segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rio paga R$ 12.000 a quem entregar atiradores que derrubaram helicóptero

Entidades estão oferecendo R$ 12 mil por informações que levem à prisão os responsáveis pelos disparos que mataram dois policiais e derrubaram o helicóptero Fênix 3 da Polícia Militar na manhã de sábado, 17, durante a operação no Morro dos Macacos, na zona norte do Rio.

"Os tiros que atingiram a aeronave são de armas com grosso calibre. Na favela, todos sabem quem opera esses armamentos", disse o presidente da Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas da Polícia Militar do Brasil (Assinap), Miguel Cordeiro, que ofereceu R$ 10 mil pelos atiradores. O Clube de Cabos e Soldados ofereceu R$ 2 mil pelos assassinos e pediu em nota o afastamento da cúpula da Segurança Pública.

No domingo, 18, os soldados atiradores do Grupamento Aéreo Marítimo da PM Marcos Stadler Macedo, de 39 anos, e Edinei Canazarro, de 29, foram enterrados no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste do Rio. Os parentes de Canazarro fizeram críticas ao governo do Estado.

"Eles fazem o teatro deles para trazer a Olimpíada para o Rio, mas não equipam os policiais, que seguem para a morte quando vão ao combate em áreas de risco", protestou a tia de Edinei, Rosa Maria Barbosa. "Existe verba para a Copa e para a Olimpíada. Mas não tem dinheiro para equipar a polícia e dar vida digna a quem trabalha para a segurança do povo."

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse ontem que o helicóptero da PM, o primeiro a ser abatido por traficantes no Rio, provavelmente foi alvo de armas longas, consideradas antiaéreas. Só após a perícia será possível determinar o calibre da arma que abateu o helicóptero modelo Esquilo. A licitação para compra de outro aparelho deve ser concluída em novembro.

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