Wilson “bate duro” no governo do Estado em despedida
Por Andréa Haddad/ RDnews
Num clima de embate eleitoral já deflagrado, o prefeito chegou a dizer que os pacientes do interior são tratados como cidadãos de terceira categoria. “Só haverá saúde de qualidade em Cuiabá quando tivermos saúde no interior. A maioria dos hospitais regionais não funciona e são poucos médicos, pois a remuneração não é atrativa”.
Ele insinuou que faltou comprometimento da administração estadual para viabilizar as obras de construção dos trilhos da Ferrovia Vicente Vuolo, a Ferronorte, de Alto Taquari até Cuiabá. “Quero entender porque a Ferronorte não andou um centímetro sequer há oito anos. Nós que fizemos, trouxemos para Alto Araguaia e Alto Taquari e agora vamos cobrar. Lembro bem do vereador Francisco Vuolo (PR) pulando de alegria ao lado do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quando os trilhos chegaram a Mato Grosso, por ver o sonho do pai concretizado (ex-senador Vicente Vuolo)”.
Em relação ao suposto descaso da gestão republicana com Cuiabá, Wilson frisou que o governo leva apenas três semanas para arrecadar o que os cofres da Capital recebem num mês. Também criticou as políticas públicas de Maggi voltadas à área da Educação. “A prefeitura paga salario mais alto aos professores do que os do Estado e da União”. Em contrapartida, nos 15 minutos anteriores, Wilson fez nada menos que três elogios ao presidente Lula (PT).
Imprensa
Ao iniciar o discurso, às 21h14, o tucano surpreendeu ao enaltecer a atuação da imprensa, segundo ele “sempre democrática, aberta e com críticas construtivas que nos fizeram melhorar”. Ao falar das obras do rompimento de uma das adutoras da Estação de Tratamento de Água (ETA) Tijucal, porém, o tucano não se conteve. Eloquente, ele aumentou o tom de voz para dizer que setores da imprensa alardearam o rompimento de uma das adutoras da ETA, devido ao fato do episódio ter ocorrido 24 horas após a solenidade de inauguração da obra. “Isso é normal nesse tipo de procedimento e vão ocorrer vazamentos em outros lugares”.
Em tom irônico, o tucano lembrou do apelido de “João Buraco” e reafirmou que as pavimentações de sua gestão, ao contrários das executadas pelo governo, são plenamente consistentes. “Teve bairros em que o governo fez asfalto e nós fizemos juntos, mas o nosso continua lá”.
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