quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Maggi quer pressa em obras para atender agenda da Fifa

Da África, governador diz que projetos devem ser acelerados para evitar atrasos


Governador Blairo Maggi, durante visita ao Estádio Ellis Park, em Johanesburgo, na África do Sul

O governador Blairo Maggi disse, nesta quarta-feira (31), que a futura Agência da Copa em Mato Grosso terá que acelerar o ritmo das obras de infraestrutura para o evento, marcado para 2014, para evitar problemas, principalmente, atrasos, tanto nas decisões, como na execução dos trabalhos de infraestrutura.

A observação foi feita durante uma entrevista, por videoconferência, diretamente de Johanesburgo, na África do Sul, para jornalistas em Cuiabá, no primeiro contato após a viagem da comitiva mato-grossense, na última segunda-feira (31). Maggi lembrou que a agenda previamente definida pela Fifa, quando escolheu as 12 sedes do Mundial de 2014 - entre elas, Cuiabá -, é bastante rígida e exige um comprometimento das partes envolvidas.

"A lição que fica da viagem ao continente africano, principalmente, diz respeito ao tempo de execução das obras", disse o governador. Ele destacou que, após o retorno da comitiva - marcado para a próxima sexta-feira (4), é preciso priorizar as obras, a começar pela licitação dos trabalhos relacionados à Mobilidade Urbana, Segurança Pública e Saúde. Até o momento, conforme lembrou Maggi, somente o edital de licitação para contratação da empresa que irá construir o novo estádio Verdão foi lançado.

"Temos que começar a licitar as outras obras, uma vez que, aqui na África, as obras começaram com atraso e, hoje, as autoridades locais estão correndo desesperadamente contra o tempo. Não queremos que isso aconteça em Mato Grosso", disse.

Outro ponto colocado por Maggi foi a questão dos Centros de Treinamento (CTs), que, no continente africano, são maiores do que, a princípio, se pensava fazer em Cuiabá e Várzea Grande. Ele enfatizou, neste quesito, pretende ter uma nova conversa com a Fifa, para idealizar um projeto.

O governador reafirmou que lutou para trazer a Copa do Mundo para Mato Grosso, em função do legado de investimentos que vai deixar para Estado. Segundo Maggi, este é o momento de fazer nascer duas coisas: infraestrutura e turismo.

"Temos que aproveitar o momento e concentrar os investimentos nas áreas prioritárias tanto em Cuiabá, quanto em Várzea Grande. Esse será o momento oportuno para resolvermos antigos problemas. Não queremos deixar apenas um estádio de boa qualidade, mas outras obras que vão beneficiar toda a população", afirmou o republicano.

Saúde

Maggi destacou que assumiu um compromisso com a Fifa no sentido de montar uma estrutura condizente com o tamanho de um evento como o Mundial de 2014 e, para isso tem buscado várias alternativas.

Ele revelou que será construído um novo hospital público, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), como mais médicos, mais leitos, entre outras benefícios. O governador observou que, na África do Sul, existe estrutura na área de saúde, mas não tem sistema de Saúde Pública e que o Estado intervém somente em casos de emergência.

Segurança

De acordo com o governador, nesta quinta-feira (3), os policiais civis e militares que fazem parte da comitiva irão se reunir com o comandante-geral da Polícia da África do Sul, para conhecer as fragilidades e adquirir experiências no setor.

Transporte

Na África do Sul, segundo Maggi, não existe sistema de transporte coletivo com linhas fixas, são uma espécie de táxi que circulam livremente. No país, tiveram oportunidade de conhecer um corredor de ônibus de alta densidade, com capacidade de transportar muitas pessoas. "Em Mato Grosso, precisaremos fazer algumas adaptações no transporte coletivo", disse, a propósito.

Ao retornarem ao Brasil, os representantes dos diversos segmentos que integram a comitiva vão elaborar um relatório apresentando o que foi visto no continente africano.

"Todos puderam conhecer de perto e sentir o tamanho da preocupação em organizar um evento deste porte. Puderam ver que é muito mais difícil do que imaginávamos, mas nada na vida é fácil. Além disso, puderam aproveitar a oportunidade para abrir um canal de conversação", completou Maggi.

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