Jovens protestam novamente contra aumento dos combustíveis em Curitiba
Protesto: Cerca de 80 pessoas abasteceram R$ 0,50 em pelo menos seis postos da capital neste feriado da República
Sexta-feira, 16/11/2012
Adriana Czelusniak / Agência de Notícias Gazeta do Povo
O quinto posto visitado pelo grupo, na Rua Bispo Dom José, fechou as bombas e se negou a atendê-los.
Um grupo de cerca de 80 pessoas organizou um protesto contra a alta nos preços de combustíveis na tarde desta quinta-feira (15) em Curitiba, feriado da Proclamação da República. Passando por vários postos da cidade, os manifestantes usavam nariz de palhaço e organizavam filas nas bombas de combustíveis para abastecer cerca de R$ 0,50 em cada um dos 60 carros envolvidos na manifestação. No feriado de Finados, sexta-feira (2), houve protesto semelhante nas ruas do bairro Tarumã.
De acordo com um dos organizadores do protesto, o gerente de vendas Nilson Castro, 38 anos, mesmo se tratando de uma manifestação pacífica, houve estabelecimentos que se negaram a atendê-los ou que chamaram a polícia.
Adriana Czelusniak / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Segundo o administrador do local, Marcelo Costa, dos 60 automóveis que abasteceram, dois não pagaram pelo combustível (valores de R$ 0,60 e R$ 0,64) e, por este motivo, ele disse que registraria um boletim de ocorrência. "É um protesto bacana, mas eles precisam pagar o que consomem e acredito que voltem para isso. Chamamos a polícia, pois estava um tumulto muito grande, com todos aqui dentro da loja", diz. Segundo o administrador, ninguém deixou de ser atendido. "Eles são clientes da mesma forma que os outros", diz.
Posto fechou as portas
Já o quinto posto visitado pelo grupo, na Avenida Bispo Dom José, fechou as bombas assim que percebeu a chegada do grupo. "Eles ficam abertos 24 horas, mas assim que chegamos foram fechando tudo com correntes", contou Nilson Castro.
Enquanto aguardavam pela reabertura do posto, o grupo aproveitou para jogar truco e fazer um "buzinaço" no local.
Avisados pela reportagem sobre o débito deixado no posto Chaparral, o grupo voltou e pagou o que havia ficado devendo. Os manifestantes passaram por outro posto do Batel antes de voltar ao que foi fechado na Bispo Dom José, onde pretendiam encerrar a manifestação.
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