EX-SECRETÁRIO DO GOVERNO DE MT: MPE insiste em tese de queima de arquivo na morte de Vilceu
A Gazeta

A motivação passional para o homicídio de Vilceu Marchetti, em julho
deste ano, ainda não é totalmente aceita pelo Ministério Público do
Estado (MPE). Promotor de Justiça que acompanha o caso, Natanael Fiúza
afirma que quanto à autoria do crime não resta dúvidas de que tenha sido
caseiro Anastácio Marafon.
Porém, a alegação do acusado de que ele teria atirado contra
Marchetti após o empresário ter assediado sua esposa não foi comprovada
pelas provas até agora colhidas pela Polícia.De acordo com o promotor,
desde o início do inquérito havia duas questões sobre o assassinato de
Marchetti.
A primeira, era quanto à autoria do crime e a segunda sobre a
motivação. Segundo Fiúza, além da confissão de Marafon, diligências
realizadas pela Polícia a pedido do MPE comprovaram que foi o caseiro
quem disparou contra ex-secretário. “Ele poderia ter mentido ou assumido
a culpa por outras pessoas, mas não há dúvidas de que tenha realmente
sido ele. Agora, quanto à motivação, não temos provas suficientes para
dizer com convicção de que tenha sido pelo que ele já alegou em
depoimentos”.
Marcada para a última quarta-feira (26), a audiência de instrução que
deveria colher mais depoimentos de Marafon não foi realizada. Das
testemunhas convocadas, somente cinco apareceram ao Fórum de Santo
Antônio do Leverger (34 km ao Sul de Cuiabá).
Por conta disso, a defesa solicitou e teve acatado um pedido para
agendamento de uma nova data para a audiência. Segundo o promotor, os
depoimentos devem ser colhidos ainda este ano, antes do recesso.
Esposa do acusado, Ângela Marafon foi uma das que prestou depoimento
em juízo, voltando a confirmar a versão de que Marchetti a assediou
enquanto ela e o marido trabalhavam na fazenda. Para Fiúza, as falas da
mulher e Anastácio apresentam algumas incompatibilidades, o que coloca
em dúvida a real motivação do crime.
A pedido do promotor, novas diligências serão realizadas. “Espero ter
a mesma convicção que eu já tenho de que a autoria é dele. Por
enquanto, ainda não dá para afirmar que foi devido a estes supostos
assédios à mulher do acusado”.
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