SOJA - Opção é pela convencional
A soja convencional, considerada mais saudável ao consumo humano, volta a despertar o interesse dos produtores de MT
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Da Reportagem Diário de Cuiabá
Vedete das últimas safras, os transgênicos ou OGMS (Organismos Geneticamente Modificados) continuam expandindo sua área em Mato Grosso. Hoje, a soja transgênica já responde por cerca de 60% de toda a área destinada ao plantio da oleaginosa. Mas, em um ritmo mais veloz do que muitos podem imaginar, a soja convencional – produzida sem a tecnologia roundup ready e considerada mais saudável ao consumo humano – volta a despertar o interesse e a preferência dos produtores mato-grossenses. Motivos para isso não faltam: o custo de produção é praticamente o mesmo e a produtividade é semelhante. No caso das OGMs, a grande vantagem está na facilidade do manejo da lavoura, que dispensa a aplicação de herbicidas para eliminar ervas daninhas. Para a não transgênica ou convencional, a atração está no interesse cada vez maior de europeus, chineses e coreanos pela soja com “menos veneno”, bem como o melhor preço pago ao produtor. Aliada a estas vantagens está a facilidade de escoamento via portos de Itacoatiara (AM) e Santarém (PA), que demandam apenas o transporte de não transgênicos.
“O produtor está fazendo as contas antes de plantar e chegando à conclusão de que trabalhar com OGMs hoje não representa nenhuma vantagem em termos de rentabilidade. Pelo contrário, com a convencional o lucro chega a ser até US$ 16 por hectare. Com os transgênicos o produtor só ganha no manejo”, aponta o agrônomo Naildo Lopes, da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado).
Para reforçar a tese do agrônomo, as tradings responsáveis pelo escoamento da produção das regiões Oeste e Noroeste de Mato Grosso – a Amaggi e a Cargill – possuem um nicho de mercado bem pontual: o europeu, que via de regra paga mais pela soja convencional. Por conta deste ganho, as tradings evitam comprar produtos OGMs para não misturá-los aos não-transgênicos e evitar a contaminação e o comprometimento de toda a carga.
A via de escoamento, denominada “Corredor de exportação Noroeste”, sai da região do Pareci por caminhão até Porto Velho e vai de balsa até ao porto de Itacoatiara. Os portos de Itacoatiara, da Amaggi, e Santarém (controlado pela Cargill), por exemplo, são exclusivos para o transporte de soja não transgênica. Por isso, quem tem área destinada à soja nas regiões Oeste e Noroeste de Mato Grosso acaba optando pelo plantio de não-transgênicos e vendendo para essas duas empresas.
Segundo entidades produtoras, através desse corredor estão sendo transportados cerca de 3,5 mi milhões de toneladas por safra para atender basicamente o mercado europeu, que tem maior exigência pela soja não transgênica.
“As sementes geneticamente modificadas nunca vão sair da moda, prova disso é que hoje a maior parte dos grãos produzidos no país são oriundas de OGMs. Mas não podemos perder de vista mercados potenciais que demandam o consumo de soja não transgênica, como Europa, China e Coréia”, lembra Lopes.
Segundo ele, o importante é que os produtores tenham “liberdade de escolha” para trabalhar com sementes que eles consideram mais adequadas e que vão lhes proporcionar melhor resultado.
Para os especialistas, o cultivo de soja transgênica depende de três fatores básicos: preço do glifosato, variedades adaptadas à região e produtividade. “Os produtores estão colocando tudo isso na balança”, conta Naildo Lopes.
Mato Grosso ainda é um dos poucos Estados que tem grande área de plantio de soja convencional. No Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, mais de 90% das áreas são de sementes transgênicas.
“O produtor está fazendo as contas antes de plantar e chegando à conclusão de que trabalhar com OGMs hoje não representa nenhuma vantagem em termos de rentabilidade. Pelo contrário, com a convencional o lucro chega a ser até US$ 16 por hectare. Com os transgênicos o produtor só ganha no manejo”, aponta o agrônomo Naildo Lopes, da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado).
Para reforçar a tese do agrônomo, as tradings responsáveis pelo escoamento da produção das regiões Oeste e Noroeste de Mato Grosso – a Amaggi e a Cargill – possuem um nicho de mercado bem pontual: o europeu, que via de regra paga mais pela soja convencional. Por conta deste ganho, as tradings evitam comprar produtos OGMs para não misturá-los aos não-transgênicos e evitar a contaminação e o comprometimento de toda a carga.
A via de escoamento, denominada “Corredor de exportação Noroeste”, sai da região do Pareci por caminhão até Porto Velho e vai de balsa até ao porto de Itacoatiara. Os portos de Itacoatiara, da Amaggi, e Santarém (controlado pela Cargill), por exemplo, são exclusivos para o transporte de soja não transgênica. Por isso, quem tem área destinada à soja nas regiões Oeste e Noroeste de Mato Grosso acaba optando pelo plantio de não-transgênicos e vendendo para essas duas empresas.
Segundo entidades produtoras, através desse corredor estão sendo transportados cerca de 3,5 mi milhões de toneladas por safra para atender basicamente o mercado europeu, que tem maior exigência pela soja não transgênica.
“As sementes geneticamente modificadas nunca vão sair da moda, prova disso é que hoje a maior parte dos grãos produzidos no país são oriundas de OGMs. Mas não podemos perder de vista mercados potenciais que demandam o consumo de soja não transgênica, como Europa, China e Coréia”, lembra Lopes.
Segundo ele, o importante é que os produtores tenham “liberdade de escolha” para trabalhar com sementes que eles consideram mais adequadas e que vão lhes proporcionar melhor resultado.
Para os especialistas, o cultivo de soja transgênica depende de três fatores básicos: preço do glifosato, variedades adaptadas à região e produtividade. “Os produtores estão colocando tudo isso na balança”, conta Naildo Lopes.
Mato Grosso ainda é um dos poucos Estados que tem grande área de plantio de soja convencional. No Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, mais de 90% das áreas são de sementes transgênicas.
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