domingo, 25 de janeiro de 2015

8 destinos para curtir o turismo rural no Brasil

Viajar para o campo é uma ótima opção para quem busca tranquilidade

Por Susana Berbert I Edição: Vinicius Galera de Arruda
Além das produções tradicionais, o campo vem se tornando cada vez mais palco de novas atividades como o turismo rural, que movimenta a economia das cidades do interior e atrai visitantes em busca de tranqüilidade.

Em todo o Brasil, são inúmeros os destinos para aproveitar o ambiente rural. Pensando nisso, fizemos uma lista com algumas cidades para ajudar você a escolher onde quer relaxar nestas férias ou num fim de semana.

Cabaceiras (Foto: Ernesto de Souza)
1) Cabaceiras (PB)
Habitada por pouco mais de cinco mil pessoas, Cabaceiras está localizada na área mais baixa do Planalto da Borborema, no Estado da Paraíba, a 180 quilômetros de João Pessoa. Com mais de 25 filmes rodados na região, entre eles o famoso “Auto da Compadecida”, adaptação da obra literária de Ariano Suassuna, os moradores ostentam orgulhosos o título da cidade: a “Roliúde” brasileira.

Entre os pontos mais visitados de Cabaceiras está o Lajedo de Pai Mateus, formação rochosa com mais de 100 blocos de granito e que apresenta uma vista incrível. No local é possível visitar a gruta em que, segundo a lenda, vivia o ermitão Pai Mateus. O lajedo também possui inscrições rupestres e sítios arqueológicos. O monumento natural Saca de Lã também é um dos belos destinos do município.

Com construções antigas e casinhas coloridas que também dão um charme à pequena cidade, Cabaceiras tem a produção artesanal como uma de suas principais forças econômicas. A matéria-prima mais utilizada nas artes é o couro do bode, animal homenageado na tradicional festa do Bode Rei, que ocorre anualmente no mês de junho. Na festa há barracas de comida feitas à base de leite de cabra e carne de bode, exposição de caprinos e gincanas.

Gravatá (Foto: Wikimidia)
2) Gravatá (PE)
A 84 quilômetros de Recife fica a cidade de Gravatá, fundada em 1808 na fazenda de José Justino Carreiro de Miranda, que servia como ponto de hospedagem para viajantes vendedores de açúcar e carne bovina.

Com clima serrano em pleno Nordeste brasileiro, o local é uma ótima opção para quem quer fugir do calor. Para aproveitar a temperatura amena, que chega à máxima de 22°C e mínima de 10°C pela noite, a culinária da cidade é recheada de massas, fondues e pratos típicos.

O município também apresenta belas paisagens. Nas redondezas são encontradas cachoeiras, lagos, matas fechadas e piscinas naturais. Entre os pontos turísticos, a capela dedicada a Sant’Ana, inaurgurada em 1822, é um dos mais famosos.

Em Gravatá também há uma estátua do Cristo Redentor, localizada no Alto do Cruzeiro. Para chegar até o local é necessário passar pela Escadaria da Felicidade, com seus 365 degraus. Mas a subida é recompensada pela vista do pôr do sol, memorável.

Venda Nova do Imigrante (Foto: Wikimidia)
3) Venda Nova do Imigrante (ES)
Com economia voltada para o café, que compreende 90% das propriedades rurais do município, Venda Nova do Imigrante (ES) é referência no Agroturismo. Iniciada em 1987 na cidade, hoje a modalidade de turismo rural abrange 70 propriedades e 300 famílias. Os turistas podem acompanhar a produção de alimentos e vivenciar o cotidiano agrícola, associando-o ao lazer e à valorização do meio ambiente.

Além do Agroturismo, a cachoeira do Alto Bananeira, com sete quedas, também é um dos destaques de Venda Nova, assim como as 17 casas coloniais do século XIX. A mais antiga data de 1825.

vassouras (Foto: Prefeitura de Vassouras)
4) Vassouras (RJ)
Situada na região do Vale do Café, no Rio de Janeiro, Vassouras era conhecida no século XIX como a cidade dos barões do café. O lugar é o ideal para aprender como viviam esses homens poderosos naquela época.

As ruas e arquitetura da cidade contam a história. A principal praça é envolta por construções coloniais. Na Casa da Hera, os turistas podem ver como era a habitação e o estilo de vida das famílias cafeeiras deparando-se com o mesmo mobiliário e organização que a residência apresentava no passado.

