiente do Trabalho. Atividades de informação com palestras em datas significativas como o dia Internacional da mulher, dia Nacional da Consciência Negra entre outras. Acompanhamento jurídico a mulheres vítimas de violência e pesquisa em orgãos do Estado e da comunidade a respeito da violência contra a mulher. A pesquisa ainda em andamento já revela que é difícil as mulheres falarem sobre este tema e mais difícil ainda denunciarem situações de violência por causa do medo, como revelam os dados da Promotoria de Justiça do ano de 2007 na Comarca de São Félix do Araguaia, onde foram instauradas somente 17 denúncias de violência contra a mulher.


-Paulo Gabriel: Na Assembléia do dia 7 de junho o grupo definiu as linhas de ação. Quais são elas?

-Vânia Aguiar: formação e informação; fortalecimento institucional; construção de redes de apoio e combate à violência com apoio às vítimas e assessoria jurídica.

-Paulo Gabriel: Como contactar o grupo para pedir apoio ou orientação em caso de violência contra a mulher?

-Jorcelina Conceição: Nosso lugar de atendimento provisório é no escritório dos Direitos Humanos, situado na Avenida Araguaia, Nº 50, Centro, São Félix do Araguaia. MT. Telefone 66 3522 12 97. Nosso email é: INHURAFE@yahoo.com.br

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