Ministério da Cultura quer incentivar museus indígenas em aldeias
Agência Brasil / Meider Leister
A preservação da memória e da cultura indígena passa pela formação de uma rede unindo museus e centros culturais existentes nas próprias aldeias. A ideia foi defendida pelo coordenador da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Marcelo Manzatti, durante encontro realizado ontem (17) com lideranças indígenas de várias partes do país, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Manzatti disse que já existem museus e centros culturais funcionando dentro das aldeias, mas carecem de verbas para manutenção e principalmente de ligação com iniciativas semelhantes. Ele contabiliza cerca de 50 museus indígenas espalhados por diversas regiões, mas ressalta que são iniciativas isoladas, patrocinadas por ONGs ou por pessoas que coletam artigos e peças.
“Vamos montar uma rede entre esses museus para que a gente fique permantentemente em contato. Haverá um próximo encontro para levantarmos os problemas comuns e capacitarmos essas lideranças, que atuam como agentes de memória”, disse Manzatti.
Segundo ele, há a possibilidade de a Petrobras patrocinar um projeto de preservação da memória indígena, com instalação nas aldeias de pontos de cultura ou de memória, dentro do programa Mais Cultura, do ministério.
“Museu não pode ser um espaço só voltado para o passado. Tem que saber qual futuro vamos querer. A gente escolhe do passado os elementos que vão permitir transformar ou reafirmar a realidade que se vive hoje”, explicou Manzatti.
Um dos espaço de preservação mais antigos do país funciona em Cuiabá (MT) desde 1971. Mantido pela Universidade Federal de Mato Grosso, o Museu Rondon tem entre seus curadores o índio Vitor Peruare e reflete bem as dificuldades que vivem as instituições voltadas para a história indígena.
“Quando se fala em museu no Brasil, geralmente não se tem orçamento. Nós conseguimos aprovar um projeto com a Petrobras e com isso estamos fazendo a restauração do espaço, que deve ser reaberto ao público até o fim deste mês”, disse Peruare.
Para ele, um museu tem que trabalhar o conceito de presevação aliado à educação e representar uma ligação entre sociedades tradicionais e urbana, promovendo reflexão e debates: “Entendo o museu como algo vivo, que educa e mostra os materiais importantes da sociedade indígena. Não pode ser apenas um depósito de material.”
A ideia de que os museus devem aliar preservação e discussão também foi defendida por Ceiça Pitaguary, representante da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme).
“A criação dos museus é uma das atividades que o movimento indígena elencou como importante para ficar para as próximas gerações. A todo momento, estamos produzindo cultura, mas necessitamos de um espaço para armazenar tudo isso. Então, por que não construir um museu dentro das terras indígenas?”, questionou Ceiça. Para ela, o desafio é encontrar mecanismos de finaciamento, que permitam manter esses espaços culturais dentro das aldeias, como fontes permanentes de preservação e diálogo.
Manzatti disse que já existem museus e centros culturais funcionando dentro das aldeias, mas carecem de verbas para manutenção e principalmente de ligação com iniciativas semelhantes. Ele contabiliza cerca de 50 museus indígenas espalhados por diversas regiões, mas ressalta que são iniciativas isoladas, patrocinadas por ONGs ou por pessoas que coletam artigos e peças.
“Vamos montar uma rede entre esses museus para que a gente fique permantentemente em contato. Haverá um próximo encontro para levantarmos os problemas comuns e capacitarmos essas lideranças, que atuam como agentes de memória”, disse Manzatti.
Segundo ele, há a possibilidade de a Petrobras patrocinar um projeto de preservação da memória indígena, com instalação nas aldeias de pontos de cultura ou de memória, dentro do programa Mais Cultura, do ministério.
“Museu não pode ser um espaço só voltado para o passado. Tem que saber qual futuro vamos querer. A gente escolhe do passado os elementos que vão permitir transformar ou reafirmar a realidade que se vive hoje”, explicou Manzatti.
Um dos espaço de preservação mais antigos do país funciona em Cuiabá (MT) desde 1971. Mantido pela Universidade Federal de Mato Grosso, o Museu Rondon tem entre seus curadores o índio Vitor Peruare e reflete bem as dificuldades que vivem as instituições voltadas para a história indígena.
“Quando se fala em museu no Brasil, geralmente não se tem orçamento. Nós conseguimos aprovar um projeto com a Petrobras e com isso estamos fazendo a restauração do espaço, que deve ser reaberto ao público até o fim deste mês”, disse Peruare.
Para ele, um museu tem que trabalhar o conceito de presevação aliado à educação e representar uma ligação entre sociedades tradicionais e urbana, promovendo reflexão e debates: “Entendo o museu como algo vivo, que educa e mostra os materiais importantes da sociedade indígena. Não pode ser apenas um depósito de material.”
A ideia de que os museus devem aliar preservação e discussão também foi defendida por Ceiça Pitaguary, representante da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme).
“A criação dos museus é uma das atividades que o movimento indígena elencou como importante para ficar para as próximas gerações. A todo momento, estamos produzindo cultura, mas necessitamos de um espaço para armazenar tudo isso. Então, por que não construir um museu dentro das terras indígenas?”, questionou Ceiça. Para ela, o desafio é encontrar mecanismos de finaciamento, que permitam manter esses espaços culturais dentro das aldeias, como fontes permanentes de preservação e diálogo.
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