A área rural tem inúmeras fazendas abertas para visitação. Entre as principais está Cachoeira Grande, do ano de 1820, com antiguidades e relíquias como um piano alemão de 1803.

Em julho, Vassouras organiza o Festival do Vale do Café, que conta com diferentes programações musicais. As apresentações se estendem às cidades vizinhas do município.

Bento Gonçalves (Foto: Prefeitura de Bento Gonçalves)
5)  Bento Gonçalves (RS)
Responsável por 85% da produção nacional de vinho, a Serra Gaúcha abriga a Capital Brasileira da Uva e do Vinho: Bento Gonçalves. A cidade é um ótimo destino para o enoturismo, turismo voltado à apreciação do vinho.

Com a cultura italiana preservada, Bento Gonçalves sedia a Avaliação Nacional de Vinhos e o Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, que em 2014 apresentou 709 amostras de 18 países. A Fenavinho (Festa Nacional do Vinho), organizada desde 1967, somente em anos ímpares, é o evento mais tradicional e importante na cidade.

O Vale dos Vinhedos abriga a história deixada pelos imigrantes italianos e é o principal destino para os apreciadores de vinho no Brasil. Para que os visitantes pudessem sentir como viviam os italianos na região, foi criado o Parque Temático Epopéia Italiana. Com 2 mil metros de espaço, nove ambientes apresentam aos turistas episódios como a chegada dos imigrantes em 1875, contando desde a viagem para o Brasil até a adaptação ao Sul do país.

Mas a produção da bebida não é o único chamativo. A região também destaque no setor moveleiro, com 8% da produção nacional de móveis. Além disso, é rica em vales, rios, canyons, cavernas e cachoeiras.

Lages (Foto: Prefeitura de Lages)
6) Lages (SC)
A cidade catarinense abriu suas portas para o turismo rural em 1980, quando fazendeiros da região passaram a abrir suas propriedades para visitação. Hoje, Lages recebe todos os anos mais de 50 mil pessoas que buscam de vivenciar o dia a dia das fazendas.

O frio intenso do inverno causa geadas e, algumas vezes, até neve, um dos atrativos da cidade. Famosa também é a Coxilha Rica, antiga rota dos tropeiros. Trata-se de uma planície de 100 quiômetros com rios e campos preservados.

É no município que ocorre um dos maiores eventos culturais e gastronômicos do Sul do país. A chamada Festa Nacional do Pinhão reúne 300 mil visitantes, que apreciam apresentações de dança, bailes, feiras e shows.

acolhida_colônia (Foto: Flickr/Acolhida na Colônia)
7) Acolhida na Colônia, região das encostas da serra geral de Santa Catarina
 Nas Encostas da Serra Geral de Santa Catarina surgiu a associação de Agroturismo Acolhida na Colônia. No local, cerca de 180 famílias de agricultores que trabalham com produção orgânica abrem suas fazendas para os visitantes conhecerem modos de vida que valorizam a integração e harmonia com a natureza.

A região foi colonizada por italianos e alemães e as famílias que recebem os turistas ainda vivem de forma semelhante aos europeus. Ao estarem em contato direto com elas, os visitantes conhecem melhor a cultura e histórias locais, além de terem oportunidade de provar receitas muito tradicionais.

A Acolhida na Colônia também oferece turismo pedagógico e cicloturismo, um de seus grandes atrativos.

cultura_cachoeira do jamil_parelheiros (Foto: José Cordeiro/ SP Turis)
8) Parelheiros
Há mais de 20 anos o distrito de Parelheiros acolhe o turismo ecológico. Situado a cerca de 35 quilômetros de distância da agitação de São Paulo, o distrito paulistano oferece trilhas em áreas de mata preservada, patrimônios históricos e culturais, passeios náuticos que cruzam as represas da região, além de tribos indígenas e chácaras de produtores de orgânicos acessíveis aos turistas.

A região reúne parte das bacias hidrográficas das represas Billings e Guarapiranga e preserva a Mata Atlântica nativa. Os turistas podem conhecer a cachoeiras e rios e a Fazenda Nossa Senhora das Graças, com estacionamento, banheiros e área de piquenique.

A Cratera de Colônia é também um dos pontos importantes do local. A formação geológica foi esculpida pela queda de um meteoro há cerca de 20 milhões de anos. Próximo está o bairro de Colônia, fundado por alemães e onde foi instalado o primeiro cemitério protestante do Brasil.

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