A parte que nos cabe...
Enviado por Luiz Omar Pichetti
Certa vez ouvi uma fábula que me fez refletir acerca dos ensinamentos
que continha.
Tratava-se de um incêndio devastador que se abatera sobre a floresta.
Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam
na tentativa de salvar a própria pele.
Dentre os muitos animais, havia uma pequena andorinha que resolveu
fazer algo para conter o fogo.
Sobrevoou o local e descobriu, não muito longe, um grande lago. Sem
demora, começou a empreitada para salvar a floresta.
Agindo rápido, voou até o lago, mergulhou as penas na água e sobrevoou
a floresta em chamas, sacudindo-se para que as gotas caíssem,
repetindo o gesto inúmeras vezes.
Embora não tivesse tempo para conversa fiada, percebeu que uma hiena a
olhava e debochava da sua atitude.
Deteve-se um instante para descansar as asas, quando a hiena se
aproximou e falou com cinismo:
Você é muito tola mesmo, pequena ave! Acha que vai deter o fogo com
essas minúsculas gotas de água que lança sobre as chamas? Isso não
produzirá efeito algum, a não ser o seu esgotamento.
A andorinha, que realmente desejava fazer algo positivo, respondeu: Eu
sei que não conseguirei apagar o fogo sozinha, mas estou fazendo tudo
o que está ao meu alcance. E, se cada um de nós, moradores da
floresta, fizesse uma pequena parte, em breve conseguiríamos apagar as
labaredas que a consomem.
A hiena, no entanto, fingiu que não entendeu, afastou-se do fogo que
já estava bem próximo, e continuou rindo da andorinha.
Assim acontece com muitos de nós, quando se trata de modificar algo
que nos parece de enormes proporções.
Às vezes, imitando a hiena, costumamos criticar aqueles que, como a
andorinha, estão fazendo sua parte, ainda que pequena.
É comum ouvirmos pessoas que reclamam da situação e continuam de
braços cruzados.
De certa forma, é cômodo reclamar das coisas sem envolver-se com a solução.
No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada
um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.
Reclamamos da desorganização, da burocracia, da corrupção, da falta de
educação, da injustiça, esquecendo-nos de que a situação exterior
reflete a nossa situação interior.
Não há possibilidade de fazer uma sociedade organizada, honesta e
justa se não houver homens organizados, honestos e justos.
Em resumo, para moralizar a sociedade, é preciso moralizar o
indivíduo, que somos cada um de nós, componentes da sociedade.
Se fizermos a nossa parte, sem darmos ouvidos às hienas que tentarão
desanimar a nossa disposição, em breve tempo teremos uma sociedade
melhorada e mais feliz.
Que vc tenha uma quarta feira abençoada e prospera!!
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